quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Breeders - A Ameaça de Destruição (Breeders, 1986)



 
Parece-me uma excelente ideia a primeira resenha do ano ser de um filme cujo estilo inspirou o título deste pequeno blog – o “Drive-In da Meia-noite”; afinal, BREEDERS poderia muito bem ser exibido numa sala de cinema underground às altas horas da madrugada. Trata-se de um filmeco de terror/ficção científica, que justifica perfeitamente os “3Bs” dos Filmes B (Boobs, blood & beasts – peitos, sangues e monstros, em tradução livre).

Um alienígena nas ruas de NY ataca sexualmente mulheres virgens, para se reproduzir e manter a sobrevivência de sua espécie em nosso planeta. O detetive Dale e a médica Gamble formam a dupla que investiga esses horríveis ataques, enquanto o número de vítimas aumenta ao longo da projeção.


O filme acompanha a furada investigação dos protagonistas enquanto mostra todo o elenco feminino sendo atacado pelo monstrão. Óbvio que antes de serem atacadas, essas mulheres falam – em diálogos horrivelmente escritos – que são virgens, além de se despirem frente a câmera – para nossa alegria!

E esse esquema – investigação mambembe/mulheres nuas sendo mortas – repete-se durante toda a obra, tornando BREEDERS uma espécie de fita de Playboy que, acidentalmente, se transformou num terrorzinho básico.


Dirigido por Tim Kincaid, culpado por várias outras tranqueiras (recomendo o texto do blog Filmes Para Doidos, sobre o abissal ROBOT HOLOCAUST – leia aqui), BREEDERS carece de estilo, ritmo ou qualquer ponto positivo relativo à direção. O mesmo eu digo para as atuações, todas absolutamente péssimas e, por isso, engraçadíssimas. Aquele humor involuntário de certas produções que supera muita comédia lançada atualmente.

Apesar da baixa qualidade da produção, temos algumas excelentes cenas “gore”, apesar do visual ridículo do alienígena, que parece uma barata mutante. O responsável pelos efeitos foi Ed French, que trabalhou em filmes como A Coisa e Exterminador do Futuro 2. No filme, ele atua como um colega da médica que tem destaque no final da fita – numa das melhores cenas do filme, com ótimos efeitos visuais.

Apesar de toda ruindade, porém, BREEDERS me divertiu bastante, mesmo com as cochiladas durante seus pouco mais de 70 minutos de duração. O humor involuntário, o “clima anos 80”, as belas atrizes nuas e a tosqueira da produção em geral são atrativos pra qualquer amante de cinema B, um tipo cada vez mais raro no mundo dos cinéfilos.

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