A Caixa é um filme difícil de assistir. Afinal, aqui não temos soluções fáceis e o suspense em torno da tal caixa do título é de trincar os dentes. Acredito que a sinopse já é conhecida, mas para quem não conhece, A Caixa acompanha Norma e Arthur Lewis (Cameron Diaz e James Marsden), um casal feliz que vive com seu filho único uma pacata existência. Norma é professora e Arthur é engenheiro da Nasa.
Num belo dia, Norma recebe a visita do misterioso Arlington Steward (Frank Langella) que a oferece uma misteriosa caixa. A caixa é um dispositivo com um chamativo botão vermelho e funciona da seguinte forma: se Norma apertar o botão, ela receberá um milhão de dólares; contudo, quando ela apertar este botão, uma pessoa que ela não conhece morrerá. Ela e seu marido têm um prazo de um dia para se decidirem.
Lembro-me que quando li a descrição do filme na internet, ano passado, fiquei muito animado, pois convenhamos que se trata de uma sinopse bastante original e atraente. Isso sem comentar que o diretor da obra é Richard Kelly, responsável pelo cult Donnie Darko. As credenciais da obra eram bastante animadoras.
Num belo dia, Norma recebe a visita do misterioso Arlington Steward (Frank Langella) que a oferece uma misteriosa caixa. A caixa é um dispositivo com um chamativo botão vermelho e funciona da seguinte forma: se Norma apertar o botão, ela receberá um milhão de dólares; contudo, quando ela apertar este botão, uma pessoa que ela não conhece morrerá. Ela e seu marido têm um prazo de um dia para se decidirem.
Lembro-me que quando li a descrição do filme na internet, ano passado, fiquei muito animado, pois convenhamos que se trata de uma sinopse bastante original e atraente. Isso sem comentar que o diretor da obra é Richard Kelly, responsável pelo cult Donnie Darko. As credenciais da obra eram bastante animadoras.
E por fim, eu não me decepcionei: A Caixa é um filmaço, acima da média e, se bobear, um dos melhores filmes de 2009. Toda essa excitação de minha parte vem da excelência do roteiro do próprio Kelly, que acertou em cheio ao realizar um filme que não responde a todas as nossas perguntas, e nos instiga ao longo da projeção.
As atuações estão ótimas, com um destaque para Diaz e Langella, ambos excelentes. A fotografia do filme é interessante: parece que estamos vendo o filme como se fosse um sonho, tudo meio branco e com uma espécie de névoa, quem assistir ao filme entenderá. O som é também outro elemento de destaque, com as vozes do personagem assemelhando-se a ecos distantes, dando, novamente, a idéia de um sonho. A música incidental do filme é bastante eficiente, também.
Interessante notar como A Caixa lembra muito o clima da época da Guerra Fria, o medo de um invasor misterioso controlando as pessoas, tal como ocorria em Invasores de Corpos e em outros sci-fi. E, mais interessante ainda, é que essa impressão não é imperativa, ou seja, o filme não se prende a essa hipótese apenas. Eis aí, o triunfo da obra: A Caixa abre um grande leque de interpretações possíveis.
Para mim, existe uma mensagem que, para muitos que assistiram ao filme, pode até soar óbvio, contudo eu acho que o grande mote da obra é a possibilidade de escolhas que são oferecidas a nós e cabe a nós decidir sobre elas. Nós fazemos nossas escolhas e traçamos nosso destino. Em A Caixa, o casal Lewis terá que fazer várias escolhas ao longo da história, sendo estas boas ou ruins.
Com certeza, quando A Caixa chegar ao seu epílogo, você levantará questões sobre o filme. Gostando ou não, você não ficará indiferente diante desta obra fantástica.
Eu vi e esperava mais do Richard Kelly (até porque sou fãzaço do Donnie Darko). Acho que nas mãos de outro diretor teria rendido mais. Valeu pela interpretação do Frank Langella.
ResponderExcluirCultura? O lugar é aqui:
http://culturaexmachina.blogspot.com
Segunda adaptação do conto de Richard Matheson, "Button, Button", a 1ª foi feita para o antigo seriado de TV "Além da Imaginação" que, devo dizer, é BEM infeiror à de Kelly. O erro deste foi fazer de um estória curta um filme relativamente grande, mas o resultado não ficou catstrófico como muitos têm falado. Eu também gostei bastante!
ResponderExcluirSabe que eu achei Richard Kelly o cara certo para este filme, pseudo-autor? A interpretação do Langella é um show, realmente.
ResponderExcluirFelipe, eu achei que o filme tem uma projeção bem legal; não o achei nem curto nem longo, e sim ideal. Não sei se você reparou, mas tem algumas cenas do trailer que ficaram de fora da cópia final... para vc que achou que o filme é um pouco longo, imagine com essas cenas a mais!
ResponderExcluirEu quis dizer longo em relação à obra original que, se n-ão me engano, tem algo em torno de 10/15 pgns. Para adaptar uma estória assim, creio eu, que dava pra fazer em menos de 1h.
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