Quando, de maneira brusca e nada impactante, a projeção terminou, meu queixo caiu. Isso não se relacionou com minhas impressões em relação ao filme, mas ao sucesso e as indicações absolutamente questionáveis ao Oscar... SNIPER AMERICANO é um filme dúbio, equivocado e absolutamente estranho.
O imortal Clint Eastwood não consegue definir uma posição sobre seu personagem ultra polêmico - o maior atirador a serviço do exército norte-americano, que contabilizou centenas de morte durante a guerra ao terror (Afeganistão/Iraque). Interpretado com uma neutralidade magistral por Bradley Cooper, o filme acompanha a história desse soldado.
E o decorrer da obra não fornece qualquer abertura para definirmos uma mensagem, uma postura por parte de seu diretor. Em nenhum momento Clint demonstra o que pensa sobre a história que ele levou às telas. Temos apenas uma neutralidade estéril e expositiva sobre a vida de um soldado, em tempos de terrorismo, abusos do exército, combates questionáveis e a morte de muitos civis.
Assim que a projeção terminou, fiquei impressionado com o espetáculo "chapa-branca" que acabara de assistir. Nem contra, nem a favor (talvez levemente a favor, mas ele se conteve), apenas uma exposição desapaixonada de cenas com atores aplicados. Não consigo me lembrar de um filme tão sem alma nesses últimos anos.
Acabei gostando mais do que eu imaginava e não o considero tão grosseiro no quesito matança. Quem impressionou também Bradley Cooper, em algo primordialmente diferente de tudo que ele exibira.
ResponderExcluirSim, a performance do Bradley foi bem boa, surpreendente, contida e profunda. Mas a falta de um posicionamento mais claro por parte do senhor Eastwood me incomodou profundamente. Achei um filme fraco e covarde
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