Retomando as atividades desse blog – sem grande estilo, pois
FRANKENSTEIN’S ARMY é mais um filme sem graça na saturadíssima onda de “found-footages”
que inunda o cinema de horror atual. A ideia é até muito boa: um grupo de
soldados soviéticos, durante a 2º Guerra Mundial, entra em território alemão onde
descobrirão os experimentos de um cientista nazista envolvendo zumbis-robôs ou
qualquer coisa do gênero.
As criações do tal doutor são incríveis: máquinas caquéticas
e claudicantes, cheias de engrenagens e instrumentos cortantes, fazendo um
barulho infernal (o som do filme é espetacular, aliás). Os soldados, cujo
destino é facilmente identificado por quem assiste ao filme desde seu início,
serão as vítimas desses experimentos maléficos; não que isso faça muita
diferença, pois são todos personagens antipáticos, cujas mortes pareceram-me
indiferentes enquanto assistia.
A falta de simpatia não era apenas pelos personagens, mas
também pela escolha do diretor Richard Raaphorst em contar esse filme com o câmera
sendo um dos personagens – aliados a inverossimilhança de um personagem não
largando a porra da câmera enquanto o inferno explode ao seu lado está a
babaquice do personagem ao longo da fita inteira.
FRANKENSTEIN’S ARMY tem sua dose de aspectos positivos, como
o visual interessante, o belo trabalho de som (realmente incomoda a barulheira
das máquinas em alguns trechos) e a própria estória. Porém, a cansativa fórmula
narrativa, a antipatia dos personagens e o ritmo completamente lento do início
tornaram um alívio o fim da projeção. Minha ideia é que FRANKENSTEIN’S ARMY
seria um excelente game de computador, pois lembrou bastante o jogo DOOM, em
alguns momentos de tensão, quando monstros surgiam do nada ao lado dos
personagens. O clichê é surrado, mas os
amantes de jogos possivelmente curtirão este filme.
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