quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Semana Melhores do Ano: Os 7 Filmes Favoritos de 2015

Suponho que esta seja a lista mais esperada do ano para quem acompanha o Midnight Drive-In. 2015 foi um bom ano para o cinema e para o blog. Oscilamos bastante em alguns meses, mas de uma maneira geral, foi um ano até ativo para esta casa virtual.

Não consigo pensar em ocasiões especiais envolvendo o mundo do cinema na minha vida. Mantive uma rotina de ir ao cinema e pude assistir na telona diversos lançamentos, apesar dos preços e a "3deficação" dos filmes me desanimarem, assim como algumas sessões serem premiadas com pessoas realmente desagradáveis na plateia, que não sabem se portar no cinema.

Minha coleção de filme tv belos acréscimos, que pretendo mostrar em alguma postagem e definir alguma programação futura para estas postagens nos anos vindouros (sim, acredito que o blog terá mais anos pela frente, mesmo com a falta de leitores e discussão, tomada pelas redes sociais).

Foi um ano interessantes, senhores, principalmente por ter sido bem sucedido (em quase todos os meses) em alimentar o blog com conteúdo. Ainda me sinto estimulado a continuar postando minhas opiniões, curiosidades, controlando esse pequeno espaço e compartilhando coisas legais com vocês.

Enfim, esse foi um ótimo ano e espero que 2016 seja ainda melhor. Sem tantos planos ou programações em mente, mas motivado a continuar e melhorar meu trabalho por aqui. Meu muito obrigado e um feliz ano novo!

7 - KINGSMAN
Um elenco afiado, um diretor talentoso e nada de se leva a sério - a melhor adaptação de quadrinhos do ano.









6 - PERDIDO EM MARTE
Um filme com uma fórmula bem fechadinha, mas é tudo tão bem calibrado, com um ator que adoro e um diretor que estava devendo um filme bom há pelo menos dez anos, que fui conquistado.




5 - BIRDMAN
É pretensioso? Talvez. Mas eu me diverti demais vendo esse filme fora dos padrões de Hollywood ganhando o Oscar. E quem se prendeu aos detalhes técnicos da obra e os preciosismos do diretor perdeu a chance de conferir uma comédia divertida.




4 - DIVERTIDA MENTE
Não sou um cara que acompanha desenhos no cinema, mas meu queixo permaneceu caído durante a projeção desta obra intocável. Extremamente profundo, sentimental e poderoso, um filme com milhares de mensagens para os adultos e de uma sensibilidade imensa. Merece indicação ao Oscar de Melhor Filme.

3 - WHIPLASH
Uma das melhores, senão A melhor, história de mestre e pupilo que o cinema já produziu. Uma das melhores, senão A melhor, história sobre o mundo da música que o cinema já produziu. Cinema dos bons, em toda sua técnica e representação, com um dos personagens mais marcantes dos últimos anos (cortesia da atuação perfeita de J. K. Simmons) e uma teia de interpretações e mensagens para o público, ainda impressionados com a projeção.

2 - MAD MAX - A ESTRADA DA FÚRIA
A melhor experiência que tive dentro de uma sala de cinema neste ano, o novo filme do australiano George Miller é seguramente uma obra prima do cinema. Um primor em seus aspectos técnicos, o filme é uma experiência cheia de adrenalina, como só um esporte radical podia proporcionar. Não existe nada que possa te preparar para a genialidade desta sessão de cinema, assim como nunca houve nada minimamente parecido com essa ópera de desespero, pancadas e gasolinas. Obra prima.

1 - TURBO KID
What?? Melhor que Mad Max? Na realidade, não. Por que está em primeiro lugar? Porque este foi o filme que me fez sonhar neste ano. Eu gostaria de ter atuado, dirigido, escrito, ter feito parte disso. Um daqueles filmes que te transportam, por algum motivo subconsciente e que você não consegue explicar, mas você fica tocado de alguma forma. Minha vontade após assistir esse filme é largar tudo e ir fazer cinema, é escrever histórias fantásticas como essa. Imperfeito, genial e necessário, desde que eu assisti, na minha vida.

Semana Melhores do ano: Os melhores Álbuns de 2015

Além de cinema e literatura, as músicas também são indispensáveis para minha vida, me salvar daqueles momentos mais chatos do cotidiano. Por incrível que pareça, é provável que esta seja a mídia que eu acompanhe com mais frequência, pela praticidade de ouvir uma música realizando outras atividades. Logicamente que a apreciação de uma música deveria ser mais especializada, mas todos estes álbuns listados se destacaram durante aquele momento inesperado do dia, durante o estudo, um descanso ou lavando a louça. Vamos citar 20 menções honrosas e partiremos com textos curtinhos dos dez melhores.

Menções Honrosas (por ordem alfabética): Adult Mon (Momentary Lapse of Happily), Brandon Flowers (The Desired Effect), Collen (Captain Of None), Editors (In Dream), Enforcer (From Beyond), Enya (Dark Sky Island), Grave Pleasures (Dreamcrash), Grimoire (L'aorasie Des Spectres Rêveurs), Hop Along (Painted Shut), John Carpenter (Lost Themes), Leprous (The Congregation), Majical Cloudz (Are You Alone), Meg Baird (Don't Weigh Down the Light), Protomartyr (The Agent Intellect), Real Lies (Real Life), Royal Headaches (High), The Slow Show (White Water), Tribulation (The Children Of The Night), Ulvesang (Ulvesang) e White Reaper (White Reaper Does It Again).

10 - Sufjan Stevens - Carrie And Lowell
Campeão nas listas de final de ano, o último cd do cantor é uma tempestade sentimental e emotiva, ao som de violão e interpretações a altura de suas letras. O típico cd que valia a pena parar o que se estava fazendo para prestar atenção no que estava escutando. Lindo demais.







9 - The Maccabees - Marks To Prove It
Esse foi meu representante do ano para banda inglesa de alternative/indie rock. Refrões pegajosos para serem cantados a plenos pulmões voltando dos plantões noturnos. E assistir a apresentação ao vivo desses camaradas alimentava minha fome de shows que precisa ser saciada em 2016.






8 - The Decemberists - What A Terrible World, What A Beautiful World
Um dos primeiros álbuns que escutei este ano e um dos melhores. Grande parte das músicas me agradaram e ficaram na minha cabeça durante o ano inteiro. Uma agradável trilha sonora para os dias de sol em Campo Grande.






7 - Motorama - Poverty
Essa banda russa vem se firmando como uma das minhas favoritas surgidas nos últimos dez anos. O gênero post-punk é o meu favorito e, neste cd, eles repetem a fórmula do segundo cd, com canções mais dançantes e menos chuvosas. Parece a trilha perfeita para amigos numa noite chuvosa.






6 - FFS - FFS
Apesar de separadas por décadas, a união do Franz Ferdinand com o Sparks provou-se como uma das parcerias mais coerentes, criativas e vibrantes que eu já assisti. Músicas altamente dançantes e divertidas, aquele típico cd que me fez pular pela casa sozinho, com as pessoas olhando incrédulas para uma festa abafada em meus fones de ouvidos.





5 - Desperate Journalist - Desperate Journalist
Escutar o debute dessa banda era como me transportar para a Londres dos anos 80, na beira do palco de uma banda prestes a explodir, entrando em sintonia com a música deles. Tipo o The Cure com vocal feminino...








4 - Father John Misty - I Love You, Honeybear
Resisti ao hype por um tempo, mas assim que cedi, fiquei muito impressionado com todas as qualidades do cd. Realmente, um álbum maravilhosamente romântico e inteligente, impressionante e extremamente pegajoso. Você percebe como a obra mexeu contigo quando você conhece algumas letras difíceis de cor.






3 - Algiers - Algiers
A sensação que eu tive ouvindo essa maravilha era a de entrar numa igreja gospel gótica, comandada por um pastor furioso e seus cânticos infernais. Maravilhoso cd de estreia, extremamente original e que ficou em repeat no carro por um bom tempo. Já quero ouvir material novo dos caras.







2 - Faith No More - Sol Invictus
Por que vocês demoraram tanto pra lançar um cd novo? Sério, que trabalho espetacular dos caras, nem parece que tinham se separado. E foram 18 anos para lançarem um cd novo. Esse trabalho intensificou ainda mais meu arrependimento por não ter ido ao show dos caras no saudoso SWU. Tomara que não demore novas décadas para ouvirmos novos cds do Fatih No More.





1 - Viet Cong - Viet Cong
Sério, esse foi o cd mais incrível que eu escutei esse ano. Ele é opressivo, parece que estão tocando os instrumentos com barras de ferro numa fábrica abandonada. Música para ecoar no concreto e rachar paredes com suas guitarras rasgadas e baixo e bateria demolidoras. Post-punk moderno e inteligente que honra e explica o termo perfeitamente: a desilusão do pós-everything com a agessividade. Não entendeu? Eu acho que nem eu entendi também o impacto desse cd em mim. Vá correndo escutar essa maravilha moderna!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Semana Melhores do ano: Os Livros Favoritos do Ano - 2015

Olá queridos leitores! Vamos iniciar nossa semana de Melhores do ano, onde vou postar por aqui, meus livros, álbuns e filmes favoritos de 2015. Lembrando que em todas as categorias teremos apenas representantes lançados em 2015 (com exceção dos livros, pois se eu começar a ler apenas lançamentos, certamente vou falir em razão dos preços absurdos de um livro novo).

Vamos começar nossas famigeradas listas com meus 5 livros favoritos lidos em 2015. Enjoy!


1 - Remissão da Pena (Patrick Mondiano - Editora Record, 2015)

Lá se vão alguns anos desde que eu li Nada de Novo no Front e terminei o livro chorando - algo que só se repetiu neste ano com este livro. Esta autobiografia romanceada despertou-me da indiferença de muitas leituras, num verdadeiro nocaute emocional, especialmente quando me reconheço na pele do personagem autor e seus medos da infância, que eram os mesmos que os meus. Uma leitura muito curta (li o livro em praticamente 90 minutos), e por isso mesmo ainda mais efetiva e dolorosa. Com certeza, lerei mais Patrick Mondiano para 2016.




2 - Mar Inquieto (Yukio Mishima - Companhia das Letras, 2002)
O cotidiano atarefado e de responsabilidades sempre desperta um anseio de simplicidade, um bucolismo pelas pequenas sensações e coisas boas que a vida pode trazer. Esse romance encantador segue fórmulas de enredo já conhecidas, mas o mestre Mishima nos conta sua história de amor com tanta ternura, que é impossível não querer entrar dentro dessa realidade. Uma história romântica extremamente encantadora e nada piegas, algo que só um gênio literário poderia nos fornecer. Provavelmente, o livro que me mais me fez sorrir durante 2015.




3 - Battle Royale (Koushun Takami - Globo Livros, 2014)

Minha primeira leitura do ano e, acreditem se quiser, devorei o livro em dois dias - um calhamaço de quase 700 páginas. Uma vez começado, não consegui largar do livro, uma história selvagem e brutal de adolescentes numa espécie de reality show onde precisam se eliminar, literalmente, para que sobre apenas um sobrevivente. Um livro extremo e chocante em vários momentos, a leitura fluiu muito rápido e me divertiu bastante, apesar de sua brutalidade. Não, eu ainda não assisti a famosa adaptação com o Takeshi Kitano, mas já está na lista de filmes para assistir e resenhar no próximo ano.




4 - O Lobo (Joseph Smith - Alfaguara, 2009)

Durante um dia chuvoso, sem nenhuma responsabilidade imediata da faculdade, sentei-me na varanda de casa e comecei a ler O Lobo. Só acabei me levantando após o término de um dos livros mais imersivos do ano, que parece soprar um vento frio da floresta invernal da história. Escrito pelo ponto de vista de um lobo, a história avança lenta e cativante. A experiência foi semelhante a ouvir um cd de black metal da Lituânia num dia chuvoso e frio. Fica em "apenas" quarto lugar, por eu ter a impressão da leitura se potencializar bastante com um elemento externo (o tempo do dia).



5 - O Espião Que Saiu Do Frio (John Le Carré - Editora Record, 2013)
Amo literatura e filmes de espionagem e já estava mais do que na hora de ler este clássico do autor britânico, sua obra mais famosa e consagrada. E para quem ama esse tipo de livro e ama literatura em geral, esta é uma obra indispensável. A trama é cativante, a resolução é absurdamente imprevisível e o final é muito angustiante, um tapa na cara de realidade e crueza. Passado durante um dos períodos da história mundial que mais me fascina (a Guerra Fria), este é um dos livros mais importantes do século XX.



sábado, 26 de dezembro de 2015

Relatos Selvagens (Relatos Salvajes, 2014)



Durante o final de um ano, é muito comum olharmos para trás e analisarmos tudo o que fizemos ao longo dos últimos 360 e poucos dias. Planejamos para os dias vindouros e listamos as coisas valorosas que fizemos - eu compartilho desses hábitos (estou preparando a lista dos melhores de 2015 para essa próxima semana). 

Enquanto corro atrás do tempo para assistir alguns filmes deste ano que deixei passar (e já descobri algumas pérolas sensacionais, que pretendo compartilhar em breve por aqui), acho muito conveniente eu finalmente comentar sobre o meu filme favorito de 2014: o excepcional RELATOS SELVAGENS!

Pessoalmente, eu não tenho a mínima intenção de fazer uma resenha aprofundada, especialmente porque quanto menos se souber sobre a trama, mais prazerosa será sua sessão, posso garantir. Da trama, eu vos digo que se trata de uma comédia de humor negro das mais cáusticas que eu já assisti até hoje.

O elenco é simplesmente maravilhoso - difícil apontar um destaque, apesar das interpretações de Ricardo Darín e Erica Rivas serem especiais demais para eu não citar. E a direção e, especialmente, o roteiro de Damián Szifron são absolutamente brilhantes - uma explosão de criatividade. 

Parece tudo muito vago, mas garanto que este filme é sensacional e você precisa assistir ele agora. Não consigo pensar em nenhuma obra brasileira dos últimos, sei lá - 20 anos, que chegue perto desta verdadeira obra-prima da comédia. Inesquecível!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Kingsman (2015)


Fim do ano se aproximando e os maníacos por listas, como eu, começam a catalogar seus preferidos do ano. Aguardem uma lista dessas por aqui. Até lá, compartilho minha animação com este longa, provavelmente o filme mais divertido do ano - certamente, o que mais me divertiu. 

A trama resgata os exageros e o divertimento das histórias de espionagem que tanto nos cativaram. A pegada mais séria do gênero, iniciada pela refilmagem de A Identidade Bourne em 2002, não me desagrada de maneira nenhuma. Há espaço tanto para os filmes mais sérios e para os filmes mais extrovertidos. Assim, não faço coro aos críticos que receberam KINGSMAN como uma salvação do gênero ou qualquer outra coisa nesse sentido. 

O filme tem um ritmo muito bom, com a direção sempre muito boa do inglês Matthew Vaughn e um elenco perfeito - Michael Caine, o novato Taron Egerton, Samuel L. Jackson, Mark Strong, um irreconhecível Mark Hammil e o espetacular Colin Firth (rouba todas as cenas, um dos maiores atores de sua geração, com certeza). 

Muita gente já comentou, mas preciso destacar a cena da igreja, uma das sequências mais espetaculares e eletrizantes do ano, melhor que qualquer cena de ação dos filmes de super herói deste ano. Arrisco dizer aqui que as cenas de ação de Kingsman só ficam atrás das sequências imbatíveis de MAD MAX.

KINGSMAN é um daqueles filmes que te deixam com um sorriso gigantesco durante e após sua projeção. Estou pronto para um segundo filme!