Embarcando neste revival exploitation que alguns
cineastas vêm orquestrando, principalmente após o projeto Grindhouse de
Tarantino e Rodriguez, Dear God No! tenta copiar o estilão daqueles filmes de
baixíssimo orçamento dos anos 70; entretanto, o filme (se é que podemos chamar
isso aqui de filme) falha miseravelmente ao longo de seus intermináveis 80
minutos, pois não lembra em nada aqueles pequenos grandes filmes que, com pouco
dinheiro e muita criatividade, ganharam a admiração de milhares de cinéfilos (e
eue sou um deles).
Parece até interessante uma homenagem aqueles
biker-movies muito loucos, com pitadas de horror, violência, nudez e até um
pouco de naziexploitaion! Na realidade, Dear God No! utiliza esses elementos em
sua estória e essa boa intenção é a única qualidade encontrada na obra de James Bickert. Mas não há boa intenção que salve o filme da chatice. Há um mar de
ideias interessantes e a estória em si não é péssima (é bem ruim, na
realidade). Contudo, o filme não engrena no quesito diversão.
Temos uma gangue de motoqueiros que saem barbarizando por
aí: assassinatos, estupro, vandalismo e outras “sutilezas”. Após 40 minutos de
enrolação, eles encontram a casa de um cientista, onde irão praticar seus atos
de vandalismo. Contudo, esse cientista esconde alguns segredos.
A partir da chegada dos motoqueiros à casa do doutor
(numa atuação ridícula de Paul McComiskey), o filme muda seu script pra se
transformar num terror (??) envolvendo um saqstach e até zumbis. De verdade,
não se preocupe com spoilers, pois estou fazendo um serviço de utilidade
pública ao alertar vocês sobre essa grande besteira em forma de filme.
Há algumas cenas de nudez, especialmente com mulheres fazendo
strip-tease para a câmera. Aliás, a melhor cena do filme é quando os
motoqueiros chegam a um bar e trocam tiros com uma mulherada carregadas de armas
e com seios a mostra. No filme inteiro, elas são as únicas que botam a gangue
mal-encarada pra correr.
Eu não me importo com um roteiro risível ou com atuações
medíocres, sinceramente. Há filmes que abusam da ruindade, mas conseguem
divertir demais – justamente por sua ruindade. Contudo, Dear God No! não me
divertiu. Foi uma sessão desperdiçada, apenas isso.
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