E mais uma vez, a nobre arte tomou as salas de cinemas. O boxe sempre foi um esporte poderoso em suas metáforas e extensões sentimentais, que ultrapassam as cordas do ringue para a vida dos lutadores, representando dramas, conquistas, sofrimentos e vitórias. Em O Vencedor, tem-se a história real de um boxeador que outrora fora brilhante no ringue, mas fracassou na vida pessoal ao afundar no mundo das drogas. E ele quase arrastou, sem querer, seu irmão mais novo para o fracasso, sendo agente e treinador do mesmo. A história de superação de ambos é o foco deste filme de David O. Russell.
Grandes atuações, especialmente de Christian Bale e Melissa Leo (vencedores do Oscar deste ano), além, é claro, de Mark Whalberg e Amy Adams, também ótimos. A direção é ótima, com muito vigor e personalidade. Incrível como O. Russell foge dos clichês, fazendo um filme de boxe completamente diferente de outras obras do gênero.
Contudo, há um grande problema em O Vencedor: a última luta não cativa e nem arranca emoção da plateia como ocorria em Rocky (em qualquer um dos seis filmes da série, a última luta sempre foi emocionante). Uma pena que o filme falhe neste momento que deveria ser de glória absoluta. Também senti falta de uma trilha incidental mais envolvente e poderosa.
É um bom filme, que mereceu cada um de seus prêmios. Mas uma pena que seu clímax não tenha a mesma força que seu protagonista Micky Ward.
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