Seríssimo candidato a pior filme de terror do ano, Filha
do Mal é, provavelmente, o pior filme sobre possessão que eu já assisti em
minha vida cinéfila. É inacreditável e inaceitável ver um roteiro tão péssimo e
cheio de furos ser produzido. Estou falando
sério pessoal: a quantidade de imbecilidade é alta nessa obra.
Dá até uma má vontade escrever a sinopse, mas vamos lá:
uma moça visita sua mãe numa instituição psiquiátrica na Itália, procurando
entender o que levou a matrona a matar dois padres e uma freira vários anos
atrás. A moça suspeita que sua mãe estava possuída por algum demônio, por isso
leva um cinegrafista (???), em sua viagem para retratar essa busca pela verdade
e filmar um documentário a respeito do drama particular dela.
Ok, pra começar, nem o pior dos filmes found-footage
(essa ondinha do cinema atual, em que o filme é tratado como um documento
autêntico e real) tem uma desculpa tão babaca pra ter um cara filmando de
perto, com a mão tremida, o tempo inteiro. Pior é que o filme tenta ser
esperto, mostrando diversos ângulos pra tentar dinamizar a obra; o problema é
que muitas vezes, alguns dos ângulos não captam o cinegrafista-personagem,
revelando esse erro grosseiro de continuidade. Desde Alone In The Dark eu não
via tanto descuidado em um filme só...
As atuações são horríveis, especialmente porque os
personagens são péssimos e antipáticos. A dupla de padres principal é uma
porcaria inverossímil – dois exorcistas instáveis, despreparados e “aventureiros”,
que contrariam todo o clima sério que a obra tenta passar. A protagonista (uma
atriz brasileira, só para constar) não convence em nenhum momento e você fica
torcendo pra que ela se ferre logo, pra acabar com a projeção.
Sofrível demais esse Filha do Mal. Até quando filmes
assim vão continuar a serem exibidos em cinemas enquanto obras fantásticas do
horror continuam a serem negligenciadas pelas distribuidoras? Não recomendo a ninguém, a não ser que
você queira aumentar sua lista de piores do ano...
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