segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O Dia do Terror (Valentine, 2001)




Há 11 anos, chegava aos cinemas uma aposta de um novo slasher, que parecia resgatar o estilo das melhores obras do gênero, como Sexta-Feira 13 e Hallowenn: trata-se de O Dia do Terror um relativo fracasso para o estúdio Warner – mal conseguindo ultrapassar seu orçamento com a bilheteria - sendo rapidamente ignorado e esquecido pelo público. Eu mesmo só fui lembrar-me do filme no último domingo, ao notá-lo em um canal da tv paga.

O que me fez assistir ao filme foi curiosidade, principalmente por já ter conferido meia hora de projeção há alguns anos. Como morreriam as garotas que humilharam um rapazote num baile de colegial, mais de dez anos após negarem uma dança ao moleque? Pois é, essa é a sinopse do filme: a vingança de um homem, humilhado na infância, contra um bando de mulheres que se recusaram a dançar com ele.

É até uma sinopse interessante, com a primeira cena do filme sendo esse fatídico baile. Tudo copiadíssimo do clássico Carrie. E bacana que o roteiro mostra as mesmas meninas que humilharam o menino sofrerem nos dias atuais por não acharem parceiros amorosos adequados. A negativa ao nerd no início da vida delas custou-lhes o sucesso no amor e a própria vida. Que moleque com santo forte!
 

Brincadeiras à parte, O Dia do Terror acompanha essas moças sendo sumariamente eliminadas por um assassino mascarado que tudo indica ser o garoto do início da película. Ele usa facas, arco e flecha, ferro de passar, furadeiras e várias formas criativas e cruéis de despachar suas vítimas.

O problema é que por mais odiosa que sejam suas vítimas, o assassino simplesmente é muito fraco. Não provoca medo, tensão, simpatia – nada! E essa indiferença com os personagens é o que estraga O Dia do Terror. O portador da máscara é descoberto lá pela metade da película, o destino de quem morre e quem sobrevive também não é uma surpresa e, eventualmente, a única coisa esperada é o fim da obra mesmo.

O filme conta com alguns personagens que só aparecem pra serem mortos mesmo, além de um péssimo humor, com ceninhas e falas engraçadinhas, que realmente aborrecem. Talvez, fui eu mesmo que não percebi que a obra inteira era uma grande piada.

Honestamente, só vejo os fãs mais ardorosos de slashers curtindo um filmeco como esse. Não é à toa que se tornou esquecida e permanecerá assim, enquanto ainda tivermos algum gosto.

In Memorian: Marcos Paulo (1951-2012)


In Memorian: Sylvia Kristel (1952-2012)


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Busca Implacável 2 (Taken 2, 2012)




Estaria mentido se lhes dissesse que eu não me diverti durante a sessão. Mas estaria mentido se dissesse que fiquei satisfeito com o filme. Aliás, Busca Implacável 2 talvez possa ser considerada a maior decepção do ano nos cinemas (ao lado do último filme do Batman, que em breve será dissecado em nosso blog...), considerando o quanto gosto do primeiro filme.

Talvez, a explicação para essa decepção esteja na troca do diretor. Saiu o eficiente Pierre Morel e entrou Olivier Megaton, um diretor que sacrificou boa parte do realismo e urgência do filme original por tomadas mais estilosas e uma locação exótica (Turquia). Ao perder os dois  elementos  citados, Busca Implacável tornou-se um filme comum e incrivelmente ineficiente em envolver o público na tal busca implacável do super agente encarnado por Liam Neeson.

O filme começa cheio de “lengalenga”, com a filha do agente ainda traumatizada com toda a situação do primeiro filme e sua ex-esposa enfrentando crise em seu segundo casamento. Bryan propõem as duas uma viagem à Istambul, onde ele realizará um serviço. O problema é que os pais dos bandidos do filme original resolvem atormentar o herói, sequestrando suas filha e esposa na Turquia, iniciando uma perseguição entre o agente e os vilões.

A partir disso, Busca Implacável se torna mais do mesmo, só que com cenas bem menos memoráveis de ação e muita falta de coerência, especialmente porque parte das proezas que o filme apresenta não é feita pelo protagonista, e sim por sua filha. Como engolir a cena em que a moça começa a soltar granadas pelos telhados de Istambul e não aparece um policial sequer para investigar isso? Ou a direção agressiva e cheia de derrapadas da menina, que sequer tinha habilitação ainda?


As lutas pioraram também e o grande vilão da estória, um ancião albanês nada ameaçador, tem um final tão estúpido que me fez rir. Inaceitável os roteirista venderem uma tentativa de antagonista cruel e implacável que parece um mendigo fraco quando finalmente enfrenta o agente.

O filme não é ruim, mas definitivamente é uma decepção, especialmente se lembrarmos do primeiro. Honestamente, espero que a série pare por aqui, mas um terceiro roteiro já foi encomendado pela Fox. Parece que o Liam Neeson não está muito interessado em reprisar o personagem, então podem esperar uma série de continuações lançadas diretamente em dvd com um novo protagonista. Ou quem sabe o Bryan Mills de Neeson será convidado para o próximo filme d’OS Mercenários? O negócio é esperar...

OBS: É ridículo os cinemas exibirem apenas cópias dubladas do filme. Como se já não bastasse o preço absurdo do ingresso, somos obrigados a assistir ao filme sem o áudio original. Isso é ridículo!