domingo, 27 de outubro de 2013

Frankenstein's Army (2013)


Retomando as atividades desse blog – sem grande estilo, pois FRANKENSTEIN’S ARMY é mais um filme sem graça na saturadíssima onda de “found-footages” que inunda o cinema de horror atual. A ideia é até muito boa: um grupo de soldados soviéticos, durante a 2º Guerra Mundial, entra em território alemão onde descobrirão os experimentos de um cientista nazista envolvendo zumbis-robôs ou qualquer coisa do gênero.

As criações do tal doutor são incríveis: máquinas caquéticas e claudicantes, cheias de engrenagens e instrumentos cortantes, fazendo um barulho infernal (o som do filme é espetacular, aliás). Os soldados, cujo destino é facilmente identificado por quem assiste ao filme desde seu início, serão as vítimas desses experimentos maléficos; não que isso faça muita diferença, pois são todos personagens antipáticos, cujas mortes pareceram-me indiferentes enquanto assistia.

A falta de simpatia não era apenas pelos personagens, mas também pela escolha do diretor Richard Raaphorst em contar esse filme com o câmera sendo um dos personagens – aliados a inverossimilhança de um personagem não largando a porra da câmera enquanto o inferno explode ao seu lado está a babaquice do personagem ao longo da fita inteira.

FRANKENSTEIN’S ARMY tem sua dose de aspectos positivos, como o visual interessante, o belo trabalho de som (realmente incomoda a barulheira das máquinas em alguns trechos) e a própria estória. Porém, a cansativa fórmula narrativa, a antipatia dos personagens e o ritmo completamente lento do início tornaram um alívio o fim da projeção. Minha ideia é que FRANKENSTEIN’S ARMY seria um excelente game de computador, pois lembrou bastante o jogo DOOM, em alguns momentos de tensão, quando monstros surgiam do nada ao lado dos personagens.  O clichê é surrado, mas os amantes de jogos possivelmente curtirão este filme.

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