segunda-feira, 2 de maio de 2016

Standoff (2016)



Essa pequena produção de ação já é um destaque positivo deste ano. E provavelmente vai passar despercebida de muita gente, mas quem sabe com esse texto algumas pessoas se atentem a ela. 

A trama é simples, porém interessante: após testemunhar a ação de um assassino de aluguel (interpretado por Laurence Fishburne), uma garotinha consegue fugir do criminoso e se abrigar na casa de um homem solitário (Thomas Jane), que resolve protegê-la. Alojado no andar superior, enquanto o bandido fica no térreo, ambos travam um intenso embate físico e psicológico, cujo desenrolar, mesmo que previsível de uma maneira geral, reserva bons momentos de tensão. 

Além de ser um filme bem filmado, com boas cenas de tiroteio, temos duas atuações muito boas. Laurence Fishburne está perfeito como o detestável matador, absolutamente sem escrúpulos e mortífero - não é um personagem que gere dúvidas sobre suas intenções, mas sua atuação consegue cativar, ainda que com um vilão básico. 

Thomas Jane não fica atrás, com um personagem também simples - o típico herói amargurado e cheio de demônios internos, que já vimos uma penca de vezes. Entretanto, simpatizamos com o cara, não só pelas boas intenções, mas pelo carisma do ator, que por vezes entrega uma performance emotiva e bastante agradável. 

Aliás, Thomas Jane é um dos atores mais desperdiçados da atualidade - um rosto comum em fitas de baixo a médio orçamento, ele este envolvido na mediana adaptação de 2004 d'O Justiceiro (que, pessoalmente, eu gosto o suficiente dela para defender em público) e O Nevoeiro, mas quase nunca vemos o cara encabeçando filmes mais famosos. Uma pena, porque o grande público perde a oportunidade de reconhecer um ator muito bom, com vários bons trabalhos. 

Com sua trama e desenrolar muito próximo de um western moderno, STANDOFF é uma joia a ser descoberta pela galera que curte cinema de ação. Esse filme é um daqueles que merece fazer mais barulho, nem que seja apenas entre seu público cativo. 

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