Django Unchained (2012)
O mais recente filme de Tarantino é um oceano de ideias,
quase todas muito boas, mas reunidas inadequadamente ao longo da fita. É como
se o Tarantino tivesse escrito todo o roteiro em dois dias, sem muitos reparos,
e corresse para filmá-lo logo. Obviamente que eu me diverti bastante vendo a
obra, com Jamie Foxx perfeito em seu papel e Christoph Waltz inesquecível como
o dentista caçador de recompensas. Há de lembrarmos também a performance
perfeita de Leonardo DiCaprio, como um odioso dono de escravos e seu parceiro
de negócios encarnado por Samuel L. Jackson.
Não vou comentar muito sobre esse filme, pois há zilhões
de textos por aí dissecando a obra, mas devo dizer que DJANGO UNCHAINED é um
bom filme, com tudo o que a grife Tarantino pode oferecer de melhor
(personagens marcantes, excelentes diálogos, visual incrível, referências
cinéfilas e muitas participações especiais). Contudo, falta o brilhantismo e a
sensação de “quero mais” de outras obras do diretor.
Habemus Papam (2011)
Interessante e adequada comédia para os tempos de
conclave e novo papa que vivemos, Habemus Papam é um filme do diretor Nanni Moretti, um exercício intrigante sobre a natureza humana dos cardeais que podem
“governar” o mundo católico após a eleição do pontífice. Apesar da ousadia em
algumas cenas (como os cardeais rezando no início do conclave para não serem
eleitos), a obra se mantém um pouco idealista demais ao pintar todos os padres
como seres inocentes e até um pouco infantis em relação ao mundo real. Nanni
Moretti parece ter uma visão ainda muito romantizada de um universo cheio de escândalos
desprezíveis. Sendo assim, Habemus Papam é um filme interessante, mas deveras
omisso.
Dezesseis Luas (Beautiful Creatures, 2013)
Esse é um filhote da saga juvenil crepúsculo, com um
pouco mais de estilo e riqueza visual. Mas é só isso mesmo, porque o roteiro é
de um constrangimento ímpar, com seus furos e péssimas soluções. O casal
principal sabe atuar, mas a estória não ajuda nada. Sem falar nas atuações
constrangedoras de Jeremy Irons e Emma Thompson, exageradas e caricatas. Nem a
trilha sonora, que costuma se destacar nesse tipo de filme ajuda. Bem
fraquinho, mesmo.
Reféns (Trespass, 2011)
Olha que eu já defendi Nicolas Cage aqui no blog diversas
vezes, mas Reféns é uma merda indefensável. Uma trama ridícula, completamente
inverossímil, sobre um assalto na casa de um negociador de joias. Péssimos
personagens, péssimo roteiro, péssimos diálogos, péssima direção e
absolutamente nada de positivo em relação a essa bomba completa. Me escapa a razão de terem gasto um dólar que fosse para filmar um filme tão deficiente e incrivelmente ruim. A vontade de
jogar o dvd fora após o término do filme foi grande...
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