quinta-feira, 26 de março de 2015

Busca Implacável 3 (Taken 3, 2015)



Depois de um segundo episódio muito fraco, Liam Neeson retorna para um terceiro capítulo ainda pior... É uma tristeza ver o que essa série se tornou - um genérico ruim, nada divertido e mal filmado produto de ação.

A culpa não é do gigante Liam, mas do roteiro absolutamente banal e da péssima, horrorosa, direção de Olivier Megaton; este francês (também responsável pelo segundo filme, ou seja: o cara que destruiu a série) simplesmente não sabe filmar cenas de ação. Algumas ideias razoáveis (como nas perseguições de carro) são desperdiçadas por um trabalho de câmera descontrolado e uma edição simplesmente incompreensível. 

Os problemas não são apenas da parte técnica. Ao final, após um clímax absolutamente ridículo com o risível vilão da obra - um mafioso russo - entrando num tiroteio de cueca (WTF!) temos um gritante caso de destruição da psiquê do personagem principal.  Explico: enquanto no primeiro filme, frente a um homem ameaçando sua filha, o irlandês abateu o vilão friamente, neste terceiro capítulo somos desrespeitados com o protagonista fazendo algo totalmente contrário ao que ele fez no primeiro filme. 

Desvirtuar o personagem dessa maneira só me confirmou uma coisa: eu não estava assistindo a um filme da série TAKEN, mas a uma babaquice genérica e muito, mas muito mal filmada. No pôster, está escrito "It Ends Here" (traduzindo livremente: "é o fim"); eu louvo aos céus, por essa sábia decisão.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Trailer: It Follows (2015)

Sou um cara de superlativos e quem lê o que eu escrevo percebe isso. Mas eu não posso deixar de dar o título de Filme de Horror Mais Esperado do Ano pra essa maravilha chamada IT FOLLOWS. Meus amigos, apertem o portão de play e vejam como se faz um trailer que não mostra muita coisa do filme e ainda nos instiga sobremaneira. A trama interessante, a protagonista graciosa e carismática e a estética do filme - tudo embalado numa maravilhosa trilha sonora a là John Carpenter (anos 80 com sintetizadores no talo). Espero não me decepcionar, porque a espera por aqui será ansiosa...





domingo, 15 de março de 2015

Bolo Yeung e Van Damme durante as filmagens de O Grande Dragão Branco



Clássico absoluto! Retirei a foto no perfil oficial do Bolo Yeung no facebook. Pode sacar aqui.

OBS - Essa semana estarei um pouquinho ausente com os textos, mas próximo final de semana tem postagens especiais programadas. Aguardem...

quarta-feira, 11 de março de 2015

Trailer: Wolf Totem (2015)

Algo me intrigou bastante no trailer de Wolf Totem, o mais novo filme do subestimado diretor francês Jean-Jacques Annaud (responsável pela maravilhosa adaptação de O Nome Da Rosa). Como o ótimo site Twitch comentou, o filme parece uma mistura de Dança com Lobos e A Perseguição (aquele interessante filme em que Liam Neeson enfrentava uma matilha de lobos após a queda de um avião). E, junto dessa interessante mistura, temos uma belíssima fotografia, boa trilha sonora (cortesia de James Horner) e a promessa de um épico chinês sobre lobos. Fiquei intrigado e vou procurar por esse filme.


segunda-feira, 9 de março de 2015

The Dude Designs - Tom Hodge: Portfólio


Ontem, após a notícia publicada sobre o livro que homenageava capas de fitas, resolvi dar uma pesquisada no artista por trás do lançamento. O que eu não imaginava é que eu já conhecia e admirava o trabalho desse cara, mesmo sem conhecê-lo exatamente. Esse camarada é responsável pelos melhores pôsteres lançados atualmente, verdadeiras obras de arte num mar de mesmice e photoshop dos cartazes atuais. Selecionei alguns dos trabalhos do cara, mas vocês podem conferir tudo no site oficial dele (www.thedudedesigns.com). Ele refere buscar em seus trabalhos a perdida arte de se desenhar um pôster, criando imagens icônicas que provoquem impacto visual. Observando seu trabalho, Tom, posso afirmar tranquilamente: seus cartazes são maravilhosos e diferenciados. Confiram uma amostra abaixo:








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domingo, 8 de março de 2015

Resgatando As Maravilhosas Artes Das Fitas VHS

 Navegando pelo ótimo site Dread Central, encontrei uma notícia anunciando o lançamento de um livro muito bacana. Trata-se de VHS Video Cover Art (capa ao lado), um compêndio de mais de 200 capas de fitas, em escala completa, resgatando o saudoso universo das locadoras e das surpresas que suas prateleiras nos reservavam. 

Sem reservas quanto a gêneros ou estilo da capa, o organizador do projeto é ninguém menos que o artista Thomas Hodge - o artista por trás dos maravilhosos designs de pôsteres da empresa The Dude Designs - confira o portfólio dele aqui. Vou dar um jeito de adquirir essa belezinha, mas enquanto isso deixo um preview aqui para babarmos e relembrarmos com nostalgia da magia época das fitas VHS. 






sábado, 7 de março de 2015

Dying Of The Light (2014)



Ufa: uma leve folga na onda de filmes horríveis com Nicolas Cage. Mas nem se animem, pois DYING OF THE LIGHT também não é lá essas coisas. Trata-se de um thriller sobre um agente da CIA (Cage), com um grande trauma da carreira ao ter sido sequestrado por um terrorista árabe e ter sido torturado. Na ocasião, o agente foi resgatado e o terrorista escapou, resultando em anos de investigação por parte de Cage, até acharem uma pista bastante concreta do paradeiro do vilão.

Entretanto, o americano acaba afastado da agência após o diagnóstico de demência (um detalhe: imagine o quão conveniente é para Nic Cage interpretar um personagem com uma degeneração neurológica, dando abertura para aqueles excessos artísticos que ele costuma cometer – para nossa diversão!). E, após o afastamento, o agente resolve ir atrás do terrorista, com a ajuda de um pupilo mais novo (Anton Yelchin) para se vingar pela tortura sofrida no passado.

É um filme bem esquemático e sem nenhuma novidade, mas há algo que me atrai nestes “thrillers”, com cara de sessão do SUPERCINE. Porém, se você olhar a qualidade dos nomes envolvidos e observar o resultado... É bem verdade que a edição disponível para assistirmos é diferente daquela idealizada pelo diretor e pelos atores (só para constar, a direção é só do Paul Schrader...), o que gerou um protesto por parte de Cage, Schrader, Yelchin e o produtor executivo Nicolas Winding Refn (leia mais sobre a história aqui). Ainda assim, versão do diretor ou não, o roteiro é um texto que já foi filmado e explorado outras diversas vezes no mundo do cinema e outra mídias.


Com um resultado meio simplório para uma equipe tão interessante reunida, mantenho elogios para DYING OF THE LIGHT. Especialmente pelo sopro de alívio na carreira de Nic Cage, a trama sobre a guerra ao terrorismo (e ter filmes sobre este assunto, no período em que vivemos, não deixa de ser importante para nos levar a uma reflexão, mesmo que mínima) e o bom elenco de apoio (que ainda conta com Alexander Karim – muito bom na pele do terrorista – e a bela, talentosa e meio que sumida Irene Jacob). Só mais um detalhe: é melhor do que o superestimado Sniper Americano, que achei uma porcaria (já adiantando a opinião, caso resolva escrever sobre ele por aqui). 

sexta-feira, 6 de março de 2015

Medo de Escuro (Fear Of The Dark, 2002)


Há algum tempo, era natural a prática de comprar revistas de cinema, circular os títulos de preferência e procura-los nas prateleiras das locadoras. MEDO DE ESCURO vem dessa época, quando a maravilhosa revista CINE MONSTRO ainda era vendida nas bancas e eu era um cliente-moleque assíduo das videolocadoras. Nessa “vibe” saudosista, resolvi encarar o filme.

A medida que a projeção se desenrolava, meu saudosismo romântico era soterrado por um roteiro banal e personagens antipáticas. Uma fita incapaz de provocar qualquer outro sentimento além do tédio. São 86 minutos que mais parecem 300, numa trama que não consegue nem por um mísero instante provocar algum interesse. Parece um episódio muito ruim do seriado Clube Do Terror, se este fosse aborrecido, chato e nada original (pelo contrário, Clube do Terror fez minha alegria durante minha infância, e se não me deixava com medo, certamente me impressionava em alguns episódios).

Acompanhamos um garoto irritante, cheios dos traumas e obsessões (incluindo o tal medo de escuro) que fica em casa com seu irmão durante uma noite de tempestade. Nada mais natural, não fosse uma tal “criatura da escuridão” atazanando a vida dos moleques. O problema é o seguinte: não se cria empatia e nem mesmo pelo monstro – fruto de péssimos efeitos especiais.


E nessa pegada (ou, mais precisamente, na falta dela) o filme se arrasta, sem sustos, surpresas ou emoção. Uma fita que certamente ficou acumulando poeira, até que um abnegado (como eu) a comprasse quando a videolocadora fechasse. 

quinta-feira, 5 de março de 2015

Trailer: As Fábulas Negras (2015)

Vou torcer bastante para que consiga assistir As Fábulas Negras em alguma sala de cinema. Trata-se de uma antologia nacional composta de 4 episódios dirigidos por 4 feras do cinema de horror brasileiro: Joel Caetano, Rodrigo Aragão, Petter Baiestorf e José Mojica Marins. Os temas envolvem lendas urbanas e contos de nosso folclore (um dos contos reimagina o saci e um outro aborda A Loira do Banheiro!). 

Eu não tenho a menor dúvida de que esse filme será um grande sucesso nos festivais ao redor do mundo, onde esse gênero e diretores como Mojica são devidamente reverenciados. Quanto a uma distribuição no circuito nacional de cinemas - parece que é um sonho um pouco mais alto (por mais inacreditável que isso possa soar). Fiquemos, por enquanto, com o trailer que confirma a qualidade criativa e artística deste gênero em nosso país. 

quarta-feira, 4 de março de 2015

Poster - Martyrs: a refilmagem


Parece que temos um novo candidato à refilmagem mais desnecessária do desgastado mundo das refilmagens desnecessárias. Nem sou muito fã do original, imaginem o meu ânimo pra acompanhar essa produção... 

terça-feira, 3 de março de 2015

Midnight Express #002 - De gângsteres até mutantes

Mais uma edição daquelas resenhas bem curtinhas e quentinhas; nesta edição, publico alguns textos mais antigos, de um caderninho de críticas que eu mantinha... Uma seleção sem nenhuma lógica ou ponto comum, a não ser a brevidade dos textos.

GET LUCKY (2013)
Fãs dos filmes ingleses de gângsteres com este pequeno exemplar, absolutamente trivial e ainda surpreendente. Segue-se a cartilha do roteiro esperto, com a trama girando em torno de uma gama de personagens – quase como arquétipos já familiares a este verdadeiro subgênero dos filmes de ação.


Apesar desse padrão, que alguns consideram como aborrecidamente repetitivo, sou fã de carteirinha desses tipos de filme e procuro assisti-los. No caso de GET LUCKY, temos a típica aventura de um grupo de amigos ladrões que roubam o cara errado, estando todos relacionados por uma verdadeira armadilha do destino.

A maneira como tais personagens se conectam é bacana, mas as “surpresas” que o roteiro reserva são previsíveis – nada que irrite, pois as boas atuações e o ritmo ágil seguram bem a película. Alguns momentos em que o roteiro tenta justificar ações de certos personagens (como o irmão do protagonista) são forçadas, mas a diversão permanece.

A GLIMPSE INSIDE THE MIND OF CHARLES SWAN III (2012)
A típica comediazinha maluca de festivais, cheia de psicodelia e amor pra dar. O Bacana nessa “mesmice” são as atuações – atores conscientes da doideira em que estavam metidos, interpretando de maneira exagerada e, por isso mesmo, na medida certa. Quem tiver paciência, vai encarar um romance regado à acid trip – nem que seja pra conferir e se embasbacar com uma curiosa versão de “Águas de Março” cantada pelo eterno cafajeste Charlie Sheen. Vale uma espiada.






WOLVERINE - IMORTAL (2013)
Tinha tudo pra dar certo, mas o resultado ainda é meia boca. Desde um diretor eficiente, um ator protagonista muito confortável em seu papel, uma das tramas clássicas dos quadrinhos, maravilhosas locações providenciadas pelo Japão, os diálogos em japonês – nada disso consegue salvar o medíocre roteiro (que destruiu um personagem que estimo muito, O Samurai de Prata)... 

Alguns entusiastas chegaram a enaltecer essa adaptação, mas essa continuação fica no mesmo nível de ruindade do primeiro filme, que ainda mantém o título de pior filme assistido dentro de uma sala de cinema, por mim... Já está na hora de ter um reboot digno.



X-MEN - DIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO (2014)
Fica também a crítica para o último filme dos mutantes, que saiu bem prejudicado em minhas avaliações pela monstruosa expectativa que criei em torno dos trailers e tudo mais. O paralelo com a primeira triologia me desagradou muito, dando a este filme um tom de continuação atrasada. Lógico que juntar os intérpretes do professor Xavier e de Magneto (os atores veteranos e os novatos) foi uma maravilha. E a cena do mutante Mercúrio dificilmente sairá da minha memória. Ainda assim, falta o charme do filme anterior e o maravilhoso contexto histórico subvertido. Me diverti, mas fiquei levemente decepcionado.