Bela cinebiografia do médium mais famoso do Brasil, Chico Xavier. Ao contrário de Nosso Lar, outra obra espírita lançada em nossos cinemas ano passado (você pode ler a crítica aqui), Chico Xavier não possui o tom didático de Nosso Lar. Eis aí o grande mérito do filme de Daniel Filho: humanizar seu personagem principal e permitir que o público simpatize com o personagem e até se identifique com o mesmo, sem propagandear crenças e doutrinas espirituais.
Trata-se de um filme de narrativa elegante, com saltos do passado para o presente bastante coerentes. Acompanhamos a vida de Chico, enquanto ele é entrevistado num programa de Tv, e o drama de um casal que perdeu seu filho recentemente; a mãe busca respostas no espiritismo e o pai é descrente e amargurado. Perto de seu epílogo, as tramas se entrelaçam, revelando uma coexão do médium com o casal para a comunicação com o filho morto.
Superior a MUITOS outros filmes nacionais lançados durante o ano passado, Chico Xavier reúne um belo trabalho de direção, roteiro, montagem e edição, sustentado pela ótima performance de Nelson Xavier. Trata-se de uma feliz experiência cinematográfica brasileira, com seus defeitos e acertos (por exemplo, achei o som do filme, particularmente durante a infância de Chico, muito ruim). Mas, somando-se todos estes aspectos, tem-se, de fato, um ótimo filme nacional.
Não é preciso ser espírita para apreciar este filme....quase auto-biográfico...
ResponderExcluirMuito bom.
Foi uma bela surpresa este filme Caesar. Valeu pelo comentário
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