terça-feira, 20 de setembro de 2016

Pôster: The Windmill



Eu vou ser bem honesto com vocês: eu não gostei do trailer deste The Windmill. Achei banal, previsível e bem sem graça. Tudo aquilo que este enigmático pôster não representa! Temos um cartaz realmente intrigante, talvez até belo e com uma tag line matadora (This isn't hell, This is Holland). Parece até bizarro, mas eu pretendo dar uma chance a esse filme só por causa desse cartaz.

Trailer: Free Fire (2016)

Uma porção de bandidos num alçapão, todos armados e irritados, nos anos 70, iniciando um tiroteio com duração de praticamente 90 minutos. Dirigido por Ben Wheatley, responsável por alguns filmes muito elogiados nos circuitos independentes de cinema, Free Fire promete entregar muita diversão, especialmente para quem gosta de filmes policiais como eu. E o elenco é espetacular, incluindo alguns atores que costumam me agradar muito como Sam Riley, Cillian Murphy e Sharlto Copley. Recentemente fez bonito no Festival de Toronto ganhando o prêmio de melhor filme do público. Essa dica veio do colega blogueiro Ronald e seu Dementia 13.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Trailer: Dog Eat Dog (2016)

Após uma parceria que poderia ter rendido muito mais (leia mais sobre isso aqui), Nicolas Cage se junta mais uma vez com Paul Schrader (além do sempre competente Willem Dafoe), nesta adaptação de um romance de 1995, do escritor Edward Bunker. E o trailer é fantástico! Os dois atores parecem ser tiras corruptos, envolvidos em roubos e muita violência. Tem ares da subestimada refilmagem de Bad Lieutenant, também com Cage, Parece que um dos nossos atores favoritos voltou a escolher uns projetos mais promissores do que algumas tranqueiras em que ele andou se metendo. 



Midnight Express #006 - Vamos escrever sobre estes filmes antes que passem batido

LONDON HAS FALLEN (2016)

Eu me lembro de ter visto o primeiro filme desta série e ter ficado francamente decepcionado, provavelmente pela minha alta expectativa. Com essa experiência, fui conferir este segundo episódio sem nenhuma pretensão e o resultado foi uma das sessões mais divertidas do ano. O filme bebe na fonte brucutu dos filmes de ação dos anos 80, com Gerard Butler totalmente sem noção, no quesito sadismo, como o guarda-costas super herói do presidente americano, encarnado por Aaron Eckhart. É inacreditável assistir, nessa época moralista em que vivemos, o protagonista do filme soltar uma frase como "Go back to Fuckheadistan" e, mais inacreditável ainda, ver parte da crítica estrangeira levar um filme deste a sério... tem gente que não tem nenhum pingo de bom senso. 

Trata-se de um filme de ação truculento e estúpido, como os favoritos daqui desta casa. O diretor é o iraniano (!) Babak Najafi, que já entra em meu radar cinéfilo quanto a seus próximos filmes. E pensar que ele assumiu a direção após o diretor do primeiro filme, Antoine Fuqua, não ter gostado do script. Sorte a nossa, porque Fuqua, um notório mão pesada que mais erra do que acerta, não teria feito um filme tão enxuto e divertido quanto esse aqui. Estamos no aguardo de um terceiro filme da série, quem sabe um "Brasília Has Fallen"? Não custa dar uma viajada.

THE DARKNESS (2016)

Para mim, é inexplicável que um filme como esse tenha conseguido ser exibido nos cinemas de qualquer lugar do mundo, tamanha a ruindade dessa obra. Trata-se de mais uma cópia do clássico Poltergeist - de uma maneira geral - envolvendo uma família que passa a ser atentada por espíritos indígenas (cuja caracterização lembra demais os míticos bate-bolas do carnaval carioca, caso suas fantasias tivessem sido pisoteadas e estivessem sujas). Nada aqui funciona - não temos sustos, não temos ação, não temos tensão e todos, TODOS, os personagens merecem um final tenebroso, tamanha a antipatia deles; até o Kevin Bacon, que costuma ser um ator eficiente, entrega uma da piores performances de sua carreira, absurdamente preguiçosa e apática. O mais surpreendente é que a direção é de Greg McLean, responsável pelo aclamado Wolf Creek (que eu ainda não conferi, mas confesso que a vontade não é das maiores, depois dessa bomba). Pior filme do ano até agora. 

MONEY MONSTER (2016)

Esse é um exemplo de filme que tem algum destaque e alguma sobrevida em razão dos nomes envolvidos. Dirigido por Jodie Foster e ancorado por duas atuações seguras e eficientes de George Clooney e Julia Roberts, este é aquele típico filme de vida mais longa nas locadoras, se estas ainda existissem. Trata-se de uma espécie de Um Dia De Cão no mundo financeiro, com até algumas cenas que remetem ao clássico dos anos 70. Em alguns momentos, quando o filme se utiliza do humor, tenho a impressão de que ele melhora - principalmente por surpreender o espectador. Mas quando o filme retorna para sua pegada mais séria, cai no genérico. Não é ruim, mas definitivamente não é nem um pouco memorável. 



BATMAN: THE KILLING JOKE (2016)
A superioridade da Marvel em relação à DC Comics, no mundo da sétima arte, é inquestionável. Entretanto, a casa do Superman e Batman costuma ter uma considerável vantagem em se tratando dos desenhos animados. Já não é de hoje que a Warner entrega ótimas animações do cruzado de capa (e não tem como esquecer da excelente adaptação da Liga da Justiça como série animada) e esta aqui é mais uma pra entrar nesta conta favorável. Uma adaptação extremamente fiel de uma das hqs mais clássicas e brutais do Homem Morcego, THE KILLING JOKE é um prato cheio para qualquer fã de quadrinhos por aí. Aos mais desavisados, a violência e a trama extremamente dark, podem assustar - por isso já vá avisado que este desenho não é para crianças. Além disso, convenhamos que o trabalho de voz do Mark Hamill como o Coringa talvez seja uma das melhores adaptações deste vilão para outra mídia. Cabe um elogia ao Cinemark, que trouxe este desenho, LEGENDADO, em duas sessões exclusivas, que mesmo em horários difíceis para mim (no meio da semana), me deixaram contente com a iniciativa.  

sábado, 10 de setembro de 2016

Ava's Possessions (2015)



Muito se fala sobre a falta de originalidade que costuma assolar o cinema de horror da atualidade, especialmente o cinema "mainstream" - mais especificamente os exemplares do gênero que temos sorte de assistir numa sala de cinema propriamente dita. Não é uma ideia que eu defenda, porque acredito, com bastante firmeza, que a criatividade é inesgotável de uma maneira geral, especialmente em se tratando de sétima arte e as outras em geral. 

Tanto rodeio, porque não é de hoje que eu leio argumentos como o subgênero de possessão, do cinema de horror, encontra-se, supostamente, esgotado. Críticas que defendem a ideia de que todos estes filmes copiam e não trazem inovação alguma desde o clássico O Exorcista. Talvez, e muito provavelmente, estejam certas em relação a baixa qualidade de muitos filmes do subgênero que foram lançados por aí, mas sacramentar um gênero como esgotado já é demais. E AVA'S POSSESSIONS é um exemplar perfeito para ilustrar essa tese.

Vamos à sinopse: após 28 dias de possessão demoníaca, a jovem Ava (Louisa Krause) finalmente é libertada após um ritual de exorcismo. Entretanto, os transtornos desses 28 dias de loucura rendem consequências a vida da jovem: agressões a desconhecidos, comportamento promíscuo com estranhos, agressão à familiares, danos materiais e uma porção de situações que colocam a moça entre duas escolhas, apresentadas por seu advogado desbocado: enfrentar a prisão ou entrar para um grupo da Igreja/Estado chamado Possuídos Anônimos, onde ex-possuídos se encontram para enfrentarem a realidade de sua condição e enfrentarem seus demônios, literalmente. 


É com esse argumento absolutamente original que Jordan Galland - diretor e roteirista - entrega um dos filmes mais divertidos do ano. Com bastante bom humor e uma trama bem amarrada, AVA'S POSSESSIONS traz situações e questionamentos inacreditavelmente originais para um subgênero supostamente esgotado que são os filmes de possessão. Você não vai encontrar sustos ou imagens chocantes, mas definitivamente o filme tem sua boa dose de humor negro, para os carniceiros de plantão. 

A atriz Louisa Krause está excelente como a protagonista, que precisa se reencontrar após esse traumático evento, cujas consequências afetam sua vida. Lembra um pouco a pegada de outro indie horror visto recentemente, Last Girl Standing (leia aqui) - explorando a consequência dos efeitos de uma possessão na vida de uma pessoa. É uma lufada de originalidade e frescor. 

O filme também conta com William Sadler (o vilão de Duro de Matar 2) - uma simpática cara conhecida. Sem grandes rompantes, mas um pequeno grande filme de fato. AVA'S POSSESSIONS é um daqueles filmes de terror que divertem muito, mais até que certas comédias propriamente ditas. 

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Central Intelligence (2016)

Além de The Nice Guys, outro filme de duplas policiais deste ano foi esta parceria entre Dwayne "The Rock" Johnson e Kevin Hart que reserva algumas piadas boas e situações engraçadas, mas nenhuma cena de ação realmente digna de respeito. Aliás, o que salva mesmo o filme é a presença sempre cativante de Dwayne Johnson, que atualmente transforma quase tudo o que toca em ouro. E Kevin Hart acaba meio que sobrando, principalmente porque sua melhor gag (a cena da pirueta) já era entregada de bandeja no trailer.

Logicamente estou exagerando, mas The Rock tem um carisma de outro planeta e seu personagem, apesar da truculência nas cenas de luta, é uma pessoa doce e com feridas psicológicas advindas do bullying sofrido durante o Ensino Médio (exemplificada numa ótima cena inicial). E o personagem de Hart é a típica promessa dos tempos de escola que não se concretizou, o homem frustrado. São personagens que não são absolutamente profundas, mas possuem densidade o bastante para provocarem simpatia. A abordagem é inocente, mas me agradou o suficiente - CENTRAL INTELLIGENCE parece até um filminho da Disney desvirtuado, com a mensagem familiar, mas seus tiroteios e algumas piadas mais sujas pelo caminho. Se você comprar essa inocência, pode até se divertir.