segunda-feira, 21 de março de 2011

Marcelino Pão e Vinho (Marcelino Pan y Vino, 1955)


A trama do jovem órfão abandonado na porta de um mosteiro que acabará sendo criado por bondosos monges já se tornou um clássico. Desde desenhos animados até paródias e homenagens (como em Nacho Libre, de Jack Black), Marcelino Pão e Vinho tornou-se uma referência em todos os sentidos, em diversas mídias.


Esta estória foi extraída de uma lenda medieval, num volume de Afonso, o Sábio – um rei espanhol. A lenda foi modernizada e transformada em livro e filme, que foram grandes sucessos, tendo o filme ganhado dois prêmios em Cannes e concorrido à Palma de Ouro.


E não é para menos. Afinal, tem-se uma produção muito bela e tocante, que ainda encanta após mais de meio século de sua estreia nos cinemas. Apesar de ter um forte cunho religioso, a obra supera qualquer crença da face da terra ao abordar um tema magnífico, encantador e universal: a inocência de uma criança, que neste caso tem a face do jovem Pablito Calvo como o travesso e bondoso órfão.


O filme acompanha a convivência do jovem Marcelino no mosteiro, fazendo travessuras e ajudando os religiosos, carregando em sua precoce vida o fardo de não ter conhecido sua mãe.


O diretor Ladislao Vajda captou perfeitamente a inocência da idade infantil, mesclando com temas fortes e polêmicos como perdas e religiosidade, transformando Marcelino Pão e Vinho num incontestável clássico europeu. Existe bastante religião na obra (especialmente em seu epílogo), mas nada que ofenda qualquer espécie de doutrina ou crença religiosa.

Ao final da sessão, fica-se o seguinte pensamento: já não se fazem mais filmes como este. E isso, é uma pena.

3 comentários:

  1. Minha mãe adora esse filme!
    Eu nunca tive oportunidade de vê-lo, mas assim que der desejo dar uma conferida. Todos falam tão bem dessa película.

    Abraço!
    ;D

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  2. É um filme interessante Felipe, principalmente pelo retrato da inocência de uma criança. Vale a conferida.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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