Posso contar nos dedos de uma das mãos o número de vezes que fui ao cinema durante o ano passado. E, de todos os filmes do ano passado, afirmo, com folga, que Red foi o que mais me surpreendeu e me divertiu.
E como é bom quando somos surpreendidos pelas qualidades de um filme! É justo e correto afirmar que Red não traz absolutamente nenhuma novidade para o mundo do cinema. Todavia, Red apresenta um elemento raro nas superproduções hollywoodianas: um elenco perfeito e em total sintonia com o espírito da obra.
Incrível como o grupo de atores escolhidos faz seu trabalho incrivelmente bem, sem excessos ou canastrice, numa obra que poderia dar margem a estes defeitos. A estória é muito simples, sobre ex-agentes da inteligência americana que, após terem se aposentado, são ameaçados de morte em razão de um segredo de um político americano do alto-escalão.
Todos estão muitíssimo bem, mas gostaria de destacar Karl Urban, que é dos melhores atores de sua geração. Aqui, ele consegue criar simpatia num personagem que, inicialmente, sentimos raiva. Mary-Louise Park também está uma graça como a mocinha do filme.
O restante do elenco desempenha seus papeis com perfeição. Bruce Willis reprisa, de maneira eficiente, o papel de cara durão; Helen Mirren esbanja charme como uma assassina cheia de classe; Morgan Freeman é o experiente e gaiato assassino; John Malkovich é o matador pirado e paranoico; Brian Cox e Richard Dreyfuss completam esse timaço de atores. Ah! E como se esquecer de Ernest Borgnine como o guardião dos arquivos da CIA.
Red é um dos filmes mais divertidos que eu já assisti. Um exemplo perfeito de como um filme-pipoca deve ser: divertido, descompromissado e bem feito. Sem dúvida, uma surpresa muito agradável.
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