O mercado brasileiro de filmes vem sendo abastecido com uma considerável remessa do atual cinema francês de ação e filmes policiais. Quase sempre, estes filmes me agradam, pois apesar de apresentarem tramas já retratadas em outras obras, o cinema francês possui uma linguagem visual única, diferente da cacofonia de sons e explosões que inundam o cinema norte-americano atual. São obras inteligentes, com atuações relevantes – garantia de bom cinema.
Império dos Lobos é um ótimo exemplar desta safra, com atuações competentes e um roteiro labiríntico, cheio de reviravoltas e surpresas. A direção ficou com Chris Nahon, que também dirigiu O Beijo do Dragão e Blood: The Last Vampire.
A trama segue duas estórias: a primeira acompanha Anna (Arly Jover), uma mulher que está sofrendo com alucinações e uma amnésia que a impede de reconhecer o rosto do próprio marido. Desesperada, Anna procura a ajuda de uma psiquiatra para tentar revirar seu passado em busca de respostas.
Apesar de acelerar as coisas em seu epílogo, Império dos Lobos nos surpreende com uma trama vibrante e envolvente. Reno está ótimo como o policial conhecedor da máfia, com métodos nada ortodoxos de conseguir suas informações. Existe uma ponta de fantasia e absurdo no roteiro – não vou estragar a surpresa...
Império dos Lobos é um belo exemplar policial do atual cinema francês. Um filme que vence com tranquilidade a torrente de mediocridade que inunda os filmes deste gênero. Mesmo com algumas falhas, vale a conferida pela trama envolvente e delirante, que nos surpreende a todo o momento.
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