Parece-me uma excelente ideia
a primeira resenha do ano ser de um filme cujo estilo inspirou o título deste
pequeno blog – o “Drive-In da Meia-noite”;
afinal, BREEDERS poderia muito bem ser exibido numa sala de cinema underground
às altas horas da madrugada. Trata-se de um filmeco de terror/ficção
científica, que justifica perfeitamente os “3Bs” dos Filmes B (Boobs, blood
& beasts – peitos, sangues e monstros, em tradução livre).
Um alienígena nas ruas de NY
ataca sexualmente mulheres virgens, para se reproduzir e manter a sobrevivência
de sua espécie em nosso planeta. O detetive Dale e a médica Gamble formam a
dupla que investiga esses horríveis ataques, enquanto o número de vítimas
aumenta ao longo da projeção.
O filme acompanha a furada
investigação dos protagonistas enquanto mostra todo o elenco feminino sendo
atacado pelo monstrão. Óbvio que antes de serem atacadas, essas mulheres falam –
em diálogos horrivelmente escritos – que são virgens, além de se despirem
frente a câmera – para nossa alegria!
E esse esquema – investigação mambembe/mulheres
nuas sendo mortas – repete-se durante toda a obra, tornando BREEDERS uma
espécie de fita de Playboy que, acidentalmente, se transformou num terrorzinho
básico.
Dirigido por Tim Kincaid,
culpado por várias outras tranqueiras (recomendo o texto do blog Filmes Para
Doidos, sobre o abissal ROBOT HOLOCAUST – leia aqui), BREEDERS carece de
estilo, ritmo ou qualquer ponto positivo relativo à direção. O mesmo eu digo
para as atuações, todas absolutamente péssimas e, por isso, engraçadíssimas.
Aquele humor involuntário de certas produções que supera muita comédia lançada
atualmente.
Apesar da baixa qualidade da
produção, temos algumas excelentes cenas “gore”, apesar do visual ridículo do
alienígena, que parece uma barata mutante. O responsável pelos efeitos foi Ed
French, que trabalhou em filmes como A Coisa e Exterminador do Futuro 2. No
filme, ele atua como um colega da médica que tem destaque no final da fita –
numa das melhores cenas do filme, com ótimos efeitos visuais.
Apesar de toda ruindade,
porém, BREEDERS me divertiu bastante, mesmo com as cochiladas durante seus pouco
mais de 70 minutos de duração. O humor involuntário, o “clima anos 80”, as
belas atrizes nuas e a tosqueira da produção em geral são atrativos pra
qualquer amante de cinema B, um tipo cada vez mais raro no mundo dos cinéfilos.
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