Um assassino chamado Chev Chelios (Jason Statham, cheio de fúria) é envenenado com uma toxina que o matará, a menos que ele mantenha o nível do hormônio adrenalina bem alto em seu sangue. Se você se animou com esse fiapo de trama completamente desmiolado, pode apertar o play.
ADRENALINA é um daqueles raros filmes que conseguem não cair na imperdoável armadilha de se levar a sério (erro cometido no decepcionante Mandando Bala, com o Clive Owen). Pode esquecer trama elaborada, personagens profundos; o negócio aqui é alinhar maluquices imaginadas pela dupla roteirista/diretor Mark Neveldine e Brian Taylor numa trama com o mínimo de sentido e sem serem cansativos e entediantes. Eles conseguem.
A impressão que eu tive é de que eles conseguiram adaptar o videogame GTA para o cinema. Quantas vezes eu não peguei o personagem do jogo e saía pelas cidades só cometendo barbaridades e acumulando policiais me perseguindo. Chev Chelios faz tanta babaquice e tantas coisa maneira, que fica difícil não associá-lo ao jogo de computador.
Algumas cenas são inacreditáveis: os malabarismos na moto, a infame transa em público e o final completamente idiota e divertido. A edição do filme, que normalmente me irritaria, é perfeita com o clima de videogame/frenético/"porra-louquice". E Statham está perfeito, sempre nervoso, arrebentando tudo em seu caminho. As diversas cenas em que ele tenta se manter vivo de variadas maneiras (cocaína, red bull, acelerando o carro, arranjando briga) me divertiram demais e arrancaram muitos risos.
Um dos meus melhores remédios para um dia ruim é um filme de ação completamente descerebrado, cheio de porrada e explosão. ADRENALINA cumpriu tranquilamente meus requisitos e pretendo ver sua continuação logo.
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