domingo, 29 de maio de 2016

El Cadáver de Anna Fritz (2015)


Imaginem que uma jovem atriz, linda e no auge da carreira, simplesmente morre. E três jovens, um deles com acesso ao necrotério do hospital, resolvem ver o corpo da tal atriz. De apenas saciar a curiosidade mórbida os rapazes decidem tirar fotos e, numa escala maior psicopatológica, praticar sexo com o cadáver da atriz. 

Logicamente, uma sinopse dessas não reserva um filme agradável, para qualquer tipo de público. Agora que sobraram os cinéfilos malucos no recinto, vamos ao que interessa: EL CADÁVER DE ANNA FRITZ é uma produção espanhola (um país que já entregou uma obra-prima da escatologia e do cinema-extremo, o seminal Aftermath) intrigante. O desenrolar é um tanto quanto previsível, o que possivelmente prejudicou a avaliação final da obra, mas durante a projeção me prendeu o suficiente. 


Apesar de não ter muitos atrativos técnicos, que permitiriam que o filme decolasse, a obra reserva sólidas interpretações do trio de jovens citados, cujas personalidades vão se degradando ao longo da projeção. Como já mencionei, mesmo sendo previsíveis, o desenvolvimento psicológico dos personagens é coerente com as situações da narrativa. 

E apesar de ser do mesmo país do já citado Aftermath, as duas obras não possuem nenhuma semelhança. Ao contrário do curta-metragem, EL CADÁVER DE ANNA FRITZ está anos-luz do choque, nojo e festival de maluquices de Nacho Cerdà. A obra do diretor Hector Hernandez Vicens resvala no tema necrofilia, com um visual muito sóbrio e limpo, não lembrando em nada a repulsa e revolta da outra obra citada. 

No final, apesar da sinopse reservar elementos chocante, esta película se resume a um thriller interessante, ainda que com suas parcelas de cenas revoltantes. Para os apreciadores de cinema extremo, um exemplar interessante e efetivo. Para os não iniciados nesse tipo de cinema mais alternativo, mas curiosos, este é um bom exemplar "pé no freio". Aos que se ofendem facilmente, recomendo distância deste aqui. 

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Pôster: Blood Father



YES! Mel Gibson está de volta! Tudo bem que o trailer aparenta ser um "revenge flick" sem muitas novidades, mas ainda assim, uma notícia ótima. Sou fã desse maluco e por mais que ele tenha já feito e falado muita merda na vida real, ele fez filmes e personagens demais para eu ainda enxergar mais o artista que a pessoa. Além disso, adoro filmes de vingança e esse aparenta ter aquela dose de violência e insanidade que o nome Mel Gibson sugere. Com certeza, um must-see por aqui.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Midnight Express #005 - Dois filmes despretensiosos e divertidos e dois filmes sérios e chatos

X-Men Apocalypse (2016)
Esse vem sendo um ano muito bom para as adaptações de histórias em quadrinhos. Adorei Capitão América Guerra Civil, adorei Deadpool, gostei de Batman vs Superman, apesar de seus inúmeros problemas, e adorei X MEN APOCALIPSE. 

Sendo um fã de X-Men, que acompanhava apaixonadamente a série animada dos anos 90, este filme se apresentou como um presente para mim. Pela primeira vez nos cinemas eu consegui me divertir, e muito, com um filme dos mutantes. Desde uma aparição decente do Wolverine (melhor que seus dois filmes solos anteriores juntos), o elenco jovem que faz justiça aos seus personagens, ao ótimo vilão Apocalipse e ao sempre sensacional Michael Fassbender como Magneto... Eu me diverti demais durante essa sessão de cinema, cuja longa duração (um fator de incômodo pra mim, muitas vezes) passou desapercebida. 

Trata-se de um filme que talvez eu encontre algumas falhas aqui e acolá, mas a diversão e o apelo emocional foram tamanhos que eu não consigo pensar nesse filme de uma maneira isenta. E no fundo do pensamento, deveria ser diferente disso? Possivelmente, meu filme favorito dentre os nove filmes de mutantes lançados até hoje. 

Capitão América: Guerra Civil (2016)
Outro filme absolutamente divertidíssimo foi o último capítulo da melhor trilogia da Marvel (até o presente momento): Guerra Civil entrega tudo e um pouco mais do que já esperávamos. A magia do universo cinemático da Marvel está presente na incrível relação entre os personagens e a profundidade dramática dos mesmos. Some isso à ótima adição do Homem Aranha e do Pantera Negra, personagens que poderão dar ótimos filmes solos. A qualidade e diversão que eu já espero dos filmes dessa imensa franquia e eu já estou pronto para os próximos.



Triple 9 (2016)
Trama de roubo bastante formulaica, que possui uma primeira cena muito boa e com um desenrolar de filme de uma obviedade absurda.  O elenco é imenso e incrível, mas a trama é realmente muito fraca. É bacana ver atores do calibre de Woody Harrelson, Casey Affleck, Anthony Mackie e Chiwetel Ejiofor juntos, mas nada que sustente os 115 minutos de "eu já vi tudo isso em outros filmes antes". Apesar de sustentar o interesse durante a projeção, o filme é uma decepção. Mas o pôster é massa!




I Am Wrath (2016)
Meu Jesus amado, que filmeco é esse. John Travolta tentando aproveitar a moda de astros revitalizarem suas carreiras com um filmaço de ação (e só funcionou realmente com Liam Neeson em Busca Implacável), e falhando miseravelmente. Aqui, mais uma trama de vingança contra bandidos que causam mal à família do protagonista e, adivinhem: o tal protagonista é um ex-super agente do governo, especializado em lutas e matança. Façam-me o favor! Só vale pela presença do simpático Christopher Meloni, que percebeu que não tinha como levar a produção a sério e entrega um personagem divertido. 

domingo, 22 de maio de 2016

Ip Man 3 (2015)


E chegamos ao final da nossa "mini-maratona" Ip Man - a trilogia de artes marciais mais bem sucedida de crítica e público dos últimos 10 anos. Com uma diferença de praticamente 6 anos em relação ao seu episódio anterior, IP MAN 3 veio cercado de muita expectativa. E posso dizer que estas se cumpriram quase totalmente.

IP MAN 3 entrega tudo aquilo que seus saborosos teasers prometiam (cheguei a postar um dos trailers por aqui, meses atrás): mais Donnie Yen e mais pancadaria. O filme é um festival de "fan service" - temos a apresentação de Bruce Lee à série, assim como a adição de Mike Tyson como vilão da vez - um gângster que quer fechar a escola do bairro, sabe-se lá por qual motivo. 

Aliás, por mais que eu tenha me divertido bastante com o filme, este é o episódio mais fraco da trilogia. Aquela aleatoriedade de temas, que já estava presente nos capítulos anteriores, me incomodou bastante neste filme, com tramas inacabadas e mal resolvidas. O filme capricha nas cenas de ação e volta a investir bem no drama (envolvendo a esposa do grande mestre), mas há uma sensação de falta de objetividade que prejudica um pouco a obra, analisando friamente. 


O filme diverte, é lógico. Mas aquela sensação de épico que eu tive com o primeiro filme - suas lutas, o desenrolar da trama, a própria motivação do personagem - não se repete. E o fato do filme não se basear em acontecimentos propriamente reais não é um problema. A problemática é a indecisão do filme em se focar numa trama, não resolvendo as várias outras que apresenta. Um exemplo é o personagem de Max Zhang, um outro lutador de Wing Chun que quer provar ser melhor e mais habilidoso que Ip Man - em alguns momentos o filme parece focar nele, mas no miolo da projeção ele some e reaparece próximo ao epílogo, totalmente subaproveitado. 

Entretanto, o quesito artes marciais ainda é muito bem servido. A luta entre Donnie Yen e Mike Tyson não tem a plasticidade que vimos em outros embates da série, mas é de uma intensidade fenomenal. E para quem é fã de lutas, ver esses dois se surrando, mesmo que por um tempo ínfimo (três curtíssimos minutos), não há como não ficar excitado. A luta na escada entre Ip Man e um lutador de Muay Thai também merece crédito, pela bela e violenta coreografia. 

No final, a trilogia é uma excelente mostra do que o cinema de artes marciais pode oferecer. Eu tenho a impressão que ainda veremos um quarto episódio da série, tamanho o sucesso comercial e de crítica ao redor do mundo. Eu confesso que adoraria ver Donnie Yen reprisando o papel num filme a mais - focando um pouco mais numa trama e mantendo o alto nível das cenas de ação. Vamos torcer! 

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Trailer: Holy Hell (2016)

Este é, até o presente momento, O documentário mais esperado do ano para mim. Pessoalmente, o assunto seitas/cultos bizarros sempre me chamou bastante a atenção e esta película soa irresistível para mim: um filme que acompanha um culto new age em Hollywood nos anos 80. Acompanhamos o auge da seita e seu líder espiritual, assim como a deterioração do grupo e suas consequências nos ex-membros da comunidade alternativa. Desde o incrível nome da produção, até as impactantes imagens de arquivo (assim como a presença do tal líder, absolutamente hipnótica e surreal), prometem um dos filmes mais instigantes de 2016. 



segunda-feira, 16 de maio de 2016

Ip Man 2 (2010)


A continuação da trilogia sobre Ip Man, mestre do Wing Chun, mantém o nível do primeiro filme, ainda que eu prefira o primeiro filme. Acompanhamos a saga do personagem em Hong Kong, seu périplo para a abertura de uma escola de artes marciais e a relação por vezes conflituosa com o Império Britânico.

Novamente, vemos o filme abraçando várias tramas, como no primeiro. Para mim, a melhor delas é justamente o enfrentamento entre Ip Man e outros mestres das artes marciais e suas escolas - parece até briga de gangues entre os alunos de diversos métodos e estilos de luta. As escolas formam uma espécie de cartel, liderados pelo grande Sammo Hung (ator e diretor respeitadíssimo), que manda muito bem nesse filme - um tipo complexo e carismático, oscilando entre a admiração e o desprezo que podemos sentir por sua personagem. A melhor cena de luta do filme é, justamente, o confronto entre Donnie Yen e Sammo Hung em cima de uma mesa - absolutamente fantástico e eletrizante - cujo desfecho nos leva a aplaudir os astro de pé, assim como os alunos do filme fazem. 


Porém, essa trama fica um pouco em segundo plano ao longo do filme, quando a abordagem foca sobre os excessos do Império Britânico, personificados por um boxeador odioso e desrespeitoso, que acaba por enfrentar nosso protagonista. O filme assume um enredo bem próximo ao de Rocky 4, com seus clichês já bastante explorados em outras obras. 

Não que seja algo ruim, mas a trama me prendeu um pouco mais quando mostrava as dificuldades de Ip Man no estabelecimento de sua escola de artes marciais. Da metade para o final, a trama fica previsível, ainda que prenda a atenção. Mas não consegue captar o drama ou transmitir com a mesma eficiência do primeiro capítulo. 

Ainda assim, é um filmaço de ação, que sedimenta um caminho para um terceiro filme com uma participação especial na última cena ao melhor estilo Marvel. É um bom capítulo da saga de Ip Man e eu ainda mal posso esperar para conferir o próximo e último filme da série.

domingo, 15 de maio de 2016

Ip Man (2008)


O plano é postar um texto para cada filme desta incrível trilogia, por isso vamos começar a brincadeira falando deste neoclássico do cinema de Artes Marciais. IP MAN acompanha a vida do lendário mestre de Wing Chun - Ip Man - encarnado pelo incrível e talentoso Donnie Yen. Neste primeiro filme acompanhamos a vida dele no período pré e durante a tenebrosa ocupação japonesa da China durante a 2° Guerra Mundial.

Inevitavelmente, a ocupação foi marcada por confrontos entre os dois povos - incluindo no campo das artes marciais. Nosso protagonista acabou sendo envolvido, não só pelas suas habilidades mas pela crueldade e prepotência dos japoneses durante a guerra. O filme não aborda apenas essa parte da vida de Ip Man (uma característica dessa trilogia), mas ela é a parte mais eletrizante do filme. 


Acompanhamos várias facetas da vida de Ip Man, como o relacionamento com seu irmão empresário e sua família, os constantes desafios recebidos contra outros lutadores, a importância na resistência dos chineses contra bandidos e os japoneses. Mas a espinha do filme ainda é a relação dele contra um determinado general carateca e as implicações dessa relação conflituosa.

O filme é sensacional. Tem o típico humor do cinema chinês, drama na medida certa, excelentes atuações e lutas, muitas cenas de luta. Todas elas são absolutamente bem filmadas, mas o ouro vai para a cena em que Ip Man desafia 10 caratecas - uma cena violentíssima e brutal, cheia de sentimento; cada soco e chute de Donnie Yen parece destruir ossos e músculos de seus companheiros de cena. Uma cena furiosa e uma das melhores que o gênero das artes marciais já nos proporcionou. 

Já considerado um clássico do gênero, IP MAN é um perfeito entretenimento de ação. Um filme de muito sucesso que abriu as portas para uma continuação e fez o nome de Donnie Yen ser bem mais reconhecido no ocidente. Em breve, falaremos do segundo por aqui.  

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Bite (2016)



Parecia uma boa escolha para a minha sexta-feira 13. Mas o mais hypado filme de terror da semana passada se mostrou um filmeco bem fraquinho, principalmente pra quem está acostumado com esse tipo de filme. E não foi um caso de expectativas levantadas, porque toda aquela divulgação de "pessoas que saíram do cinema vomitando" não me convenceu nem por um segundo. 

O enredo é simples: noiva viaja com amigas para Costa Rica e, após muita farra e decisões equivocadas, acaba indo para uma lagoa desconhecida onde é picada por algo. Ao voltar da viagem, além do peso do matrimônio, um noivo xarope e sogra insuportável, a protagonista tem de lidar com consequências nada agradáveis dessa picada de inseto, que vai transformando seu metabolismo e fisiologia, bem na linha de A MOSCA e outros filmes do subgênero body horror.

Aliás, para mim, ficou difícil não associar o filme atual com o clássico de 1986 - BITE segue mais ou menos a mesma estrutura narrativa, acrescentando uma desinteressante subtrama de "tensão pré-casamento", assim como comete a terrível falha de ter personagens antipáticas e sem carisma algum - é uma terrível falha porque tanto a transformação da personagem principal quanto as mortes do filme não despertam qualquer sentimento no público. Você fica sem se importar com o tenebroso destino dos personagens. 

A maquiagem do filme é competente e tem a sua boa dose de nojeira. E o filme é razoavelmente curto e sucinto, com um final até interessante. Contudo, foi difícil evitar as comparações, assim como toda campanha de hype prejudicou ainda mais uma avaliação positiva do filme. Sério, galera que ficou com comovida e com nojinho da cena em que a protagonista arranca uma unha da mão, precisa assistir a cena da orelha do filme A MOSCA. Na real, os vídeos do canal La Fênix, do youtube, me deixam com muito mais náusea que esses 90 minutos de soft body horror.

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Cannes 2016


Enquanto não cobrimos o excelentíssimo festival in loco, vamos postar algumas novidades do mundo do cinema divulgadas nessa época de celebração. Fiquem ligados!

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Standoff (2016)



Essa pequena produção de ação já é um destaque positivo deste ano. E provavelmente vai passar despercebida de muita gente, mas quem sabe com esse texto algumas pessoas se atentem a ela. 

A trama é simples, porém interessante: após testemunhar a ação de um assassino de aluguel (interpretado por Laurence Fishburne), uma garotinha consegue fugir do criminoso e se abrigar na casa de um homem solitário (Thomas Jane), que resolve protegê-la. Alojado no andar superior, enquanto o bandido fica no térreo, ambos travam um intenso embate físico e psicológico, cujo desenrolar, mesmo que previsível de uma maneira geral, reserva bons momentos de tensão. 

Além de ser um filme bem filmado, com boas cenas de tiroteio, temos duas atuações muito boas. Laurence Fishburne está perfeito como o detestável matador, absolutamente sem escrúpulos e mortífero - não é um personagem que gere dúvidas sobre suas intenções, mas sua atuação consegue cativar, ainda que com um vilão básico. 

Thomas Jane não fica atrás, com um personagem também simples - o típico herói amargurado e cheio de demônios internos, que já vimos uma penca de vezes. Entretanto, simpatizamos com o cara, não só pelas boas intenções, mas pelo carisma do ator, que por vezes entrega uma performance emotiva e bastante agradável. 

Aliás, Thomas Jane é um dos atores mais desperdiçados da atualidade - um rosto comum em fitas de baixo a médio orçamento, ele este envolvido na mediana adaptação de 2004 d'O Justiceiro (que, pessoalmente, eu gosto o suficiente dela para defender em público) e O Nevoeiro, mas quase nunca vemos o cara encabeçando filmes mais famosos. Uma pena, porque o grande público perde a oportunidade de reconhecer um ator muito bom, com vários bons trabalhos. 

Com sua trama e desenrolar muito próximo de um western moderno, STANDOFF é uma joia a ser descoberta pela galera que curte cinema de ação. Esse filme é um daqueles que merece fazer mais barulho, nem que seja apenas entre seu público cativo. 

domingo, 1 de maio de 2016

Prontos Para Detonar (Ready To Rumble, 2000)



Esse filme traz tantas memórias... Desde o pôster e a fita VHS nas locadoras, inacessível para mim, porque meu pai não se interessava em locar até a primeira vez que assisti uma luta de telecatch, num sábado à noite, e me apaixonei por esse tipo de teatro. Muitos anos mais tarde eu resolvi assistir este filme, com todo esse histórico em mente. 

O que chama a atenção é como o filme é datado pra cacete. Acompanhem: o filme é uma comédia destrambelhada (na linha de Cara Cadê Meu Carro e outros títulos sem noção que pipocavam há uns 20 anos atrás) com David Arquette como ator principal - um nome que eu relaciono fortemente com os anos 90 e aquelas fitinhas da Warner que tinham mais espaço nas locadoras do que nos cinemas da minha cidade como Malditas Aranhas e o próprio filme que vamos comentar hoje.

PRONTOS PARA DETONAR é um produto com essa vibe: acompanhamos dois fãs desmiolados de wrestling (telecatch no Brasil), que presenciam a derrota do grande ídolo deles da luta livre: Jimmy King (numa escalação genial, chamaram o gordo e fora de forma Oliver Platt - que exemplifica a diversidade das formas físicas desses atletas, uma rara modalidade esportiva, nesse sentido). Eles partem numa aventura para ajudar o lutador a recuperar o prestígio e o título. 

Sim, é um filme tosco. Mas incrível o apelo que exerceu sobre mim. Logicamente, eu consigo enxergar todas as limitações cinematográficas. Mas por todo o retrospecto que já mencionei, eu me diverti o suficiente para aproveitar. Desde algumas piadas bobocas mas que funcionam (o estereotipado policial, pai do personagem de Arquette, que fala com o filho apontando seu revólver) até as diversas participações de wrestlers famosos como Diamond Dallas Page, Goldberg, Sting, Sid Vicious entre outros. Para quem acompanha wrestling, é muito divertido assistir as atuações fraquíssimas desses caras. 

Vale destacar também a presença do sumido Joe Pantoliano, uma cara bastante conhecida dos anos 90 que participou de filmes como O Fugitivo e Matrix - atuações eficientes, não tão lembradas, em produções excelentes. Aqui ele interpreta o empresário inescrupuloso que trai Jimmy King.

No final das contas, não sei se recomendo este filme. Se você reconheceu com algum carinho ou nostalgia os elementos que eu citei, pode embarcar. Se você gostar de comédias sem noção/bobinhas, pode embarcar também. De uma maneira geral, PRONTOS PARA DETONAR é uma obra fraquinha, cheia de defeitos, mas eu me diverti.