segunda-feira, 27 de maio de 2019

Boletim Cannes 2019 - Stallone e a Palma de Ouro



Mais uma edição do prestigiado Festival de Cannes chegou ao fim. E me parece que este foi um ano muito mais interessante de se acompanhar do que o anterior. Toneladas de novidades, rumores, pôsteres e estreias de alguns dos filmes mais esperados da próxima safra. Apresentei em nosso blog algumas dessas novidades, todas devidamente marcadas com a tag "Cannes", caso você queira navegar por elas. 

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Para mim, não havia dúvida: esta era a notícia que eu estava aguardando com toda a expectativa - Rambo V: Last Blood, a provável última película do atormentado John Rambo, um dos personagens mais famosos de Sylvester Stallone. Durante um disputado talk, Stallone mostrou uma prévia de sua nova aventura, prometendo um banho de sangue (aprendeu a lição com o fraco Os Mercenários 3 que retirou a violência para angariar um público mais jovem que solenemente ignorou o filme). Mal posso esperar, meus amigos. 

Como se não bastasse, falou ainda de planos para retomar o Tenente Marion Cobretti -o Cobra! Sim senhores, foi um anúncio muito surpreendente. Sly comentou sobre a possibilidade de se fazer uma série envolvendo o letal detetive dos anos 80! Considerando o revival anos 80 que vemos na televisão (série Cobra Kai, reboot de Um Tira da Pesada), eu acredito que esse projeto possa se tornar realidade.

Stallone ainda nos presenteou com a possibilidade de um novo filme com Rocky Balboa, ainda no plano das ideias. A despedida em Creed II foi excelente (eu não comentei por aqui ainda, mas ADOREI o filme), porém Rocky Balboa nunca será demais para mim. Para quem é fã do cara, como eu, foi o melhor dia de Cannes.




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O vencedor da Palma de Ouro 2019 foi o sul-coreano Bong Joon-Hoo, com o elogiadíssimo Parasite. O mais bacana é que este é um cineasta famoso para quem acompanha cinema de gênero - ele é diretor do genial O Hospedeiro, Snowpiercer e Mother - excelentes filmes que misturam muito bem tramas densas e personagens profundos em contextos fantásticos. Segundo algumas fontes, foi uma decisão unânime de um júri muito diversificado e curioso - Enki Bilal e Yorgos Lanthimos na mesma sala, sob a liderança de Alejandro Gonzáles Iñárritu? Deve ter sido divertido...


sábado, 25 de maio de 2019

Pôster - La Fameuse Invasion Des Ours In Sicile (2019) - Edição Cannes 2019

Que grata surpresa saber que o clássico da literatura infantil, escrito pelo italiano Dino Buzzati foi adaptado para os cinemas numa animação de traços e trilha sonora muito bonita. Se bobear, pode dar as caras no Oscar 2020.


sexta-feira, 24 de maio de 2019

Pôster - Dogs Don't Wear Pants (2019) - Edição Cannes 2019

Leiam um trecho da resenha deste filme no Screem Anarchy e me digam se este não é um filme para se ficar atento:

"The film ends in an ecstatic burst of self-revelatory catharsis. It's the kind of moment we all hope to have in our livers, a joy and confidence so pure and innocent that it almost makes sense that one must travel through hell to reach it. Dogs Don't Wear Pants, on the other hand, is pure cinematic joy, no qualification necessary. This is a gem that is bound to have serious legs on the festival circuit, and with a little luck, on cinema screens around the world."



quinta-feira, 23 de maio de 2019

Boletim Cannes 2019 - Tarantino, Robert Pattinson e Carpenter/Argento


 
Caros amigos! Venho acompanhado, de maneira muito irregular, o que vem acontecendo em Cannes, neste ano. E tudo indica que a edição atual vem apresentando muitas novidades, estreias interessantes e algumas polêmicas sobre as quais conversaremos:



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ONCE UPON A TIME IN HOLLYWOOD é a mais nova obra de Quentin Tarantino - um dos cineastas mais interessantes da atualidade. Nunca participei do culto ao redor do seu trabalho, mas certamente eu admiro muitos de seus trabalhos. Durante uma coletiva de imprensa marcada por perguntas desinteressantes e a exaustiva postura da mídia atual de ser a paladina do politicamente correto (o tema da vez foi o suposto pouco tempo de projeção das atrizes do longa e a participação de Roman Polanski como um dos personagens do filme), Tarantino mordeu a isca das provocações baratas dos jornalistas ("I Reject your hypothesys" - foi a frase que o diretor usou em sua "defesa"). Uma pena, pois o filme parece ser ótimo e certamente serão as baboseiras citadas acima que irão predominar nas críticas vindouras do filme. Apesar disso, um ótimo aperitivo são os cartazes de filmes do astro Rick Dalton, o personagem principal de ONCE UPON A TIME IN HOLLYWOOD, interpretado por DiCaprio! Tinha de ser molecagem marota do Tarantino!




(Imagens capturadas do blog Demmentia 13, do colega Ronald)

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THE LIGHTHOUSE estreou em Cannes com críticas bastante favoráveis! Para quem não sabe, este é o mais novo filme do diretor do espetacular A BRUXA, o provável melhor filme de terror da década! Não temos nenhuma prévia visual do filme a não se esta atmosférica foto que transmite algumas das sensações que a obra possivelmente nos passará - solidão e mistério. Estrelado pelo magistral Willem Dafoe e pelo promissor Robert Pattinson, que teve seu nome associado como o novo Batman da Warner - notícia que não foi lá muito bem recebida e fez a Warner recuar, avisando que ainda não tinham definido quem seria o novo homem morcego. Uma pena, porque Pattinson poderia muito bem dar conta do recado! Em todo o caso, antes de um novo filme de super herói, teremos este THE LIGHTHOUSE que eu certamente vou conferir.

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Nosso querido John Carpenter foi homenageado pela "Guilda de Diretores Franceses" (tradução livre), com o prêmio Golden Coach pelo conjunto de sua carreira. E que carreira, meus amigos: O Enigma de Outro Mundo, Eles Vivem, Halloween, A Bruma Assassina, Os Aventureiros do Bairro Proibido e tantos outros! É um cara que merece todos os reconhecimentos possíveis e é sempre satisfatório ver festivais maiores reconhecerem nossos heróis do cinema de horror. E tão legal quanto a homenagem é ver esta incrível foto de Carpenter interagindo com outro mestre - Dario Argento! Sensacional.

Dois mestres batutas

Pôster - The Dead Don't Die (2019) - Edição Cannes 2019

Uma confissão: eu nunca assisti nenhum filme do diretor Jim Jarmusch, apesar de reconhecer sua carreira e importância. Essa lacuna será preenchida com The Dead Don't Die - um filme de zumbis! Além das ótimas críticas e o elenco recheado (Adam Driver, Tilda Swinton, Bill Murray e Iggy Pop), a ideia de filmes de gênero serem dirigidos por cineastas com suas visões particulares e estilos únicos me enche de esperança quanto a falta de criatividade que assombra o cinema norte-americano. Certamente eu vou conferir. 





terça-feira, 21 de maio de 2019

A Lenda de Barney Thomson (The Legend Of Barney Thomson, 2015)



É impressionante como os cineastas ingleses conseguem capturar todo o charme de sua terra natal, em muitas de suas produções, independente de seu gênero. Eu me explico: existe algo além do destacado sotaque, as locações, os atores mais conhecidos ou o fino humor britânico - há um clima, um ritmo, uma vibe que definitivamente me agrada e me transporta para as suas terras, num misto de saudade (dos poucos dias que estive por lá) e expectativa (para os dias vindouros). Assim, eu sempre embarco quando a proposta é assistir algum filme do Reino Unido. 

A LENDA DE BARNEY THOMSON contém todos esses elementos descritos - a cidade com seu céu cinzento, o humor negro, as caras conhecidas (Robert Carlyle, Emma Thompson, Ray Winstone e James Cosmo) e a trama criativa sobre um barbeiro medíocre que acaba se envolvendo num assassinato acidental e começa a complicar sua vida. A trinca de atores principais parece se divertir muito: Carlyle interpreta o barbeiro, Thompson vive sua engraçada/odiosa mãe e Winstone é um policial xarope. 

Trata-se do primeiro filme dirigido pelo Carlyle, que faz um ótimo trabalho. Sempre gostei muito deste ator, após assistir o inesquecível filme Ou Tudo Ou Nada (filme que está no meu Top 10 pessoal de filmes favoritos da vida). Ele nunca compôs o primeiro escalão de Hollywood, mas isso realmente não importa, pois sua carreira é lotada de obras interessantes, como essa que estamos comentando. Preciso rechear o blog com mais filmes dele, porque acho ele um excelente ator subestimado.

A LENDA DE BARNEY THOMSON diverte e muito, além de ter belas surpresas em sua trama. O final absurdo e satisfatório contribuem com a projeção. Quem tiver a chance, dê uma conferida, pois certamente vale o tempo. Vou deixar para comprar o "blu-ray" deste filme no Reino Unido...

sexta-feira, 10 de maio de 2019

A Última Ameaça (Broken Arrow, 1996)



Quando criança, esse pôster sempre me fascinava. Achava-o explosivo! Por anos eu mantive essa curiosidade intacta - sabe como é, são tantos filmes para assistir... Enfim criei a ocasião há uma semana, numa tediosa noite de quinta feira. Outro ponto pessoal curioso é que eu consegui o filme em dois formatos, neste ano: DVD e a "mítica" VHS que tanto me encantava quando mais novo.

O genérico título em português esconde o curioso conceito ao redor do roteiro: Broken Arrow é, supostamente, o nome dado para a situação catastrófica das forças armadas perderem uma bomba nuclear. Neste caso, John Travolta é o oficial da aeronáutica que resolve extraviar algumas bombas para chantagear o governo norte-americano e faturar uma fortuna em cima disso. Christian  Slater é o oficial bonzinho que irá melar os planos do terrorista.

O filme contém pilhas e pilhas de cena de ação - algo favorável considerando o argumento meio bobo da obra. É curioso escrever sobre ele, pois parando para analisar, não esperava nada mais do que uma fita de ação divertida - algo que é entregue ao espectador. E nada além disso: assim que o filme terminou, não consegui me lembrar de uma cena sequer que tenha me chamado a atenção.

Não há personagens ou falas marcantes, apenas muita explosão, tiros e alguma pancadaria totalmente compactada durante sua projeção. Dirigido pelo cultuado John Woo, que é um cineasta que ainda não conseguiu captar minha atenção (justiça seja feita: os maiores clássicos chineses dele como Bala Na Cabeça e O Matador, eu ainda não assisti). 

É possível que, se tivesse assistido mais cedo, o filme talvez tivesse me excitado mais. É um divertimento razoável para amantes de filmes de ação. Felizmente, o pôster ainda me fascina, até hoje. Eu teria ele pendurado na minha casa.