domingo, 12 de setembro de 2010

Nosso Lar (2010)


E no fim das contas, Nosso Lar é um bom filme. Pode parecer besteira, mas com a imensa quantidade de críticas negativas a respeito da obra, acabei entrando na sala de cinema bastante desconfiado. Mas ao final da projeção, percebi que a obra em questão não era de todo ruim; aliás, era surpreendentemente interessante.

Não vou mencionar o claro aspecto religioso da obra. Afinal de contas, trata-se de um filme baseado num livro espírita, psicografado por Chico Xavier. Vários conceitos e idéias da doutrina são explicados nos diálogos do filme, dando a obra um leve caráter didático, que não chega a comprometer o andamento do filme.

Aliás, o que me agradou profundamente em Nosso Lar foi o capricho da produção em seus meandros técnicos. O belo desenho de produção, duramente criticado por alguns, não me lembrou, inteiramente, as obras de Oscar Niemeyer, mas ao design futurista de algumas obras dos anos 50 (a central de reencarnação, por exemplo, lembra a entrada de um disco voador). Outro grande destaque para a produção é a magnífica trilha sonora de Philip Glass, muito bonita e que, se fosse numa produção de Hollywood, poderíamos chamá-la de comum, mas como se trata de uma produção nacional...

Gostei também da interpretação de Renato Prieto como o médico André Luiz. Nada de extraordinário, porém competente.

Trata-se, enfim, de um bom filme. Vejam bem, caros leitores: eu não sou espírita, então não é por esse motivo que eu gostei da obra, caso alguém venha me questionar. A verdade é que Nosso Lar é uma produção muito caprichada, tendo uma história bem contada e interessante. Vi-o de maneira imparcial analisando a obra apenas como cinema e entretenimento. Dessa forma, vale a pena conferir este filme brasileiro com pompa hollywodiana.

4 comentários:

  1. Também achei um bom filme. Claro, não é nenhuma obra-prima, tem seus defeitos, mas é melhor do que fazia supor as críticas apressadas que foram publicadas por aí. O diretor tem noção de ritmo e os atores estão muito bem. E eu também não sou espírita, longe disso!

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  2. Gostei bastante também. Filmes de temática religiosa sempre rendem discussões e polêmicas, mas no geral o Wagner Assis não comprometeu o entretenimento (pois é disso que se trata e não de um filme catequista).

    Cultura na web:
    http://culturaexmachina.blogspot.com

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  3. Puxa Sérgio, você definiu perfeitamente as tais críticas que lançaram: apressadas. Parece que o filme não foi assistido com a devida atenção e escreveram qualquer coisa, apenas para preencher as páginas de revistas...

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  4. Verdade Pseudo-Autor, o filme funciona muito bem como entretenimento. E o mais interessante é que é um filme nacional que, em razão de suas qualidades técnicas, nem parece ter sido feito por aqui...

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