Todos os anos os festivais de cinema do mundo inteiro nos brindam com uma ótima seleção de novidades que, muito provavelmente, não passarão no cinema perto de sua casa. Entre ficar frustrado ou buscar com atenção os filmes que mais lhe interessam, prefiro sempre a segunda opção. Assim, selecionei alguns dos filmes que mais chamaram a minha atenção no catálogo deste ano e mal posso esperar para conferir cada um deles. Em breve as resenhas deles começarão a pipocar por aqui.
Tone-Deaf (2019)
Não tem trailer ainda, mas tem um pôster muito bonito. Lógico que a sinopse também chamou a minha atenção (mulher aluga casa no campo pra esquecer dos problemas da vida na cidade e precisa enfrentar um senhorio com tendências homicidas), mas o destaque dessa produção é o diretor que a encabeça: Richard Bates Jr, o demente por trás do ótimo EXCISION - um baita e original filme de horror de 2012 que eu não cheguei a comentar por aqui, mas digo que gostei muito. Quero só ver o que ele aprontou em seu novo filme.
Cemitério Maldito (2019)
O filme vem recebendo uma considerável leva de críticas positivas e tem no elenco John Lithgow. Eu reconheço e gosto do Stephen King, apesar de não me considerar um fã dele, até porque li poucos livros dele. Além disso, não sou um grande entusiasta das refilmagens que assombram a criatividade do cinema de horror mainstream. Ainda assim, desde o interessante trailer até a repercussão positiva, Cemitério Maldito vai conquistando a minha atenção, aos poucos. É bem possível que, por não esperar tanto do filme, eu acabe gostando bastante.
La Mala Noche (2019)
Interessante filme direto dos nossos vizinhos equatorianos, La Mala Noche mergulha no tenebroso universo do tráfico de mulheres - aparentemente um daqueles filmes bem pesados com realidade demais na tela. Com certeza, não é o tipo de filme que cativa grande público, mas eu até gosto de um drama pesadão de vez em quando, especialmente se ele for bem filmado (a julgar pelo trailer, este é o caso). Se eu tivesse de apostar, acredito que este filme em breve poderá ser achado no catálogo do Netflix, pela quantidade de filmes da América Latina que compõe a seleção deles. Veremos...
Extra Ordinary (2019)
Não sei como tem tão poucas pessoas comentando sobre este filme, principalmente considerando o incrível trailer. Acumulando críticas positivas, esta obra irlandesa acompanha uma mulher que vive numa cidadezinha no interior da Irlanda e tem habilidades extraordinárias e sobrenaturais. Após um astro de rock enfeitiçar uma adolescente local em razão de um pacto com um demônio, ela precisará usar suas habilidades para salvar a garota. Esse realmente parece ser incrível!
Villains (2019)
Assim como Tone-Deaf, não tem trailer, mas tem uma dupla na direção que chama a atenção: Dan Berk e Robert Olsen - envolvidos em interessantes filmes de terror de baixo orçamento presentes nos "line-up" de muitos festivais pelo mundo. A trama é interessante e lembra bastante a sinopse do ótimo O Homem Nas Trevas: um casal bocó de bandidos invade uma casa de uma suposta família suburbana acima de quaisquer suspeitas e encontra um segredo aterrador. Se acertarem no humor negro, acho que estaremos diante de um filmaço!
Daniel Isn't Real (2019)
De todo o extenso catálogo do festival, este com certeza tem a sinopse mais intrigante e atraente: um rapaz reinvoca seu amigo imaginário, que durante a infância provocou um acidente/episódio traumático na vida do protagonista. Pessoalmente, considero as histórias de amigos imaginários arrepiantes e a quantidade de críticas favoráveis também despertam minha atenção ("... a near perfect combination of body horror, cosmic horror and psychological horror that gets under your skin while also finding its way into your heart" - segundo o ótimo site Bloody-Disgusting!). Lamento apenas que, pelo meu feeling, este dará trabalho de achar e assistir.
Amazing Grace (2018)
Eu amo documentários sobre o mundo da música e, geralmente, o SXSW exibe uma boa quantidade desse tipo de filme. Nesse ano, não foi diferente: muitos títulos curiosos sobre os mais diversos gêneros musicais. Agora, o que mais me deixou na expectativa foi este documentário sobre a gigante Aretha Franklin, cantando com um coral gospel em Janeiro de 1972. Vai ser difícil não ficar tocado pelo talento dela e por esse contagiante estilo musical. Certamente vou assistir com minha mãe, que sempre amou a grande diva da música americana.