sexta-feira, 23 de março de 2012

Queima de Arquivo (Eraser, 1996)

Divertido exagero dos anos 90 (época boa pros fãs de cinema de ação), Queima de Arquivo é um daqueles filmes que fazem falta no anêmico mercado norte americano atual. Schwarzenegger é o agente da CIA especializado em proteger testemunhas de casos importantes, muitas vezes simulando a morte dessas testemunhas para que seus agressores não as persigam mais. É claro que este super agente da CIA irá se envolver com uma testemunha muito importante (Vanessa Williams) que pode expor um grande esquema de corrupção entre pessoas muito importantes do governo americano.

Com um bom elenco de apoio, com destaque para James Caan, Queima de Arquivo diverte. Não é, de forma alguma, o melhor filme do grande Schwarzenegger (aliás, provavelmente é um dos mais fraquinhos), mas mesmo assim supera com folga muita porcaria sem criatividade lançada nos cinemas. A quantidade de cenas de ação divertidas (como toda a sequência do avião) torna a obra um belo pacote para os fãs do gênero.

Não é um filme inesquecível ou algo imperdível. Mas me diverti muito o assistindo e creio que filmes bacanas como esse já não são mais filmados com a mesma frequência de antes. Ideal para uma tarde de cinema descompromissada.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Trailer da Semana: Jodorowsky's Dune (2012)

Com a morte do grande artista Jean “Moebius” Giraud, torna-se ainda mais distante a chance (que já era impossível – que fique claro) de um produtor bancar a adaptação de Duna comandada pelo grande mestre Alejandro Jodorowsky. Sobra-nos apenas o mundo da imaginação e os vários materiais produzidos durante a pré-produção deste incrível projeto que nunca saiu do papel. Contudo, um documentário sobre essa incrível produção nos promete dar um gostinho, por comentários do próprio Jodorowsky, do que poderia ter sido um dos grandes filmes da história do cinema. Exagero meu? Talvez, mas acho que nunca saberemos disso...

quinta-feira, 8 de março de 2012

O Escorpião Rei 3 - Batalha pela Redenção (The Scorpion King 3: Battle for Redemption, 2012)


Neste terceiro capítulo da saga d'O Escorpião Rei, temos mais uma vez o tal rei numa aventura envolvendo pedras preciosas, batalhas entre reinos e mais uma porção de questões quase sempre tratadas nos épicos de baixo orçamento. Tudo muito óbvio e previsível, sinceramente, especialmente para fãs de Xena e Hércules...

Contudo, existem algumas ressalvas neste pequeno filme. A começar pelo elenco, que contém um bom protagonista (Victor Webster), uma bela heroína (Krystal Vee) e um bom time de coadjuvantes com atores típicos do cinema B, como Ron Perlman (que também aparece em muita superprodução) e Billy Zane, maravilhosamente canastrão como o vilão da estória, não levando nada a sério. E tem a presença de 2 lutadores brucutus – Dave Batista e Kimbo Slice – que entram em cena pra dar porrada.



Nem tente acompanhar a trama, porque ela é de uma confusão ímpar. E o visual do filme não ajuda, pois para uma estória que, supostamente, se passa no Egito, é estranho ver pessoas com roupas romanas e soldados mongóis espalhados durante o filme. Tem até ninjas!! Há também o grande companheiro do heroi - um bárbaro impagável, com manirismos vikings, que fica arrotando o tempo inteiro!


É claro que há uma justificativa para essa gigante influência oriental: o filme foi feito na Tailândia, com figurantes tailandeses, elefantes que parecem ter saído dos filmes da série Ong Bak e uma série de florestas típicas da região. Deserto mesmo, no estilo Egito, só no comecinho do filme.


Filmar na Tailândia mostrou-se econômico, pois o orçamento da obra foi de 5 milhões de dólares e a produção aparenta ter sido um pouco mais cara. Parabéns ao diretor Roel Reiné (especializado nessas continuações mais baratas de sucessos, como Corrida Mortal 2), por ter feito um filme com um visual legal com uma quantia "pequena".



Seria muito fácil criticarmos uma continuação de um sucesso de cinema, lançada diretamente no mercado de vídeo, com orçamento bastante inferior ao filme original e sem nenhuma pretensão artística. Percebe-se até uma negligência em comentar o filme por parte de vários blogs, desmerecendo essas fitas por apresentarem as falhas típicas desses filmes destinados às prateleiras das locadoras. As pessoas se esquecem de que muitos desses filmes conseguem cumprir uma função essencial do cinema: divertimento. Às vezes, nos divertimos pelas suas falhas, pela falta de seriedade (ou excesso) dos atores envolvidos na produção ou até mesmo pela despretensão de um diretor, que só quer contar uma estória.


Em O Escorpião Rei 3, o divertimento corre solto, pelos fatores citados no parágrafo acima, a canastrice de Billy Zane, a atriz principal com roupas que valorizam seu corpo – tudo contribuindo para uma sessão de cinema descompromissada e relaxada com seus amigos. Se você vai assistir a um filme com vários amigos que curtem um cineminha mais trash, obviamente que você não vai assistir Os Descendentes ou Meia Noite em Paris. Por isso. Escorpião Rei 3 cumpre muito bem sua função. Mas seria bom a série d'O Escorpião Rei dar um tempinho, pois, mesmo com a nossa boa vontade, não dá pra relevar a falta de criatividade desses produtores...

quarta-feira, 7 de março de 2012

Rajada de Fogo (Rapid Fire, 1992)

Bate um saudosismo danado após assistirmos Rajada de Fogo - pensar nas grandes possibilidades de Brandon Lee que, sem dúvida, se tornaria num dos grandes astros de filmes de ação, não fosse sua morte precoce durante as filmagens de O Corvo. Sorte, porém, que suas poucas atuações permanecem imortalizadas nos filmes em que ele atuou.

Deixando esta conversa triste de lado, Rajada de Fogo é um baita filme de ação, típico dos anos 80 e 90 com uma trama simples e muita cena de porrada, tiroteio e tudo de bom que este gênero pode proporcionar! E claro, todos esses elementos são bem filmados pelo diretor Dwight H. Little, que já dirigiu bons filmes (Crime na Casa Branca, Marcado para a Morte) e maus filmes (Tekken). Em Rajada de Fogo, ele faz um trabalho regular, superior é claro aos "videoclipeiros" da atualidade.


O jovem Jake Lo (Brandon Lee) acaba testemunhando um assassinato cometido por um mafioso há muito procurado pelo FBI – Antonio Serrano (Nick Mancuso). Como a promotoria busca um crime sólido para prender este mafioso, Jake se tornará a testemunha chave para esse caso e, é claro que sua vida estará em risco, pois o mafioso põe sua cabeça a prêmio.



A situação em si já é bastante complicada para Jake, mas as coisas pioram. Afinal, os "federais" envolvidos no caso são corruptos e Jake terá de confiar num policial de Chicago (Powers Boothe) que precisa de Jake para descobrir sobre um carregamento de drogas de um bandido chinês aliado ao Antonio Serrano (Tzi Ma). Jake terá de lidar com toda essa rede criminosa além de superar o trauma da morte de seu pai durante uma manifestação na China.

Pode parecer confuso, mas o filme flui que é uma beleza. O roteiro tem uma ou outra falha, mas nada que comprometa a diversão da fita. Afinal, Brandon Lee era um cara extremamente carismático e talentoso nas artes marciais, desempenhando boas cenas de luta e permitindo que o público se afeiçoe a seu personagem, um tipo rebelde cativante.



Nick Mancuso e Powers Boothe estão ótimos em seus papeis. São dois atores não muito conhecidos do grande público que desempenham nesta obra em questão um bom suporte para o astro Lee. Tzi Ma, que após essa fita ficou relegado a papeis secundários, também está muito bem como o mafioso chinês. Na sessão piscou perdeu, atentem para o professor de artes do personagem de Lee, no início do filme: é Richard Schiff, o Toby da premiada série The West Wing.

Rajada de Fogo é afinal aquele divertido filme de ação do fim de sábado, com suas lutas vibrantes e trama passageira. Tem algumas doses de erros, mas é incrivelmente superior a muita tralha lançada nos cinemas. Para os fãs do gênero, não tem erro: pode assistir que você vai gostar.