sexta-feira, 6 de março de 2015

Medo de Escuro (Fear Of The Dark, 2002)


Há algum tempo, era natural a prática de comprar revistas de cinema, circular os títulos de preferência e procura-los nas prateleiras das locadoras. MEDO DE ESCURO vem dessa época, quando a maravilhosa revista CINE MONSTRO ainda era vendida nas bancas e eu era um cliente-moleque assíduo das videolocadoras. Nessa “vibe” saudosista, resolvi encarar o filme.

A medida que a projeção se desenrolava, meu saudosismo romântico era soterrado por um roteiro banal e personagens antipáticas. Uma fita incapaz de provocar qualquer outro sentimento além do tédio. São 86 minutos que mais parecem 300, numa trama que não consegue nem por um mísero instante provocar algum interesse. Parece um episódio muito ruim do seriado Clube Do Terror, se este fosse aborrecido, chato e nada original (pelo contrário, Clube do Terror fez minha alegria durante minha infância, e se não me deixava com medo, certamente me impressionava em alguns episódios).

Acompanhamos um garoto irritante, cheios dos traumas e obsessões (incluindo o tal medo de escuro) que fica em casa com seu irmão durante uma noite de tempestade. Nada mais natural, não fosse uma tal “criatura da escuridão” atazanando a vida dos moleques. O problema é o seguinte: não se cria empatia e nem mesmo pelo monstro – fruto de péssimos efeitos especiais.


E nessa pegada (ou, mais precisamente, na falta dela) o filme se arrasta, sem sustos, surpresas ou emoção. Uma fita que certamente ficou acumulando poeira, até que um abnegado (como eu) a comprasse quando a videolocadora fechasse. 

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