quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O Retorno de Johnny English (Johnny English Reborn, 2011)


Este é um filme sem nenhuma razão de existir. E quero deixar claro que sou fã tanto do personagem Johnny English quanto de seu intérprete Rowan Atkinson, um dos grandes comediantes britânicos vivos. Mas, mesmo gostando muito do primeiro filme, é com tristeza que vejo como este segundo filme tem a intenção de, sei lá, encher os bolsos dos produtores e do estúdio. Não há nada para se acrescentar ao personagem, além de ser um filme completamente independente do seu antecessor, o que me dá a impressão de que o roteiro quer atrair novos expectadores para o filme.

Pareceu-me aliás que esta nova aventura está mais americanizada. Explosões e perseguições para atrair a platéia barulhenta, louca pelo 3d. O típico humor britânico, simples e cheio de insinuações simplesmente desapareceu nessa sequência. O pior é ver piadas do primeiro filme serem requentadas neste segundo. Poucas gags e muitos tiros. E esse desespero da equipe do filme em atrair essa parcela do público, me incomodou bastante.

Óbvio que Atkinson domina muito bem seu próprio personagem. E há alguns momentos engraçados na obra, especialmente quando há piadas sobre a espionagem em si e quando há foco no que English faz melhor: trapalhadas; a cena da cadeira é hilária, mas uma cena não salva um filme. O fato da obra ter uma trama sem graça, já conhecida em outros diversos filmes, além de não existir um bom nome de peso no elenco, com mais carisma do que Atkinson para atrair o público (como John Malkovich, no primeiro filme, quando interpretou o impagável vilão da estória), fizeram desta sequência algo completamente descartável.

Uma pena, pois Johnny English era um personagem que eu gostaria de ver mais vezes nos cinemas. Este filme enterra as possibilidades de mais uma aventura do espião inglês. Infelizmente, uma obra esquecível.

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