segunda-feira, 28 de março de 2011

Sucker Punch (2011)


No dia de hoje eu senti uma necessidade imensa de correr para uma sala de cinema para esquecer minhas aflições e problemas do cotidiano. Enfim, queria mergulhar em algum universo onírico e maravilhoso, assim como a protagonista de Sucker Punch, a bela Baby Doll (Emily Browning), faz para esquecer a triste realidade que a cerca.


Baby Doll acaba de perder a mãe e seu padrasto não é um bom sujeito. O homem tenta violentar Baby e sua irmã, resultando na morte da irmã e na injusta acusação de Baby como assassina de sua própria irmãzinha por instabilidade psicológica. A menina acaba sendo internada num hospício onde sofrerá o processo de lobotomia em 5 dias.


A estória sofre uma guinada neste momento e somos introduzidos a um novo universo, com as mesmas pessoas, mas num ambiente diferente. Ao invés de um hospício, temos um bar cabaret/prostíbulo onde as pacientes tornaram-se dançarinas sensuais e Baby Doll resolve fugir com mais quatro garotas dançarinas. E esta fuga envolverá muito perigo e imaginação.



Pois é: bem complicado escrever uma sinopse sem revelar todas as surpresas e nuances da nova obra de Zack Snyder. O estilo de sua direção, com músicas consagradas "dialogando" com as cenas, tomadas visualmente únicas de cenas de ação e um visual muito belo e apurado se faz presente. Apesar de muitos criticarem, eu até gosto do trabalho de Snyder atrás das câmeras, mas não há como negar que este diretor não possui o tato em cenas sentimentais, substituindo esta deficiência com músicas consagradas; neste caso, temos desde Eurythmics (cuja canção Sweet Dreams é cantada por Browning) até Jefferson Airplane, que melhor expressam os sentimentos de seus personagens.


Sobre as cenas de ação, devo dizer que elas são eficientes, mas algumas delas (mais especificamente o encontro de Baby com alguns samurais anabolizados) não funcionam, parecendo fases de videogame. Mas em outras cenas, como a sequência nas trincheiras e no trem funcionam extremamente bem.


Gostei bastante da escolha de elenco em Sucker Punch. Afinal, não é sempre que vemos cinco belas moças sendo protagonistas de uma obra de ação e chutando os traseiros de monstros com máscaras de gás e dragões furiosos. Tal elenco foi bem escolhido, apesar de existirem alguns momentos de inexpressividade de Browning. Têm-se, ainda, as ilustres presenças de Carla Gugino (irreconhecível, diga-se de passagem) e o bom e velho Scott Glenn. O vilão ficou para o (ainda) desconhecido ator guatemalteco Oscar Isaac, que fez um ótimo trabalho aqui.


Das cinco moças, o maior destaque vai para Jena Malone, que dá um show interpretando a desesperada Rocket. As outras moças fazem bem seus papéis, mas não há destaques maiores.



Apesar das cenas mirabolantes de ação, Snyder tem uma espécie de "desculpa" para que elas estejam ali, misturando cultura oriental (espadas e samurais), lendas medievais (dragões e castelos) e estética steampunk (com direito a zepelins e máscara de gases). Essa mistura tem justificativa por se tratar da imaginação de Baby Doll, a maior arma que ela tem contra todos os assédios e injustiças que sofre.


Snyder criou um universo único e interessante. O que eu gostei foi este compromisso em criar uma obra para se mergulhar de cabeça durante sua projeção, e fazemos isto junto de Baby Doll. Apesar das impiedosas críticas e da bilheteria tímida, recomendo Sucker Punch, por se tratar de uma estória original, bastante envolvente e com um visual, no mínimo, interessante. Bom entretenimento com suas falhas e acertos, mas, ainda assim, bom entretenimento.

2 comentários:

  1. Nao entendi pq a Malone foi considerada a melhor de todas, por favor, explique. Outra coisa, vc sabe qto rendeu a bilheteria? Já Fui ao answers.com mas nada... filmão, viu!

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  2. Olá Rogério... desculpe a demora em responder seu comentário!

    Olha só, não me lembro tão bem do filme como eu gostaria, mas a Jena Malone parecia muito natural e crível em seu papel. Eu senti com a performance dela a dramaticidade que a personagem exige. Além de achá-la a mais bonita também hehehehehehe.

    Sobre a bilheteria: o número que eu achei na internet foi de 90 milhões de dólares de bilheteria total. O filme teve um orçamento de 82 milhões, então o lucro não foi essas coisas...

    Espero ter respondido tudo e obrigado pelo comentário Rogerio! Continue visitando o Midnight Drive-In!

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