terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Balanço Geral 2013 - Os Melhores do Ano

Um ano interessante, cheio de altos e baixos em todos os campos da minha vida. Momentos, músicas, livros e filmes inesquecíveis! Assim como muitas decepções, tristes partidas e dias difíceis. Entretanto, o ano de 2013 encerra momentos difíceis da minha vida e dá partida a novos horizontes inimagináveis até então para mim. Falando de uma maneira demasiada pessoal, 2013 seria marcado o ano do início de uma nova estrada - coisa imprecisa para qualquer outra pessoa além de mim (será?)...

Mas essa introdução estranha e pessoal já se findou e falaremos aqui dos destaques culturais desse ano.

No mundo da música, destaques como o incrível álbum de estreia de uma banda que já acabou (The Hunt - The Hunt Begins), veteranos entregando trabalhos impecáveis (Placebo, Suede, The National, Black Sabbath), uma banda novata com o CD mais potente do ano (Savages - Silence Yourself) e o Manic Street Preachers voltando à ativa. E a música do ano é do White Lies - uma explosiva, dolorosa e dançante música que ecoou em meus ouvidos mais de 200 vezes ("Getting Even").

A literatura foi um pouco deixada de lado durante meu ano, mas ainda posso me lembrar do impacto da leitura de Não Me Abandone Jamais, de Kazuo Ishiguro - um livro maravilhosamente melancólico e reflexivo. Me aprofundei em jornadas de viagens incríveis: André Barcinski me levou para uma jornada musical pelos EUA no início dos anos 90 (Barulho) e Marcelo Abreu me guiou pelos países comunistas (Em Busca da Utopia Kitsch). Nem toda viagem foi boa, como ficou provado com o doloroso Fuga do Campo 14 sobre a realidade dos campos de concentração norte-coreanos. Pude escapar da realidade, muitas vezes deprimente, com um universo fantástico criado pelo brasileiro Affonso Solano - O Espadachim de Carvão, uma aventura devorada por mim. 

E, finalmente, quanto ao mundo do cinema, foi um bom ano. Desde os preferidos do mundo inteiro (Gravidade), surpresas muito agradáveis (Pain and Gain) até uma verdadeira obra-prima para mim (A Caça), foi excitante acompanhar os lançamentos. Porém, tivemos a dose típica de lixos nos cinemas (Wolverine Imortal, Flores Raras), hypes inexplicáveis (Big Ass Spider, Frankensteins Army) e bombas completas (Killing Season, Cassadaga, Hammer of the Gods).

Meu ano de cinéfilo não se resumiu a filmes de 2013. Tive o prazer de assistir clássicos pela primeira vez (Os Embalos de Sábado à Noite, Evil Dead), redescobrir filmes divertidos (Police Story, No Holds Barred) e achar um daqueles filmes que te tocam tão profundamente que a vontade é largar tudo e ir fazer cinema (Naked, de Mike Leigh).

As perdas do mundo cinéfilo foram várias: Peter O'Toole, Jesus Franco, Lou Reed, Dennis Farina, James Gandolfini, Bigas Luna, Paul Walker, Michael Winner, Tom Clancy, Jim Kelly dentre tantos outros que se foram e deixaram saudades, definitivamente. 

E para o texto não ficar ainda mais comprido, vamos para a lista dos melhores filmes de 2013. Essa lista representa meu gosto até ontem, estando sempre em constante alteração (e críticas desses filmes serão postadas conforme minha inspiração, ok?). Listas sempre são divertidas de se fazer, apesar de injustas e desatualizadas por excelência.Não que eu me importe com as limitações das lista, pelo contrário! Assim, confira esses filmes, me diga sua lista nos comentários da postagem e até 2014, um ano que promete, senhores - promete!

10 - EM TRANSE (TRANCE)

9 - SEM DOR, SEM GANHO (PAIN AND GAIN)

 8 - SETE PSICOPATAS E UM SHIH TZU (SEVEN PSYCHOPATHS)

7 - O ÚLTIMO DESAFIO (THE LAST STAND)

6 - STAR TREK - ALÉM DA ESCURIDÃO (STAR TREK INTO DARKNESS)

5 - O HOMEM DE AÇO (MAN OF STEEL)

4 - INVOCAÇÃO DO MAL (THE CONJURING)

3 - RUSH

2- GRAVIDADE (GRAVITY)

 1 - A CAÇA (JAGTEN)
 




domingo, 8 de dezembro de 2013

Trailer da Semana: Mengejar Setan (2013)

O J-Horror anda bem caquético nos últimos anos, com muitos exemplares repetitivos e ruins, provocando um compreensível desgaste no gênero. Contudo, acho nessas obras muito potencial de susto ainda hoje, o que me torna não exatamente um fã, mas um curioso por esses filmes. Esse horror indonésio, pelo seu trailer, demonstra um trabalho de câmera bastante curioso e muitos, mas muitos sustos. Pode até ser que o filme decepcione, mas fiquei curioso em visitar essa casa assombrada.





segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Cassadaga (2011)


Tão inexplicável quanto as bizarras visões da protagonista são as críticas positivas que li pelos blogs afora (estrangeiros e brasileiros). Há méritos, especialmente pela boa produção do filme (baixo orçamento com cara de grande estúdio) e a fantástica cena inicial - aterradora, impressionante e perversa. Pena que o restante do filme  se torna uma espécie de "O Sexto Sentido" encontra "O Silêncio dos Inocentes" num típico thriller chato, recheado de cenas dramáticas horrivelmente previsíveis. Além da trama entediante, inabilidade em causar sustos, a obra sofre com montagem e direção ruins, atuações medíocres (com exceção da protagonista, que consegue criar alguma empatia em algumas cenas) e um roteiro cheio de furos, com momentos desnecessários, mistura de subgêneros (assombração e serial killer) e uma tentativa cretina de cena assustadora pós créditos finais. Forte candidato a pior filme de horror do ano.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Sem Dor, Sem Ganho (Pain and Gain, 2013)

2013 vem sendo um ano muito bom para a sétima arte, recheado de belas surpresas - como esse mais novo filme de Michael Bay, ponto alto em sua fraca filmografia. A história real do personal trainer que resolve, com dois comparsas, roubar todas as posses de um cliente suspeito e bastante babaca da academia onde trabalha é um dos exemplos mais impressionantes de como a estupidez humana pode ir longe.

Parabenizo Michael Bay por certas escolhas bastante acertadas em sua obra, como o clima ensolarado do filme, a edição frenética e cheia de graças, os exageros condizentes com a trama absurda - tudo muito adequado com a loucura do golpe e seu desenlace. Além dessas decisões do diretor, seu elenco não o deixa na mão com atuações incríveis de Mark Wahlberg, Dwayne Johnson, Anthony Mackie e Tony Shalhoub.

A grande sacada da obra está no equilíbrio entre os vários gêneros presentes, especialmente a comédia e o drama. Em certos momentos, lembrei-me do clássico Um Dia de Cão, de Sidney Lumer (vide a crítica aqui) - o público cria uma empatia pelo antagonista e seu plano fantasioso, apesar da questionável maneira como esses "inocentes vilões" tentam atingir seus objetivos. E, tal como no clássico setentista,o epílogo é como um soco de realidade, nos fazendo acordar dos delírios do protagonista na base do choque. Sem nenhuma dúvida, uma bela surpresa vinda desse diretor e fica-se na torcida para que o nível de seus próximos filmes não caia.

Trailer da Semana: Noah (2014)

Aronofsky é um dos preferidos da casa, apesar de não ter agradado muito em seu último filme. Porém, o cara já dirigiu tantas coisas incríveis que qualquer obra nova dele merece ser acompanhada de perto. E, depois desse trailer, sua versão da história de Noé desponta na lista de filmes mais esperados de 2014. O elenco bacana, os efeitos visuais belíssimos e a trilha sonora grandiosa dão tom a um épico que merece ser visualizado nas telas de cinema. Se os cinemas daqui exibirem cópias legendadas (porque essa opção está cada vez mais rara por aqui, como se já não bastassem os preços absurdos, horários ruins e salas lotadas de imbecis que fazem tudo menos ver o filme), certamente estarei entre os primeiros a assistir.





In Memorian: Paul Walker (1973-2013)

domingo, 27 de outubro de 2013

Frankenstein's Army (2013)


Retomando as atividades desse blog – sem grande estilo, pois FRANKENSTEIN’S ARMY é mais um filme sem graça na saturadíssima onda de “found-footages” que inunda o cinema de horror atual. A ideia é até muito boa: um grupo de soldados soviéticos, durante a 2º Guerra Mundial, entra em território alemão onde descobrirão os experimentos de um cientista nazista envolvendo zumbis-robôs ou qualquer coisa do gênero.

As criações do tal doutor são incríveis: máquinas caquéticas e claudicantes, cheias de engrenagens e instrumentos cortantes, fazendo um barulho infernal (o som do filme é espetacular, aliás). Os soldados, cujo destino é facilmente identificado por quem assiste ao filme desde seu início, serão as vítimas desses experimentos maléficos; não que isso faça muita diferença, pois são todos personagens antipáticos, cujas mortes pareceram-me indiferentes enquanto assistia.

A falta de simpatia não era apenas pelos personagens, mas também pela escolha do diretor Richard Raaphorst em contar esse filme com o câmera sendo um dos personagens – aliados a inverossimilhança de um personagem não largando a porra da câmera enquanto o inferno explode ao seu lado está a babaquice do personagem ao longo da fita inteira.

FRANKENSTEIN’S ARMY tem sua dose de aspectos positivos, como o visual interessante, o belo trabalho de som (realmente incomoda a barulheira das máquinas em alguns trechos) e a própria estória. Porém, a cansativa fórmula narrativa, a antipatia dos personagens e o ritmo completamente lento do início tornaram um alívio o fim da projeção. Minha ideia é que FRANKENSTEIN’S ARMY seria um excelente game de computador, pois lembrou bastante o jogo DOOM, em alguns momentos de tensão, quando monstros surgiam do nada ao lado dos personagens.  O clichê é surrado, mas os amantes de jogos possivelmente curtirão este filme.

domingo, 18 de agosto de 2013

Killing Season (2013)



Não me lembro de ter assistido uma picaretagem tão grande no último ano... Parando pra pensar, posso até ter assistido, mas, recentemente, nada se compara a ruindade de Killing Season, último “filme” de, pasmem, Robert De Niro e John Travolta – dois bons atores, com grandes filmes em suas carreiras. É bizarra a presença dos dois numa estória tão cretina e batida, além de um duelo de interpretações grotescas – De Niro fazendo sua cara de velho antipático dos seus últimos 15 filmes (salvo algumas exceções como O Lado Bom da Vida – grande atuação num excelente filme) e Travollta emulando um sotaque eslavo tão ridículo quanto sua cara “vingativa” durante a projeção.

Já que me alonguei detonando o filme, aqui vai uma sinopse meia boca: acompanhamos a vingança de um ex-soldado bósnio (Travolta) vingando-se de um militar americano que lutou na Guerra dos Balcãs (De Niro). Além do roteiro, atuações, cabe destacar negativamente todo o resto da produção, em especial a direção de Mark Steven Johnson – um cara que tem a mão podre. Definitivamente, já gastei muitas palavras com essa obra. Não percam seu tempo.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Os Filmes Mais Esperados do FANTASIA FILM FESTIVAL 2013




 Enquanto não estamos realizando a cobertura in loco de um dos meus festivais de cinema favoritos – Fantasia Film Festival – vamos dar uma sacada no incrível line-up dele. Obviamente que a graça de se ir a um festival como esse é encarar o máximo de sessões às cegas possíveis, para sermos surpreendidos com pérolas obscuras ou fracassos horrendos. É uma atmosfera vibrante e vamos imaginar, por enquanto, como seria a nossa própria programação do Fantasia Film Festival, que começará daqui a 3 dias!





A mais nova empreitada do boneco mais aterrorizante do cinema. Chucky sempre me deixou com muito medo na infância, mas seus últimos filmes, que não passavam de comédias, serviram para quebrar sua aura amedrontadora. Entretanto, esse novo filme promete ser mais sério, na linha dos primeiros filmes da série. Além dessa proposta, a confirmação de Brad Dourif, como a obrigatória voz do boneco maldito, só me deixa mais animado. 







L’AUTRE MONDE (Dir. Richard Stanley)

O director Richard Stanley apresenta um documentário sobre a visão mística de uma região interiorana da França, onde morou nos últimos anos. Além do tema espetacular, não há como não ficar ansioso com uma nova obra de Stanley, um diretor muito cultuado na Europa e América do Norte (que dirigiu Hardware e uma série de outros documentários que também foram exibidos em edições anteriores do festival).




5-25-77 (Dir. Patrick Read Johnson)

Possivelmente, um filme que fará muito marmanjo chorar após sua exibição no festival. A obra é uma espécie de comédia “come of age”, em que acompanhamos um jovem nos anos 70, apaixonado por ficção científica e aspirante a diretor, que mobilizará sua cidade pequena para assistir a estreia do inédito Star Wars (o título do filme se refere ao dia em que o filme estreou: 25 de maio de 1977). Além da nostalgia e inúmeras referências cinéfilas, a obra celebra tudo aquilo que o cinema fantástico representa ou representou para inúmeros garotos e garotas no mundo inteiro, incluindo o próprio diretor Patrick Read Johnson.



THE COMPLEX (Dir. Hideo Nakata)

Quando um mestre do gênero retorna, a curiosidade sempre é grande. Hideo Nakata, um dos pilares do horror japonês, apresenta sua mais nova obra de horror, com os elementos que tornarão o país um dos mais destacados representantes do terror: sangue, ruídos sinistros, claustrofobia e fantasmas atormentados. Estamos precisando de bons filmes orientais do gênero.








VEGETARIAN CANNIBAL (Dir. Branko Schmidt)

Um representante do cinema extremo vindo do leste europeu, Vegetarian Cannibal será o “A Serbian Movie” deste ano, podem anotar isso aí. Eu sou fã de filmes extremos, incorretos e apelativos, por isso sou suspeito; convenhamos, porém, que um filme sobre os aspectos undergrounds da medicina pode ser visceral, chocante e marcante.








RAZE (Dir. Josh Waller)

Mulheres presas numa prisão onde devem lutar entre si para sobreviverem. Já vimos esse filme várias vezes, mas sempre com caras bombadões. Dessa vez, é a mulherada que vai descera porrada. Se o filme divertir tanto quanto sua própria premissa já o faz, teremos um belo flick de ação. É só não se levar muito a sério.









OUTROS TÍTULOS

Destacamos ainda as continuações de V/H/S e HATCHET, os documentários aguardadíssimos vindos do South by Southwest 2013 – I AM DIVINE e REVIND THIS; novos filmes de Sion Sono, Takashi Miike, Katsuhiro Tomo e Jorg Buttgereit; a comédia de humor negro COTTAGE COUNTRY, o filme de gangster holandês BLACK OUT, a ficção cinetífica existencialista VESSEL, o intrigante suspense italiano com participação de Alejandro Jodorowsky – RITUAL e o trash divertidão FRANKENSTEIN’S ARMY, além de inúmeros outros títulos que estarão em nossas órbitas nos próximos meses.

sábado, 13 de julho de 2013

Love Bite (2012)


Nada como ser surpreendido. Filminho britânico de terror adolescente sobre um bando de jovens virgens numa cidade inglesa, que passam a ser atacados por um lobisomem (pois é: os lobisomens só atacam os virgens nesse filme). Recheado de humor muito juvenil e boboca, o filme conta com a gatíssima Jessica Szohr, a suposta "licantropa" da estória. Incrível perceber como um filme que brinca o tempo inteiro com uma temática sexual sequer é capaz de mostrar nudez - muita ingenuidade desses realizadores mesmo. Há a presença de Timothy Spall como um caçador de bestas meio maluco. Apesar da inaptidão em assustar ou ser marcante em qualquer quesito, Love Bite "abocanha" sua despretensão com gosto e quem procurar por um filminho bem leve e divertidinho achará a fita ideal com esse aqui.

In Memorian: Lau Kar Leung (1934-2013) & Jim Kelly (1946-2013)



Branca de Neve e O Caçador (Snow White and the Huntsmen, 2012)


É bem provável que este filme lidere uma adormecida lista de piores filmes de fantasia da minha vida (tal relação inclui aberrações como Piratas do Caribe 3 e O Último Mestre do Ar - só a título de curiosidade). Trata-se de um produto tão calculado e quadrado que chega a ser uma pena ver alguns bons atores sendo completamente desperdiçados num roteiro que mais parece um jogo de RPG ruim. Nem entrarei no mérito da atriz protagonista ser uma pamonha completa em sua performance. O fato é que milhares de cenas de aventuras em cenários completamente desconexos são unidas por uma "releitura" bastante óbvia da clássica história. O visual é bonito e os efeitos envolvendo as transformações da rainha má não são de se jogar fora, mas é claro que isso não salva a obra. Recomendado apenas em casos de insônia crônica.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Trailer da Semana: Escape Plan (2013)

É impossível esconder minha satisfação quanto a um filme de ação estrelado por Stallone e Schwarzenegger - os dois maiores astros do gênero na história do cinema. Não só eles, mas um interessante elenco de apoio (Sam Neill, Vinnie Jones, Jim Caviezel, Vincent D'Onofrio) e um diretor eficiente (o sueco Mikael Hafstrom) podem tornar Escape Plan num dos filmes mais divertidos desse ano. Aliás, filmes de fuga de prisões costumam ser divertidos e a porradaria e explosão correm solta. Agora, torço para que a distribuidora do filme no Brasil não pise na bola e promova o filme em nossos cinemas, em cópias legendadas fazendo o favor.


sábado, 1 de junho de 2013

FANTASIA INTERNATIONAL FILM FESTIVAL 2013 - POSTER


À Beira do Abismo (Man on a Ledge, 2012)




Tenho uma leve birra com o ator Sam Worthington - por isso minha má vontade com esse filme. Entretanto, superada minha limitação, confesso que gostei bastante de À Beira do Abismo, um correto thriller sobre um homem que resolve se jogar de um prédio em New York e a negociação da polícia para evitar que o mesmo efetive sua ameaça. Não há novidades, mas o elenco bem dirigido e a trama redondinha ajudam a entreter. Sem falar na presença de dois atores que sempre gostei: Ed Harris (sempre executando bem um papel de canalha) e o sumido William Sadler (o vilão do divertido Duro de Matar 2). Trata-se de um filminho curto, sem surpresas ou grandes destaques, mas que entretém de maneira eficiente. Se for passar o sábado em casa, é uma boa pedida para esquecer o mundo por pouco mais de uma hora e meia.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Trailer da Semana: La Danza de La Realidad (2013)

Nada como um bom Festival de Cinema para acrescentar mais filmes à lista de "produções que desejo assistir" - pelo menos para os cinéfilos que não puderam acompanhar o festival in loco. Assim, com o fim do sempre fantástico Festival de Cannes, uma grande variedade de filmes entraram no meu radar cinéfilo - uma busca sempre excitante e bacana em torno do melhor que a sétima arte possa proporcionar. Comentarei essas obras no Midnight Drive-In a medida que eu for assistindo-as; entretanto, não posso deixar de compartilhar com vocês minha excitação em torno do novo filme do maior mestre do cinema surrealista (em minha humilde opinião) - Alejandro Jodorowsky. Para quem conhece o mestre, essa simples notícia abala o coração. Para quem não conhece, sugiro fortemente que assista ao belíssimo trailer de seu mais novo filme - La Danza de la Realidad. Você pode não entender nada com esse trailer, mas te garanto que as bonitas e enigmáticas cenas lhe deixarão, no mínimo, curiosos - tudo que uma relevante experiência cinéfila (ainda mais num gênero "difícil" - o tal do surrealismo) pode nos presentear.



quarta-feira, 29 de maio de 2013

Police Story (1985)




(Sugiro fortemente que você vá até o final da postagem e clique no link do youtube para ouvir a música tema do filme enquanto você lê esse pequeno texto).

Há muitos anos, quando valia a pena garimpar algum filme na televisão aberta, assisti a esse filme numa tediosa noite de domingo. Era um garoto ainda, mas já conhecia o grande Jackie Chan, principalmente de suas produções norte-americanas. Assim, não é de se estranhar que eu não tenha entendido POLICE STORY muito bem; afinal, essa é uma das produções do lutador antes de conquistar Hollywood com sua fórmula eficiente de filmes de luta e comédia...

E quando assisti a esse POLICE STORY, foi um choque tremendo. Onde estavam as coreografias que beiravam a comédia? E o “sidekick” – “Cadê o Chris Tucker”?  No lugar desses elementos, assisti a um filme meio sombrio, cheio de pancadaria brutal, com ritmo e humor amalucados e um Jackie Chan que apanhava demais e batia em seus inimigos com raiva... Era meu primeiro contato, um tanto traumático, com o cinema sério de ação chinês.


Os anos passaram, a maturidade aparenta ter chegado e revejo POLICE STORY com novos olhos. Trata-se de um dos filmes de luta mais brutais que já assisti, tamanha a quantidade de ossos quebrados, torções, atropelamentos, pessoas atravessando vidros e muitas outras maneiras criativas de nocautear um ser humano; a grande sensação do ano passado The Raid (cuja crítica ainda estou devendo, apesar de já tê-lo assistido três vezes) parece pagar tributo direto à saga do Jackie Chan.

Além do primor nas cenas de luta, nada como destacar as cenas de ação do filme, como uma inacreditável e eletrizante destruição de uma favela (logo no início do filme) e o show de Chan (que também dirige o filme), tanto nas artes marciais e habilidades físicas quanto nas cenas dramáticas. Não me lembro de ter assistido outro filme dele cujo personagem apanhe tanto.

Definitivamente, um clássico do cinema de ação que precisava ter assistido. Posso confirmar: é um filme foda, cheio de ação, porrada e violência pra quem curte uma pegada mais bruta. Vou procurar os outros filmes da série pra assistir e dar uma comentada por aqui.