quinta-feira, 19 de maio de 2011

The Maze (2010)


Gostaria de entender a cabeça de certos diretores e produtores. Para que levar uma obra adiante se o seu roteiro é uma porcaria completa? Para que continuar uma filmagem se os seus atores são extremamente ruins? Por que filmar um filme de terror absolutamente previsível e chato, cheio de clichês e com uma tentativa de reviravolta na trama tão patética que chega a dar pena? Enfim, são muitas as perguntas envolvendo o porquê de obras como The Maze existirem; infelizmente, elas estão por aí, e cabe a nós, cinéfilos, assisti-las e alertar os incautos da ruindade da fita.


The Maze (traduzindo: O Labirinto) é um filme de terror, do subgênero slasher (filmes onde se tem um maníaco assassino perseguindo e eliminando o elenco com doses acentuadas de violência). Quando bem feitos, os slasher nos trazem, pelo menos, diversão. A maioria, no entanto, se beneficia de um belo elenco feminino para compensar a falta de inteligência com moças em roupas mínimas. The Maze não consegue ser divertido e não traz o elemento nudez em seus arrastados 90 minutos de duração, tornando a obra numa enrolação incrível e aborrecida, sem mérito algum (a não ser, talvez, quando ela finalmente termina).


5 jovens resolvem entrar num milharal em forma de labirinto no meio de uma noite fria (pois é, deem um desconto para a falta de inteligência dos personagens, senão vocês simplesmente não irão assistir o filme). No labirinto mora um maluco com uma capa vermelha que irá matar cada um destes jovens com suas armas perfurantes e até uma pequena guilhotina artesanal (a única ideia interessante do filme, diga-se de passagem).


Bem, além da trama manjada e desinteressante, vamos falar do que me chamou a atenção negativamente: o visual do assassino é bastante questionável. Tudo bem que na capa do dvd, o vermelho da capa do maníaco com o milharal amarelado criou um efeito bacana. Contudo, no filme em si, o visual é meio ridículo, pois escolheram um ator fraco e magrelo para ser o bandido, parecendo, em muitos momentos, uma criança com capa de chuva em época de carnaval.


Voltando à previsibilidade da película, devo dizer que, para os acostumados com filmes do gênero, será muito fácil descobrir a ordem de mortes dos personagens. Isso sem falar na já comentada tentativa de reviravolta após uma hora de projeção, que tenta soar ímpar e inteligente, mas só consegue ser forçada e boba.


The Maze é também adepto da irritante mania de assustar pelo aumento súbito de sua trilha incidental (muito medíocre, por sinal), recurso utilizado amplamente por realizadores que não conseguem criar o mínimo de suspense com seus atores e com o roteiro que tinha em mãos. Ah! E como esquecer as cenas de morte que não conseguem nem ao menos transmitir agonia para o pobre expectador?

Em The Maze nada funciona. Não consigo imaginar um motivo sequer para indica-lo a qualquer pessoa. Talvez, durante uma maratona de filmes de terror que você vá fazer com seus amigos, The Maze sirva como aquele filme que quebra a tensão – um filme para se deixar rodando no dvd player enquanto o riso e a conversa rolam soltos sobre um filmaço que vocês viram antes. Porque um filme como The Maze não merece ser visto por ninguém, de verdade. Que continue inédito no Brasil!

O que The Maze quer ser quando crescer?


Nenhum comentário:

Postar um comentário