Mais uma edição daquelas resenhas bem curtinhas e quentinhas; nesta edição, publico alguns textos mais antigos, de um caderninho de críticas que eu mantinha... Uma seleção sem nenhuma lógica ou ponto comum, a não ser a brevidade dos textos.
GET LUCKY (2013)
Fãs dos filmes ingleses de gângsteres com este pequeno
exemplar, absolutamente trivial e ainda surpreendente. Segue-se a cartilha do
roteiro esperto, com a trama girando em torno de uma gama de personagens –
quase como arquétipos já familiares a este verdadeiro subgênero dos filmes de
ação.
Apesar desse padrão, que alguns consideram como
aborrecidamente repetitivo, sou fã de carteirinha desses tipos de filme e
procuro assisti-los. No caso de GET LUCKY, temos a típica aventura de um grupo
de amigos ladrões que roubam o cara errado, estando todos relacionados por uma
verdadeira armadilha do destino.
A maneira como tais personagens se conectam é bacana, mas as
“surpresas” que o roteiro reserva são previsíveis – nada que irrite, pois as
boas atuações e o ritmo ágil seguram bem a película. Alguns momentos em que o
roteiro tenta justificar ações de certos personagens (como o irmão do
protagonista) são forçadas, mas a diversão permanece.
A típica comediazinha maluca de festivais, cheia de
psicodelia e amor pra dar. O Bacana nessa “mesmice” são as atuações – atores conscientes
da doideira em que estavam metidos, interpretando de maneira exagerada e, por
isso mesmo, na medida certa. Quem tiver paciência, vai encarar um romance
regado à acid trip – nem que seja pra conferir e se embasbacar com uma curiosa
versão de “Águas de Março” cantada pelo eterno cafajeste Charlie Sheen. Vale
uma espiada.
WOLVERINE - IMORTAL (2013)
Tinha tudo pra dar certo, mas o resultado ainda é meia boca.
Desde um diretor eficiente, um ator protagonista muito confortável em seu
papel, uma das tramas clássicas dos quadrinhos, maravilhosas locações
providenciadas pelo Japão, os diálogos em japonês – nada disso consegue salvar
o medíocre roteiro (que destruiu um personagem que estimo muito, O Samurai de
Prata)...
Alguns entusiastas chegaram a enaltecer essa adaptação, mas
essa continuação fica no mesmo nível de ruindade do primeiro filme, que ainda
mantém o título de pior filme assistido dentro de uma sala de cinema, por
mim... Já está na hora de ter um reboot digno.
Fica também a crítica para o último filme dos mutantes, que
saiu bem prejudicado em minhas avaliações pela monstruosa expectativa que criei
em torno dos trailers e tudo mais. O paralelo com a primeira triologia me
desagradou muito, dando a este filme um tom de continuação atrasada. Lógico que
juntar os intérpretes do professor Xavier e de Magneto (os atores veteranos e
os novatos) foi uma maravilha. E a cena do mutante Mercúrio dificilmente sairá
da minha memória. Ainda assim, falta o charme do filme anterior e o maravilhoso
contexto histórico subvertido. Me diverti, mas fiquei levemente decepcionado.
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