Estaria mentido se lhes dissesse que eu não me diverti
durante a sessão. Mas estaria mentido se dissesse que fiquei satisfeito com o
filme. Aliás, Busca Implacável 2 talvez possa ser considerada a maior decepção
do ano nos cinemas (ao lado do último filme do Batman, que em breve será
dissecado em nosso blog...), considerando o quanto gosto do primeiro filme.
Talvez, a explicação para essa decepção esteja na troca
do diretor. Saiu o eficiente Pierre Morel e entrou Olivier Megaton, um diretor
que sacrificou boa parte do realismo e urgência do filme original por tomadas
mais estilosas e uma locação exótica (Turquia). Ao perder os dois elementos
citados, Busca Implacável tornou-se um filme comum e incrivelmente
ineficiente em envolver o público na tal busca implacável do super agente
encarnado por Liam Neeson.
O filme começa cheio de “lengalenga”, com a filha do
agente ainda traumatizada com toda a situação do primeiro filme e sua ex-esposa
enfrentando crise em seu segundo casamento. Bryan propõem as duas uma viagem à
Istambul, onde ele realizará um serviço. O problema é que os pais dos bandidos
do filme original resolvem atormentar o herói, sequestrando suas filha e esposa
na Turquia, iniciando uma perseguição entre o agente e os vilões.
A partir disso, Busca Implacável se torna mais do mesmo,
só que com cenas bem menos memoráveis de ação e muita falta de coerência,
especialmente porque parte das proezas que o filme apresenta não é feita pelo
protagonista, e sim por sua filha. Como engolir a cena em que a moça começa a
soltar granadas pelos telhados de Istambul e não aparece um policial sequer
para investigar isso? Ou a direção agressiva e cheia de derrapadas da menina, que
sequer tinha habilitação ainda?
As lutas pioraram também e o grande vilão da estória, um
ancião albanês nada ameaçador, tem um final tão estúpido que me fez rir.
Inaceitável os roteirista venderem uma tentativa de antagonista cruel e
implacável que parece um mendigo fraco quando finalmente enfrenta o agente.
O filme não é ruim, mas definitivamente é uma decepção,
especialmente se lembrarmos do primeiro. Honestamente, espero que a série pare
por aqui, mas um terceiro roteiro já foi encomendado pela Fox. Parece que o
Liam Neeson não está muito interessado em reprisar o personagem, então podem
esperar uma série de continuações lançadas diretamente em dvd com um novo
protagonista. Ou quem sabe o Bryan Mills de Neeson será convidado para o
próximo filme d’OS Mercenários? O negócio é esperar...
OBS: É ridículo os cinemas exibirem apenas cópias
dubladas do filme. Como se já não bastasse o preço absurdo do ingresso, somos
obrigados a assistir ao filme sem o áudio original. Isso é ridículo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário