terça-feira, 13 de setembro de 2016

Midnight Express #006 - Vamos escrever sobre estes filmes antes que passem batido

LONDON HAS FALLEN (2016)

Eu me lembro de ter visto o primeiro filme desta série e ter ficado francamente decepcionado, provavelmente pela minha alta expectativa. Com essa experiência, fui conferir este segundo episódio sem nenhuma pretensão e o resultado foi uma das sessões mais divertidas do ano. O filme bebe na fonte brucutu dos filmes de ação dos anos 80, com Gerard Butler totalmente sem noção, no quesito sadismo, como o guarda-costas super herói do presidente americano, encarnado por Aaron Eckhart. É inacreditável assistir, nessa época moralista em que vivemos, o protagonista do filme soltar uma frase como "Go back to Fuckheadistan" e, mais inacreditável ainda, ver parte da crítica estrangeira levar um filme deste a sério... tem gente que não tem nenhum pingo de bom senso. 

Trata-se de um filme de ação truculento e estúpido, como os favoritos daqui desta casa. O diretor é o iraniano (!) Babak Najafi, que já entra em meu radar cinéfilo quanto a seus próximos filmes. E pensar que ele assumiu a direção após o diretor do primeiro filme, Antoine Fuqua, não ter gostado do script. Sorte a nossa, porque Fuqua, um notório mão pesada que mais erra do que acerta, não teria feito um filme tão enxuto e divertido quanto esse aqui. Estamos no aguardo de um terceiro filme da série, quem sabe um "Brasília Has Fallen"? Não custa dar uma viajada.

THE DARKNESS (2016)

Para mim, é inexplicável que um filme como esse tenha conseguido ser exibido nos cinemas de qualquer lugar do mundo, tamanha a ruindade dessa obra. Trata-se de mais uma cópia do clássico Poltergeist - de uma maneira geral - envolvendo uma família que passa a ser atentada por espíritos indígenas (cuja caracterização lembra demais os míticos bate-bolas do carnaval carioca, caso suas fantasias tivessem sido pisoteadas e estivessem sujas). Nada aqui funciona - não temos sustos, não temos ação, não temos tensão e todos, TODOS, os personagens merecem um final tenebroso, tamanha a antipatia deles; até o Kevin Bacon, que costuma ser um ator eficiente, entrega uma da piores performances de sua carreira, absurdamente preguiçosa e apática. O mais surpreendente é que a direção é de Greg McLean, responsável pelo aclamado Wolf Creek (que eu ainda não conferi, mas confesso que a vontade não é das maiores, depois dessa bomba). Pior filme do ano até agora. 

MONEY MONSTER (2016)

Esse é um exemplo de filme que tem algum destaque e alguma sobrevida em razão dos nomes envolvidos. Dirigido por Jodie Foster e ancorado por duas atuações seguras e eficientes de George Clooney e Julia Roberts, este é aquele típico filme de vida mais longa nas locadoras, se estas ainda existissem. Trata-se de uma espécie de Um Dia De Cão no mundo financeiro, com até algumas cenas que remetem ao clássico dos anos 70. Em alguns momentos, quando o filme se utiliza do humor, tenho a impressão de que ele melhora - principalmente por surpreender o espectador. Mas quando o filme retorna para sua pegada mais séria, cai no genérico. Não é ruim, mas definitivamente não é nem um pouco memorável. 



BATMAN: THE KILLING JOKE (2016)
A superioridade da Marvel em relação à DC Comics, no mundo da sétima arte, é inquestionável. Entretanto, a casa do Superman e Batman costuma ter uma considerável vantagem em se tratando dos desenhos animados. Já não é de hoje que a Warner entrega ótimas animações do cruzado de capa (e não tem como esquecer da excelente adaptação da Liga da Justiça como série animada) e esta aqui é mais uma pra entrar nesta conta favorável. Uma adaptação extremamente fiel de uma das hqs mais clássicas e brutais do Homem Morcego, THE KILLING JOKE é um prato cheio para qualquer fã de quadrinhos por aí. Aos mais desavisados, a violência e a trama extremamente dark, podem assustar - por isso já vá avisado que este desenho não é para crianças. Além disso, convenhamos que o trabalho de voz do Mark Hamill como o Coringa talvez seja uma das melhores adaptações deste vilão para outra mídia. Cabe um elogia ao Cinemark, que trouxe este desenho, LEGENDADO, em duas sessões exclusivas, que mesmo em horários difíceis para mim (no meio da semana), me deixaram contente com a iniciativa.  

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