Um dos filmes que ficaram de fora da minha curta lista de selecionados no imenso catálogo do festival SXSW, edição de 2015. E já publico o trailer dele pra reparar meu erro, porque além da avalanche de críticas positivas, admiradores relevantes (Karin Hussain, por exemplo), o trailer é muito bacana. Depois de Invocação do Mal, não achei que um filme de casa mal assombrada me deixaria tão curioso. E o pôster é uma maravilha, não?
quinta-feira, 23 de abril de 2015
segunda-feira, 20 de abril de 2015
SXSW 2015 - As Escolhas do Editor
O maravilhoso festival SXSW é
um colosso. Música, tecnologia, palestras, opiniões e, logicamente, cinema –
muito cinema. A edição desse ano trouxe diversos trabalhos incríveis, mas
selecionamos aqui um top 7 dos filmes que me tiram o sono tamanha a expectativa
– ok, exagerei; mas não se assustem quando as críticas começarem a pipocar por
aqui. Restringi-me a sete títulos, pra dar conta de publicar logo o texto, mas
o festival teve um line-up muito bom, e, se fosse possível, assistiria a todos
os filmes do belo catálogo.
“There is nothing that can prepare
you for The Corpse Of Anna Fritz, and that is exactly why you need to see it as
soon as you are able” – Under The Gun Review
Quando um filme que flerta com um tema absolutamente mórbido
(necrofilia) é anunciado, especialmente em tempos de caretice e politicamente
correto que vivemos, minha atenção é definitivamente captada. O enredo: uma
atriz famosa morre e três jovens invadem o necrotério para ver o cadáver e
transar com a falecida.
“The brilliant concept does come with an
inherent appeal, but the Blaine brothers make the movie so much more than just
a clever idea” -
Collider
O filme vem sendo vendido com o seguinte slogan: “A fucked up
fairy tale” ou “Um Conto de Fadas às Avessas”. O filme parece envolver um
triângulo amoroso bizarro entre uma moça, seu namorado e a ex-namorada já
falecida do rapaz. Digo que parece porque há tanta loucura no trailer e nas
imagens lançadas do filme que não há como ter certeza nem sobre a sinopse. Mas
que só essa imagem que publiquei já me deixou curioso, isso não tem como negar.
“Jordan Galland is one of
those filmmakers who has a clear understanding of genre tricks, and has the
ability to manipulate the formula in unexpected ways” – DVD Talk
Imaginem vocês que existe um grupo de apoio na linha do AA para
pessoas que foram vítimas de possessão demoníaca. Já vi muita gente afirmando
que os filmes de possessão estão praticamente esgotados em originalidade, mas a
julgar por essa trama e o instigante e excentricamente divertido trailer,
concluímos que essa temática pode render alguns filmes bem interessantes por
aí.
“It’s a beautiful, inspiring story told with a ton of excitement and
context. Plus, in the end, you realize this isn’t just about making
movies. It’s about the struggle and accomplishment of fulfilling
your dreams” –
Slash Films
Eu acho que existe a possibilidade
real desse documentário levar muitos amantes de cinema às lágrimas. Dois
garotos de Mississipi, em 1982, resolveram regravar por conta própria Os Caçadores
da Arca Perdida. Eles não conseguiram fazer apenas uma cena e o documentário
acompanha os bastidores dessa última filmagem para a conclusão do “fan-film”.
“Alex
Garland’s directorial debut is full of confidence and wit, with Alicia Vikander
blurring the lines between human and machine.” – The Guardian
O tema
não é novo: robôs e a capacidade de desenvolverem uma consciência, os limites
éticos dentro da ciência. Mesmo assim, creio que ficções científicas na esteira
da obra de Asimov nunca serão demais. O interessante trailer, o visual bacanudo,
Oscar Isaac e a estreia de Alex Garland (roteirista de Extermínio, um dos meus
filmes de terror favoritos de todos os tempos) são sinais de uma sessão
bastante promissora.
“ The slow
start (and maybe a little of the middle) does pay off, however, with a
conclusion that’s shocking even after seeing what Ted’s already been up to” – Dread Central
Apenas a temática já seria o
suficiente para chamar minha atenção (a obra acompanha a vida de um garoto
sociopata sucumbindo lentamente para um mundo de insanidade e violência); mas
dois nomes chamam a atenção: Elijah Wood na produção da obra (que vem
demonstrando um faro muito interessante para os filmes de gênero) e Rainn Wilson
– um ator tão excêntrico e hipnótico, distante da comédia que o consagrou – e da
última vez que ele se aventurou em filmes mais dramáticos, tivemos como
resultado o inesquecível SUPER.
“This is the movie the SXSW Midnighters category was
created for. The type of movie people put on when the weekend finally comes and
their friends head over, crack a stupid amount of beers, and cheer and laugh
their faces off until the neighbors complain. I could go on about how awesome
the cast is and how wicked the photography looks, but it would be pointless in
hindsight of Zakk hurricane chainsawing the hell out of demons. Just get ready
to party” – Bloody Disgusting
Eu amo
cinema e rock and roll. Não poderia deixar de fora desta lista um filme de
terror sobre uns adolescentes metaleiros que liberam um demônio. Muito sangue,
gore, comédia, visual exagerado nessa mistura de Tenancious D e Evil Dead.
sábado, 18 de abril de 2015
Inferno Vermelho (Red Heat, 1988)
Nosso querido Schwazenegger nunca fez muitos filmes de duplas policiais – acho até que esse foi o único (me corrijam aí nos comentários caso eu tenha esquecido algum). Mas, sem dúvida fez um dos melhores filmes deste subgênero. INFERNO VERMELHO é um filmaço policial, daqueles que nos deixam saudosistas porque essas obras estão cada vez mais raras nos cinemas em nossos dias.
O capitão Ivan Danko (Schwazenneger) é mandado para os
Estados Unidos atrás de um bandido georgiano que matou seu parceiro (Ed O’Ross,
uma cara conhecida dos anos 80). No Ocidente, Danko é acompanhado por um sarcástico
detetive (James Belushi) e ambos se envolvem com um esquema de drogas entre uma
gangue de Chicago e o fugitivo soviético.
O roteiro do filme não traz nada de novo, especialmente para
quem está habituado com esses filmes policiais, mas tem muito valor por
apresentar todos os elementos essenciais de um filme deste subgênero de uma
maneira muito bem executada. A película é carregada de bom humor, diálogos espertos
e ótimas cenas de ação. E no caso de INFERNO VERMELHO, há o elemento de
ocidente versus oriente, sempre presente de maneira sutil. O policial soviético
é duro e metódico como um ferro, enquanto o americano é malandro e dúbio,
sempre parecendo o lado mais suave dos dois. Uma armadilha que o enredo poderia
formar seria a obra descambar para as opiniões políticas escancaradas, algo que
não acontece.
Além do roteiro e belas atuações, como não elogiar a direção
de Walter Hill, esse monstro sagrado do cinema de ação. Um dos gênios do
gênero, Hill imprime muita agilidade ao filme, cenas de tiroteio muito bem
filmadas, excelente timing entre ação-tensão-comédia e uma inesquecível
perseguição entre dois ônibus, coisa que nunca foi repetida posteriormente. Sem
sombra de dúvidas, um dos melhores diretores de ação de todos os tempos.
Esse filme me deixou pensando em como eu sinto falta dessas
obras policiais, com um enredo simples e eficiente, cenas de ação bem
produzidas, sem a intenção de se fazer uma triologia pra arrecadar mais grana
no cinema. Pelo menos em se tratando dos grandes estúdios, essas obras estão em
extinção – quase não são mais lançados nos cinemas películas de duplas
policiais. E isso é uma pena. Sorte nossa que temos alguns exemplares
salvadores desta nova geração e estes verdadeiros clássicos que podemos
aproveitar a qualquer momento.
Lembranças de um tempo bom, que não volta mais. |
sexta-feira, 17 de abril de 2015
quinta-feira, 16 de abril de 2015
terça-feira, 14 de abril de 2015
Sniper Americano (American Sniper, 2014)
Quando, de maneira brusca e nada impactante, a projeção terminou, meu queixo caiu. Isso não se relacionou com minhas impressões em relação ao filme, mas ao sucesso e as indicações absolutamente questionáveis ao Oscar... SNIPER AMERICANO é um filme dúbio, equivocado e absolutamente estranho.
O imortal Clint Eastwood não consegue definir uma posição sobre seu personagem ultra polêmico - o maior atirador a serviço do exército norte-americano, que contabilizou centenas de morte durante a guerra ao terror (Afeganistão/Iraque). Interpretado com uma neutralidade magistral por Bradley Cooper, o filme acompanha a história desse soldado.
E o decorrer da obra não fornece qualquer abertura para definirmos uma mensagem, uma postura por parte de seu diretor. Em nenhum momento Clint demonstra o que pensa sobre a história que ele levou às telas. Temos apenas uma neutralidade estéril e expositiva sobre a vida de um soldado, em tempos de terrorismo, abusos do exército, combates questionáveis e a morte de muitos civis.
Assim que a projeção terminou, fiquei impressionado com o espetáculo "chapa-branca" que acabara de assistir. Nem contra, nem a favor (talvez levemente a favor, mas ele se conteve), apenas uma exposição desapaixonada de cenas com atores aplicados. Não consigo me lembrar de um filme tão sem alma nesses últimos anos.
domingo, 12 de abril de 2015
Wild Card (2015)
Esse filme fraco reúne alguns talentos desperdiçados, os quais vou comentar nos próximos dois parágrafos. Por enquanto, ficaremos com a sinopse: uma espécie de guarda-costas em Las Vegas (Statham) terá uma última noite na cidade após se envolver com um mafioso. Uma última noite de jogatina, altas apostas e alguma pancadaria (no total, três cenas em um filme de 92 minutos, o que já lhe dá um espaço para refletir sobre os problemas na película).
O primeiro desperdício é do brucutu inglês Jason Statham. Na minha opinião, Statham é O cara dos filmes de ação da atualidade. É carismático, luta pra caceta e tem muita presença em cena (parece que ele está puto o tempo inteiro). Contudo, em WILD CARD, o personagem do cara é um verdadeiro idiota, sem objetivo ou propósito algum. Em nenhum momento temos aquela ironia que o britânico costuma estampar, muito menos a periculosidade nítida de quando ele está prestes a surrar alguém. E as pouquíssimas cenas de luta são bem razoáveis, mas são poucas e a última luta é um pouco decepcionante pelo uso de umas facas, quando eu mais queria ver o Statham distribuindo uns murros. No final das contas, a culpa nem é do ator, mas da fraca construção de personagem proporcionada pelo roteiro óbvio e desestimulante para nossa inteligência.
E o que dizer do diretor Simon West? Responsável por um dos filmes de ação mais legais dos anos 90 (CON AIR), sua carreira oscilou bastante entre filmes esquecíveis e tosqueiras inaceitáveis. A direção dele neste aqui é praticamente ausente, parecendo um telefilme sem qualquer estilo. A favor dele, ficam as já citadas cenas de luta, que são bem filmadas com uma câmera lenta bacana e sem aquela edição picotada insuportável que eu não aguento.
Pra aqueles que forem fãs de Statham, sugiro fortemente que se faça o seguinte: assista ao filme adiantando até as cenas de luta. Será uma espécie de curta-metragem de ação estimulante, ao contrário deste longa metragem esquisito, modorrento e decepcionante.
sexta-feira, 10 de abril de 2015
quinta-feira, 9 de abril de 2015
Trailer: Maggie (2015)
Para 2015, o filme do grande Arnold Schwarzenegger que eu mais quero assistir não é o novo Exterminador do Futuro (que, cá entre nós, tenho muitas dúvidas após o trailer e descobrir o Terminator grisalho...), mas esse pequeno filme de drama/horror sobre um pai tentando proteger sua filha que aos poucos vem se transformando num zumbi (a talentosa Abigail Breslin). O trailer não apela para sustos fáceis e cria uma atmosfera dramática inacreditável - a trilha sonora, a tensão, o clima pós-apocalíptico em ambiente meio que rural (que me lembrou demais Interestelar) e o close no rosto de Arnold com uma lágrima solitária sendo derramada. Essa obra promete ser algo diferenciado nessa onda saturada de zumbis. A must-see!
quarta-feira, 8 de abril de 2015
terça-feira, 7 de abril de 2015
Cottage Country (2013)
O trailer era bem mais divertido. Essa comédia de humor negro acompanha as desventuras de um casal que se envolve na morte mais ou menos acidental de umas pessoas numa cabana afastada... Dá até uma preguiça escrever sobre esse filme, porque o próprio roteiro é de uma preguiça enorme, tomando sempre os rumos mais óbvios possíveis. Malin Akerman e Tyler Labine se esforçam bastante, mas os personagens são tão fracos que eles não salvam o filme - nem a frieza da personagem de Akerman e nem o remorso do personagem de Labine me comoveram de qualquer forma.
É tudo tão previsível, que parece até que eu já assistira o filme antes. E após um desenrolar de estória bem fraco, somos submetidos a um epílogo absolutamente horrível, com uma insuportável pegada moralista...
Caso vocês queiram ver um filme de comédia e horror com o simpático Labine, confiram o imperdível Tucker & Dale vs Evil - essa sim uma obra divertidíssima e impagável. Cottage Country é como uma sessão de filme de "terrir" roteirizada pelos caras do Zorra Total. Que constrangimento!
quarta-feira, 1 de abril de 2015
Der Todesking em Dvd e Blu-Ray em Junho
Acompanhar os lançamentos em DVD e Blu-Ray na Europa e nos Estados Unidos pode fazer um mal danado para o bolso. A Cult Epics (cujo maravilhoso catálogo merece uma conferida - para os amantes de filmes extremos) lançará o cultuado filme de Jorg Buttgereit com extras incríveis, como faixa de comentários, making-of e outras belezas. O problema? São só 3000 cópias dessa belezura...
Quem sabe eu não consiga colocar minhas mãos em uma das cópias?
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