sábado, 8 de maio de 2010

A Chave Mestra (The Skeleton Key, 2005)

Acabo de postar sobre uma desnecessária refilmagem de A Vingança de Jennifer. Há uma semana atrás, estreou o novo A Hora do Pesadelo. Sinceramente, já se tornou um clichê dizer que em Hollywood falta criatividade no que se refere ao cinema de horror. Temos refilmagens de antigos sucessos ou filmes cultuados, continuações desnecessárias e roupagens americanas de filmes de outras nacionalidades (alemães, japoneses, espanhóis e outros). Em suma, o horror não vive sua melhor fase...

No entanto, isso não é um problema que aflige todos os filmes de terror dos EUA. Tivemos, na década passada, belos filmes de terror que escaparam da mesmice, com histórias originais e bacanas, que aliviaram os fãs, não só de horror, mas de novidades.

Só por essa razão, A Chave Mestra já é digna de nota. Confesso que após assistir o filme, eu fiquei decepcionado, principalmente pelo fato do filme não ter me assustado. No entanto, pesando todos os aspectos, A Chave Mestra é sim um bom filme de terror, com uma trama muito legal que envolve os espectadores. Isso sem mencionar a presença da bela Kate Hudson no papel de Carol, uma jovem enfermeira que vai trabalhar na casa de um velho doente terminal, Ben (John Hurt). Lá, ela se envolverá numa trama que mistura muita tensão com vodu e outros elementos da cultura africana. O filme conta, ainda, com as ótimas atuações de Gena Rowlands e Peter Sarsgaard.


O bacana em A Chave Mestra é a exploração de uma temática que nunca foi muito explorada em Hollywood. O roteiro de Ehren Kruger, que já tinha feito um excelente trabalho em O Chamado, supera-se com um argumento envolvente e um desenrolar de trama eficiente, sem mencionar o clímax e o final do filme, que reserva uma surpresa de cair o queixo.

O diretor Iain Softley faz um bom trabalho, explorando bem a tensão de algumas cenas e com alguns ângulos inusitados de câmera. O cenário de New Orleans é bem explorado, ainda mais com a temática do vodu, trazido pelos africanos às Américas no período da escravidão. Em certos momentos e numa escala bem menor, A Chave Mestra lembrou-me o clássico Coração Satânico, de Alan Parker.

A Chave Mestra é um bom divertimento, desde que não se exija muito. Afinal, como um filme de horror, a obra não reserva grandes sustos. Entretanto, irá agradar em cheio quem for fã de uma história inteligente, envolvente e, claro, original, um elemento em falta entre os exemplares de horror vindos de Hollywood.

3 comentários:

  1. Sexta-feira, etava passando na HBO (se não me engano) esse filme, resolvi revê-lo. Eu gostei bastante, tanto da primira como da segunda vez. Acho ele bem interessante, pinciplmente desenvolver do roteiro.

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  2. Eu também gostei muito....e....em alguns momentos tive sobressaltos....Não sou um crítico especializado, mas acho que o filme cumpre bem o seu papel.

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  3. Gostaria de sugerir que se cometassem alguns filmes da escola japonesa ...eles têm uma forma diferente de nos assutar...

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