Medíocre é também o roteiro desta adaptação, escrito por um trio de roteiristas que rechearam a trama de clichês e soluções vazias. Os personagens são rasos (com exceção de Jonah Hex – méritos de Brolin), como o vilão Quentin, interpretado por um John Malkovich sem brilho, cujas motivações nunca ficam claras. A mocinha, interpretada pela limitada Megan Fox, está na película só pela necessidade de uma presença feminina, pois sua participação é tão apagada quanto as cenas de ação do filme.
Talvez, se não tivesse um roteiro tão preguiçoso e uma direção tão desprovida de personalidade, Jonah Hex poderia, pelo menos divertir. Parece que misturar faroeste com alguns elementos modernos – estética típica do steampunk – não dá certo nos cinemas, vide o parecido e horrivelmente chato As Loucas Aventuras de James West, também produzido pela Warner...
Quem sabe, dentro de alguns anos, algum roteirista esperto construa uma trama realmente decente e digna de Jonah Hex. Até lá, temos que nos contentar com essa fraca obra, cheia de talentos desperdiçados.
Acho que você pegou a espécie de "zeitgeist" de nossa era do cinema de ação descompromissado: temos que nos contentar com estas merdas. The Mechanic é a mesmíssima coisa, dentre outros filmes... e, pra mim, é claro que o câncer do nossos tempos é a câmera tremida.
ResponderExcluirCara, fico triste em concordar contigo. Temos ainda alguns filmes bacanas por aí, mas a grande maioria dos filmes de ação são obras toscas e horríveis. E a câmera tremida é um hábito pavoroso, mesmo.
ResponderExcluirDesculpe a demora na resposta heheheheh Antes tarde do que nunca!