Há umas duas semanas atrás, resolvi assistir a um filme. Sexta-feira à noite, DVD portátil ligado, coloquei no aparelho Epidemia de Zumbis, que eu comprei pela bagatela de 1 real no Makro, novo e embalado.
Para ser sincero, eu não esperava por muita coisa. Contudo, fui surpreendido por um filmaço da Hammer, com uma estória muito bem contada, excelentes atuações, direção competente e ritmo envolvente. E nós sabemos que estes fatores andam em falta no cinema de horror, vide o número de continuações, refilmagens e obras imbecis lançadas continuamente no mundo. Assim, nada melhor do que um bom filme de horror para animar nossas vidas!
Vamos para a estória: o médico Sir James Forbes (André Morell) recebe uma carta de seu melhor aluno, o doutor Peter Tompson (Brook Williams), que reside na Cornualha. Este escreve uma carta confusa e desconexa, pedindo a ajuda de seu antigo mestre para resolver um mistério médico que assola sua vila. Por pressões da filha (Diane Clare), ele resolve visitar seu ex-aluno.
Chegando até a vila, Sir James e sua filha logo percebem o clima pesado do lugar. Jovens saudáveis estão morrendo de maneira misteriosa e o pobre doutor Tompson não consegue achar uma cura para o problema, pois não o deixaram realizar autópsias ou qualquer outro exame post-mortem. E os moradores estão colocando a culpa destas mortes sobre os ombros do médico.
Dessa forma, a chegada de Sir James dá certa segurança a todos e ameniza as tensões na vila. Professor e pupilo resolvem investigar por conta própria o que está acontecendo naquela vila e acabam descobrindo algo aterrador: alguém está praticando vodu na vila, matando pessoas para transformá-las em zumbis!
Existem inúmeros pontos interessantes na obra, a começar por esta trama fantástica, que respeita a origem lendária dos zumbis – seres criados por feiticeiros vodus, que os servem como escravos. Eu, particularmente, não me lembro de ter assistido qualquer outra obra de zumbis que respeitasse essa origem (não estou desmerecendo os outros filmes de zumbi.
Aliás, o grande forte de Epidemia de Zumbis é a sua estória bem estruturada em tom de mistério. Não é um filme de sustos, contudo uma sequência merece destaque: o delírio do doutor Tompson, considerada uma das cenas mais assustadoras do cinema inglês – que nos causa agonia e pavor.
Vale mencionar que o filme foi feito ao mesmo tempo em que o elogiado A Serpente foi filmado. Aproveitaram-se cenários para ambos os filmes, uma prática comum da produtora inglesa.
Com um belo script, ótima direção e elenco de primeira, Epidemia de Zumbis é um excelente exemplo de como se faz um bom filme de horror. Para os apreciadores, altamente recomendável!
oi, tu podes me adicionar na tua lista de blogs? daí eu te adiciono na minha tmbm! abraço
ResponderExcluirwww.cinelise.blogspot.com
Caro Guilherme, desculpe pela demora! Adicionarei sim teu blog.
ResponderExcluirCOntinue visitando!