São quatro grandes famílias de artes marciais com seus
respectivos chefes sendo assassinado cruelmente, um a um. Dois amigos, exímios
mestres da luta, tentarão desvendar o mistério para provar a inocência de uma
mulher, cujo passado testemunha a favor das acusações. Uma bela trama, ótimo
elenco, várias reviravoltas e sensacionais cenas de luta – precisa de mais?
Shaolin Intruders é mais uma pérola do inesgotável cinema
chinês, recheado das interpretações marcantes e carismáticas, coreografias
inacreditáveis e roteiros carregados de drama. Eu, pessoalmente, sou apaixonado
por essa escola de cinema e seus incríveis filmes de luta; sinto um prazer
inenarrável durante a projeção dessas obras que me impressionam desde sempre.
Não sou expert no cinema chinês, mas já vi exemplares
suficientes para distinguir algumas características de destaque em Shaolin
Intruders. A começar pela presença de um suposto vilão vindo do templo shaolin,
que é identificado pela técnica de assassinato que utiliza. Nesta película, o
templo budista não é o reduto impecável de moralidade, mas um local que,
possivelmente, abriga quatro criminosos.
Várias cenas de lutas são incríveis, mas tenho de
destacar o enfrentamento entre os dois amigos e o principal monge do templo,
envolvendo o instrumento “horse bench” – que sequencia incrível, bem filmada e
tensa.
Outro destaque é o vilão da obra e sua luta com um dos
heróis no final da estória – belos movimentos, boa utilização da câmera lenta e
um desenrolar tenso. Não há como saber quem irá vencer ao duelo, até seu
desfecho.
Há, naturalmente, certas cenas um pouco mais violentas –
como o suicídio de um dos monges do templo e um inesperado desmembramento. O
sangue jorra com os golpes mais violentos, aumentando a tensão da obra.
Trata-se, afinal, de mais um exemplar maravilhoso do
cinema chinês. Nada de novo, se pensarmos na excelência dos filmes da Shaw
Brothers. Entretenimento de primeira.
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