quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Desventuras de um Cinéfilo 002

Recentemente eu completei 18 anos de idade e com isso, tive muitos motivos para comemorar. Afinal de contas, eu nunca mais serei barrado na fila do cinema devido à faixa etária do filme. Lembro-me que ano passado, eu estava louco para assistir Watchmen nos cinemas. Um dia antes de estrear, fiquei sabendo que o filme teria a censura de 18 anos. Fiquei fulo! Resultado: ainda não assisti Watchmen.

Esse negócio de faixa etária sempre me deixou extremamente aborrecido. Existe um objetivo nobre por trás disso: impedir o acesso de jovens a materiais considerados "inadequados" que possam influenciar no caráter, mais especificamente em sua formação. De certa forma, é importante termos uma indicação sobre o conteúdo da obra a ser assistida.


É claro que um jovem não engole todo esse papinho. Queremos assistir a um filme e pronto. Por esse motivo, eu acredito que a indicação etária dos filmes é importante, porém cabe aos pais a permissão para que se assista a um filme mais forte. Aliás, o critério para a classificação é mais passível de discussão e análise.


Atualmente, não é novidade que os jovens têm MUITO mais acesso às informações do que antigamente. Por essa razão, é muito comum ver um rapaz de 14 anos falando palavrões, discutindo sobre meninas. Um exemplo: quando eu voltava do colégio e passava pelo termina de ônibus, o que eu mais escutava eram meninas, mais jovens do que eu, comentando sobre uma colega grávida. Nesse sentido, chegamos à seguinte conclusão: será que a classificação indicativa, que tem como objetivo não expor adolescentes a um conteúdo inadequado, não é um objeto de controle antiquado e ultrapassado? Sinceramente, esse é um belo ponto de partida para uma discussão e eu convido vocês a colocarem suas opiniões nos comentários dessa postagem; vamos dialogar sobre isso amigos...


Mudando de Assunto...


Um dos meus presentes de aniversário foi uma coletânea de livros sobre o cinema em Mato Grosso e um vale-presente com um valor de 50 reais para gastar numa livraria. Hoje, eu fui utilizar esse vale-presente.


Para quem não sabe, eu moro em Campo Grande, Mato Grosso do Sul – cidade que eu amo, por sinal. O vale-presente era de uma livraria do Shopping Campo Grande que vende livros, filmes, CDs e artigos do gênero. Eram 10:00 quando eu rumei até o estabelecimento, ouvindo Jane's Addiction e Manic Street Preachers no I-Pod (clique nos links para ouvir a música no youtube).


Chegando lá, após duas horas observando e analisando, comprei um livro de cinema extremamente interessante: Como a Geração "Sexo-Drogas-e-Rock'n'Roll" salvou Hollywood de Peter Biskind. Trata-se de uma análise do maravilhoso cinema dos anos 70. Realmente, uma obra imperdível.


Sobre o livro, fiquem sabendo que ele possui uma capa azul e outra laranja (a que eu comprei é a laranja). Posto abaixo a sinopse do livro pelo site da Leitura:


Francis Ford Coppola, Martin Scorsese, George Lucas, Steven Spielberg, Robert Altman — eles fazem parte da geração de cineastas que reescreveu o script da Hollywood dos anos 70, com filmes como Bonnie e Clyde, Sem Destino, O Poderoso Chefão, A Última Sessão de Cinema e Taxi Driver, que se tornaram clássicos modernos e revolucionaram a maneira de conceber, produzir e fazer filmes. Em Como a geração sexo-drogas-e-rock'n'roll salvou Hollywood, Peter Biskind recria aquela "década dos diretores", um dos períodos mais excitantes da história do cinema, que tem início com o lançamento de Sem Destino, no final da década de 60, e termina com Touro Indomável e uma Beverly Hills marcada pelo consumo de cocaína, já nos anos 80. Fundamentado em centenas de entrevistas com diretores, produtores, estrelas, agentes, roteiristas, executivos dos estúdios, esposas, ex-esposas e namoradas, esse é o relato mais completo sobre aquele universo comandado por jovens diretores em ascensão. Nunca tantas celebridades falaram com tanta franqueza umas sobre as outras ou sobre drogas, sexo e dinheiro, que levaram muitas ao fundo do poço — de onde jamais voltaram. Construído com a inteligência de um filme de Robert Altman, e escrito com talento, ousadia e uma honestidade impiedosa, Como a geração sexo-drogas-e-rock'n'roll salvou Hollywood revela a história secreta da era mais criativa de Hollywood desde o apogeu dos grandes estúdios. É considerado por críticos de cinema e cinéfilos uma obra fundamental. "

Quando eu terminar de ler a obra, postarei a crítica dela aqui no Midnight. Agora, eu vou lanchar meus amigos. Tenham uma boa noite!

2 comentários:

  1. Parabéns pelos 18 anos, meu caro! Muitos anos de vida e de blog :) Quanto ao livro, parece ser bem interessante, mesmo. Aguardo sua crítica.

    Abraço!

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  2. Fala Sérgio!!
    A safra de cineastas da década de 70 é fenomenal. Sou apaixonado pelo cinema dessa época, por isso, quando eu vi o livro, sabia que eu tinha q comprá-lo...
    Valeu e é isso mesmo: muitos anos para mim e para o blog!!!

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