Ufa: uma leve folga na onda de filmes horríveis com
Nicolas Cage. Mas nem se animem, pois DYING OF THE LIGHT também não é lá essas
coisas. Trata-se de um thriller sobre um agente da CIA (Cage), com um grande
trauma da carreira ao ter sido sequestrado por um terrorista árabe e ter sido torturado.
Na ocasião, o agente foi resgatado e o terrorista escapou, resultando em anos
de investigação por parte de Cage, até acharem uma pista bastante concreta do
paradeiro do vilão.
Entretanto, o americano acaba afastado da agência após o
diagnóstico de demência (um detalhe: imagine o quão conveniente é para Nic Cage
interpretar um personagem com uma degeneração neurológica, dando abertura para
aqueles excessos artísticos que ele costuma cometer – para nossa diversão!). E,
após o afastamento, o agente resolve ir atrás do terrorista, com a ajuda de um
pupilo mais novo (Anton Yelchin) para se vingar pela tortura sofrida no
passado.
É um filme bem esquemático e sem nenhuma novidade, mas há
algo que me atrai nestes “thrillers”, com cara de sessão do SUPERCINE. Porém,
se você olhar a qualidade dos nomes envolvidos e observar o resultado... É bem
verdade que a edição disponível para assistirmos é diferente daquela idealizada
pelo diretor e pelos atores (só para constar, a direção é só do Paul
Schrader...), o que gerou um protesto por parte de Cage, Schrader, Yelchin e o
produtor executivo Nicolas Winding Refn (leia mais sobre a história aqui).
Ainda assim, versão do diretor ou não, o roteiro é um texto que já foi filmado
e explorado outras diversas vezes no mundo do cinema e outra mídias.
Com um resultado meio simplório para uma equipe tão
interessante reunida, mantenho elogios para DYING OF THE LIGHT. Especialmente
pelo sopro de alívio na carreira de Nic Cage, a trama sobre a guerra ao
terrorismo (e ter filmes sobre este assunto, no período em que vivemos, não
deixa de ser importante para nos levar a uma reflexão, mesmo que mínima) e o
bom elenco de apoio (que ainda conta com Alexander Karim – muito bom na pele do
terrorista – e a bela, talentosa e meio que sumida Irene Jacob). Só mais um
detalhe: é melhor do que o superestimado Sniper Americano, que achei uma
porcaria (já adiantando a opinião, caso resolva escrever sobre ele por aqui).
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