sábado, 16 de fevereiro de 2013

Shaolin Intruders (Sam Chong Siu Lam, 1983)




São quatro grandes famílias de artes marciais com seus respectivos chefes sendo assassinado cruelmente, um a um. Dois amigos, exímios mestres da luta, tentarão desvendar o mistério para provar a inocência de uma mulher, cujo passado testemunha a favor das acusações. Uma bela trama, ótimo elenco, várias reviravoltas e sensacionais cenas de luta – precisa de mais?

Shaolin Intruders é mais uma pérola do inesgotável cinema chinês, recheado das interpretações marcantes e carismáticas, coreografias inacreditáveis e roteiros carregados de drama. Eu, pessoalmente, sou apaixonado por essa escola de cinema e seus incríveis filmes de luta; sinto um prazer inenarrável durante a projeção dessas obras que me impressionam desde sempre.


Não sou expert no cinema chinês, mas já vi exemplares suficientes para distinguir algumas características de destaque em Shaolin Intruders. A começar pela presença de um suposto vilão vindo do templo shaolin, que é identificado pela técnica de assassinato que utiliza. Nesta película, o templo budista não é o reduto impecável de moralidade, mas um local que, possivelmente, abriga quatro criminosos.

Várias cenas de lutas são incríveis, mas tenho de destacar o enfrentamento entre os dois amigos e o principal monge do templo, envolvendo o instrumento “horse bench” – que sequencia incrível, bem filmada e tensa.

  
Outro destaque é o vilão da obra e sua luta com um dos heróis no final da estória – belos movimentos, boa utilização da câmera lenta e um desenrolar tenso. Não há como saber quem irá vencer ao duelo, até seu desfecho.

Há, naturalmente, certas cenas um pouco mais violentas – como o suicídio de um dos monges do templo e um inesperado desmembramento. O sangue jorra com os golpes mais violentos, aumentando a tensão da obra.


Trata-se, afinal, de mais um exemplar maravilhoso do cinema chinês. Nada de novo, se pensarmos na excelência dos filmes da Shaw Brothers. Entretenimento de primeira.

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