Existem filmes que só existem para divertir, nem que sejam por míseros 90 minutos de uma vida inteira. É o caso deste O Rei da Água, uma comédia tão boba e, por vezes, imbecil estrelada por Adam Sandler, que já flertava com o duo comédia/esportes muito antes de Will Ferrell. Neste filme em questão é o futebol americano o cenário para a estória do "lerdão" Bobby (Sandler), um simples filho de uma fazendeira linha-dura (Kathy Bates) que trabalha como o responsável pela água dos atletas durante o treinamento e o jogo.
Após ser demitido do time onde trabalhava (onde, também, era alvo de constantes humilhações), Bobby arranja emprego num time menor, bastante mal sucedido, liderado por um treinador excêntrico. Após sofrer provocações de um dos jogadores do novo time onde trabalha, ele resolve se defender, também por incentivo do treinador.
O time inteiro fica impressionado, pois Bobby dá uma pancada muito forte no provocador. O treinador vê nele a oportunidade de tirar seu time da lama, escalando Bobby na defesa de sua equipe. E é óbvio que o rapaz lesado irá levar esses azarões até a final, quando eles enfrentarão o time onde Bobby era humilhado.
Dá para perceber que o filme abraça todos os clichês possíveis. As atuações são todas propositalmente exageradas, intensificando os estereótipos do caipira sulista dos EUA. Nesse sentido, Kathy Bates está perfeita como a matrona arcaica, protetora e supersticiosa. Adam Sandler arranca algumas risadas genuínas com seu inocente personagem. Rob Schneider faz duas cenas como um caipira pirado – ele sempre faz uma pontinha nos filmes Sandler.
As cenas em que Bobby está jogando e surrando os atacantes dos times adversários são verdadeiramente engraçadas pelo exagero. Mas a maior parte do filme nos deixa com, no máximo, um sorriso no rosto. Mas, para mim, um sorriso no rosto é o que basta se observarmos a baixa qualidade das últimas comédias lançadas no mercado. Abaixo, as melhores cenas do filme, ou seja, as pancadas de Bobby durante o jogo.
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