terça-feira, 8 de março de 2011

Game of Death (2010)


Vocês já notaram como poucos filmes de ação de verdade são lançados no cinema? Quando digo filmes de ação de verdade, refiro-me aqueles filmes onde se têm tiroteios, perseguições de carro, muita porrada e um astro que segura a obra praticamente sozinho, com suas habilidades marciais e seu eterno senso por justiça. Em filmes de ação de verdade não há efeitos especiais para distrair o expectador. A estória é, por vezes, a mesma já contada em vários outros filmes. O vilão é quase sempre um sujeito genuinamente mau e quanto mais dolorosa sua morte, melhor. Enfim, as coisas são simples no cinema de ação de verdade e é por isso que eu adoro estas obras: são filmes honestos com o seu público, com o objetivo único de garantir diversão.


Uma pena, porém, que estes filmes não tenham mais espaço nas salas de cinema. E os atores que antes eram amados pelo público e venerado pelos jovens são, hoje, astros das videolocadoras, com seus filmes sendo relegados a uma circulação mais limitada.


Dentre estes astros, Wesley Snipes é um dos que resistem com este tipo de cinema, lançando pelo menos um filme do gênero por ano. E para quem gosta de filme de ação, sabe-se muito bem que Snipes é um mestre no que faz. Além de fazer suas cenas de ação de maneira eficiente, incluindo lutas bem coreografadas, ele atua de verdade, criando personagens diferentes e marcantes ao longo de sua filmografia. São personagens injustiçados pelo sistema, perseguidos pelo governo, mas que mantêm a ética inabalada, sempre do lado do bem – um elemento definitivamente maniqueísta, convenhamos.



Em sua última incursão no cinema, Wesley Snipes somou acertos e erros, resultando em Game of Death, uma obra muito divertida, mas que só será realmente divertida para quem aprecia este tipo de cinema. Afinal, tem-se um filme com ótimas cenas de ação, um vilão bem feito (cortesia do veterano em fitas de ação Gary Daniels); entretanto, parece que estamos vendo o mesmo filme pela centésima vez, tamanha sua semelhança com várias outras obras do ator como O Agente e US Marshalls.


Neste filme, Snipes é um agente da CIA que trabalha disfarçado como segurança de um mafioso (Robert Davi). O bandidão irá fazer uma transição financeira e a equipe de Snipes resolve roubar a grana. O problema é que Snipes não se tornará um bandido por um punhado de dólares e caberá a ele matar estes agentes corruptos que tentaram assassinar nosso herói, mas também incriminá-lo.



Apesar de Game of Death estar recheado de maneirismos visuais que prejudicam a fluidez da obra (especialmente a edição picotada, que tornam as cenas de luta difíceis de acompanhar – entretanto, neste filme em questão, as lutas são bem coreografadas). Mas fora este detalhe, Game of Death agrada por ter como ator principal Snipes, um sujeito carismático que consegue ser um "badass" sem se tornar um vilão.


Trata-se de um filme com público alvo limitado. Mas se você curte um filminho de ação, Game of Death é a obra certa. Simples como seu roteiro manjado, Game of Death não será, provavelmente, lembrado após seus 80 minutos de ação; mas que durante estes 80 minutos você se divertirá, isso eu garanto.

2 comentários:

  1. Eu tentei comentar mas acho que não funcionou pois eu não estava logado em nada. Espero que dessa vez funcione. Parabéns pelo blog e pelo texto que está, além de sincero, convincente.
    Valeu pela visita e pelo comentário no cinemafiablog.

    Ezequiel Fernandes

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  2. Valeu Ezequiel, continue visitando o Midnight Drive-In!

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