quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Busca Implacável 2 (Taken 2, 2012)




Estaria mentido se lhes dissesse que eu não me diverti durante a sessão. Mas estaria mentido se dissesse que fiquei satisfeito com o filme. Aliás, Busca Implacável 2 talvez possa ser considerada a maior decepção do ano nos cinemas (ao lado do último filme do Batman, que em breve será dissecado em nosso blog...), considerando o quanto gosto do primeiro filme.

Talvez, a explicação para essa decepção esteja na troca do diretor. Saiu o eficiente Pierre Morel e entrou Olivier Megaton, um diretor que sacrificou boa parte do realismo e urgência do filme original por tomadas mais estilosas e uma locação exótica (Turquia). Ao perder os dois  elementos  citados, Busca Implacável tornou-se um filme comum e incrivelmente ineficiente em envolver o público na tal busca implacável do super agente encarnado por Liam Neeson.

O filme começa cheio de “lengalenga”, com a filha do agente ainda traumatizada com toda a situação do primeiro filme e sua ex-esposa enfrentando crise em seu segundo casamento. Bryan propõem as duas uma viagem à Istambul, onde ele realizará um serviço. O problema é que os pais dos bandidos do filme original resolvem atormentar o herói, sequestrando suas filha e esposa na Turquia, iniciando uma perseguição entre o agente e os vilões.

A partir disso, Busca Implacável se torna mais do mesmo, só que com cenas bem menos memoráveis de ação e muita falta de coerência, especialmente porque parte das proezas que o filme apresenta não é feita pelo protagonista, e sim por sua filha. Como engolir a cena em que a moça começa a soltar granadas pelos telhados de Istambul e não aparece um policial sequer para investigar isso? Ou a direção agressiva e cheia de derrapadas da menina, que sequer tinha habilitação ainda?


As lutas pioraram também e o grande vilão da estória, um ancião albanês nada ameaçador, tem um final tão estúpido que me fez rir. Inaceitável os roteirista venderem uma tentativa de antagonista cruel e implacável que parece um mendigo fraco quando finalmente enfrenta o agente.

O filme não é ruim, mas definitivamente é uma decepção, especialmente se lembrarmos do primeiro. Honestamente, espero que a série pare por aqui, mas um terceiro roteiro já foi encomendado pela Fox. Parece que o Liam Neeson não está muito interessado em reprisar o personagem, então podem esperar uma série de continuações lançadas diretamente em dvd com um novo protagonista. Ou quem sabe o Bryan Mills de Neeson será convidado para o próximo filme d’OS Mercenários? O negócio é esperar...

OBS: É ridículo os cinemas exibirem apenas cópias dubladas do filme. Como se já não bastasse o preço absurdo do ingresso, somos obrigados a assistir ao filme sem o áudio original. Isso é ridículo!

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