terça-feira, 13 de julho de 2010

2012 (2009)


Conseguiria escrever parágrafos e parágrafos sobre a insipidez de 2012: um típico produto hollywodiano, feito para impressionar os nossos sentidos. Contudo, assim como o geólogo Adrian Helmsley, interpretado pelo ótimo ator Chiwetel Ejiofor, eu enxergo um pouco de humanidade na obra de Roland Emmerich, mesmo que esta seja de uma ingenuidade...

Eu explico: 2012, mesmo sendo recheado de cenas de catástrofes impressionantes, tenta passar algumas mensagens morais para sua platéia. Além dos óbvios clichês no roteiro e personagens típicos nos filmes desse gênero (o pai divorciado que tenta a aproximação dos filhos é um exemplo disso), 2012 projeta inúmeras pílulas morais sobre os expectadores como a importância da fraternidade entre os seres humanos.

Essa tentativa de transformar 2012, de um produto para uma obra, fica no meio do caminho, algo como um intermediário entre Independence Day e O Dia depois de Amanhã: enquanto o primeiro abraçava os efeitos especiais e dispensava a inteligência, o segundo tentava impor mensagens morais de companheirismo e humanidade com uma explicação científica convincente. Esses dois filmes, que eu adoro, funcionavam por estabelecerem suas prioridades ao longo da projeção; 2012 tentou ser um pouco de ambos (misto de visual/conteúdo) e acabou falhando. Mas funciona como divertimento passageiro.

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