sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

A Firma

A Firma (The Firm, 1993) é um ótimo thriller dirigido pelo mestre Sydney Pollack, falecido em 2008. Um time de estrelas dá vida aos personagens imaginados por John Grisham, escritor especializado em romances que tratam sobre o mundo dos advogados.

Mitch McDeere (Tom Cruise) acabou de se formar na faculdade de direito de Harvard. Trata-se de um rapaz brilhante e ambicioso, que se formou entre os melhores de sua turma; por esse motivo, Mitch recebe o convite para trabalhar em várias empresas de advocacia, porém uma empresa o chama a atenção: a firma Bendini, Lambert e Locke é pequena e fechada, porém eles fazem uma oferta irrecusável a Mitch, que embarca com sua esposa (Jeanne Tripplehorn) para Memphis, onde inicia seus trabalhos.

No início, Mitch está muito entusiasmado com a firma, trabalhando incessantemente com o seu mentor lá dentro, Avery Tolar (Gene Hackman). A Bendini, Lambert e Locke é uma empresa especializada em direito tributário com clientes muito importantes. Aos poucos, Mitch mostra os motivos de ele ter sido um dos primeiros de sua turma.

Contudo, o equilíbrio se desfaz quando dois advogados da firma morrem de maneira misteriosa. Mitch, inicialmente, não se importa com isso, porém uma série de ocorrências e um encontro com um agente do FBI (Ed Harris) irão contribuir para que Mitch comece a investigar os podres da firma, que possui ligações com a Máfia e aparenta estar envolvida em casos de assassinato e corrupção.


A Firma possui uma história envolvente com direção segura de Pollack. O elenco inclui, além dos já citados, vários outros grandes atores: Holly Hunter, Hal Holbrook, Gary Busey, Tobin Bell e Steven Hill. O legal é que além de Steven Hill, outro ator da série Lei e Ordem participa do filme: Paul Sorvino. Coincidência ou não, vale pelo menos um comentário, pois Lei e Ordem é uma série jurídica, que iniciou mais ou menos naquela época, 1990.


Um detalhe que me agradou na produção foi a trilha sonora composta e interpretada por Dave Grusin que já colaborou com Pollack na trilha sonora de Os Três Dias do Condor, Totsie e outros filmes do diretor. Aqui, ele entrega um jazz muito atraente que combinou com a história e o tom de investigação/perseguição que predomina no filme.


A Firma é interessante também por seu melhor que a obra original. Eu recentemente li o original e, apesar da trama envolvente, odiei o desfecho escrito por Grisham. No filme, a conclusão da história é mais inteligente e divertida, superando o material original.


Gostaria de destacar também uma cena que eu adorei: perto do final, quando Mitch está fugindo dos capangas da firma, ele está numa espécie de bondinho enquanto o assassino interpretado por Tobin Bell o vê e começa a correr atrás do bondinho. Essa seqüência me agradou muito por sua montagem ágil e envolvente aliada à trilha sonora bacana.


A Firma é uma obra muito interessante que me agradou profundamente. Se tiver oportunidade e gostar de thrillers bem feitos, assista a esse filme que concorreu a dois Oscars: melhor atriz coadjuvante (Holly Hunter, com seu sotaque sulista perfeito) e melhor música original.


John Grisham e o cinema


O escritor John Grisham já teve vários de seus livros adaptados para o cinema, sendo que o primeiro deles foi justamente A Firma. Depois desse, O Dossiê Pelicano, O Cliente, Tempo de Matar, O Segredo (não é o de auto-ajuda!), O Homem que fazia Chover, O Júri e, por incrível que pareça, Um Natal Muito, Muito Louco!


Por escrever histórias envolventes sobre, principalmente, o mundo dos advogados, podemos esperar mais adaptações envolvendo outros livros dele, com O Advogado, O Recurso e várias outras histórias que, muito provavelmente, se tornarão filmes, sendo estes bons ou ruins.



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