segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Hardcore Henry (2016)



Há alguns meses, postei aqui no blog o trailer deste filme, expressando excitação para o lançamento desta obra. HARDCORE HENRY (que antes se chamava só Hardcore) apostava todas suas fichas na "novidade" da câmera em primeira pessoa - o filme todo é conduzido pelos olhos do protagonista, tal qual aqueles jogos de tiro em que você enxerga o revólver do personagem e a ação se dá como se você fosse o personagem principal. 

E funciona? Em alguns momentos, sim. O filme é absolutamente frenético e sem noção, cheio de cenas de ação criativas e amalucadas. Mas essas cenas são prejudicadas em vários momentos, justamente por serem bastante confusas - a câmera treme e balança tanto que você fica perdido em meio a ação. 

A primeira meia hora do filme flui que é uma beleza, com um bom ritmo e tudo mais. Mas depois disso, o filme começa a tentar dar umas explicações da trama e a obra fica extremamente arrastada, principalmente porque a tal trama é mega fraca. Apesar do carisma de Sharlto Copley, o filme não consegue se sustentar e só captou meu interesse novamente em seu final, com a cena de enfrentamento entre o protagonista e o vilão boboca, que reserva boas surpresas. 

Dirigido pelo cara que fez o videoclipe na mesma estética de primeira pessoa da banda Biting Elbowns (que explodiu na internet há alguns anos), não atinge o mesmo resultado bombástico de seu trabalho anterior. A impressão que eu tenho é de que essa câmera em primeira pessoa só funciona bem para o mundo dos jogos ou curta-metragens. Além de cansativa e realmente provocar dores de cabeça, HARDCORE HENRY falha com sua pífia trama. Mas não deixa de ser um curioso exercício cinematográfico.

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