quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Os 5 Melhores Livros Lidos Em 2012 Que Poderiam Se Tornar Filmes



O final de ano se aproxima e uma das tradições mais interessantes começa a se intensificar pela internet: a confecção de listas, dos mais diversos assuntos. Pessoalmente, adoro essas listas, mesmo quando a injustiça é uma das principais características desses rankings. Não entremos em polêmicas, porém – esse não é o nosso objetivo.

Aliás, essa é uma listinha diferente do que encontramos normalmente nos blogs de cinema: eis aqui uma lista de alguns dos livros que eu li esse ano que eu visualizo como um possível filme ou série; são livros que me marcaram de alguma forma e, provavelmente, posso encaixá-los como meus preferidos do ano.

Já estou preparando uma lista dos meus filmes preferidos de 2012. Em breve eu posto essa lista mais “coerente” com a temática do blog. Aguardem!


Propaganda Monumental (Autor: Vladimir Voinovich) – O melhor livro que eu li esse ano, uma sátira sensacional sobre o socialismo soviético e tudo que ele representou. As qualidades literárias são várias: a leitura é dinâmica e ácida, os personagens são marcantes, o livro tem um ritmo ótimo e o desenrolar da trama é maravilhoso. O que seria realmente formidável seria um filme baseado nesse livro, com um diretor que conseguisse aliar acidez, nonsense e crítica social bem forte. Mas seria uma adaptação bem difícil. Imagino os Irmãos Coen encarando a produção e um elenco cheio de veteranos. Enquanto um produtor esperto não lê minha sugestão, corra pra ler esse livro fantástico.


Nenhuma Razão Para Partir (Autor: Seth Cameron) – Dessa lista, esse é o exemplar mais recente que eu li. Recebi uma cópia das mãos do autor, que publicou o livro com uma tiragem minúscula. Trata-se de um livro romântico, bastante simples e sem nenhuma pretensão de se tornar um novo clássico. Entretanto, essa simplicidade esconde uma estória com um personagem interessante, cheio de tramas e complicações amorosas. O livro, em primeira pessoa, acompanha bem a psique do personagem principal, alimentando minha imaginação com um ator ideal para esse papel. Melhor que as pieguices do Nicholas Sparks, Nenhuma Razão Para Partir é uma bela estória romântica, que apesar de não ser meu estilo é superior a esses questionáveis best-sellers que viram atrocidades nos cinemas. Quem tiver curiosidade, pode comprar a versão digital do livro aqui.
 

Maus (Autor: Art Spielgeman) – Essa história abriu meus olhos para as graphic novels. Simplesmente incrível relato de um sobrevivente do holocausto – o quadrinista é filho do personagem principal. Um livro que recomendaria pra qualquer pessoa, tão impactante quanto os mais tristes filmes do tema. E a ideia de um desenho, na linha de Persépolis, tratando de um assunto tão polêmico e forte me parece um passo ousado no mundo do cinema. Mas não custa nada sonhar...



Educação Siberiana (Autor: Nicolai Lilin) – A máfia russa... Esse é um livro de relato em que o autor conta suas memórias quando membro da organização criminosa, quando ainda era um jovem muito perigoso. Cheio de histórias arrepiantes e muita violência - creio que uma série HBO baseada nessa obra seria uma ideia muito bacana, especialmente pela quantidade de detalhes e crônicas do cotidiano russo que o livro apresenta. Material excelente para um bom roteirista, não tenho dúvidas.


A Garota Einstein (Autor: Philip Sington) – Esse livro é mediano. O desenrolar dele é muito lento, com muitas tramas desinteressantes, idas e voltas temporais, além de muitas descrições. Entretanto, um bom roteirista pode enxugar esse excesso e construir um belo roteiro focado na interessante trama principal, que dá uma bela sujada no nome do Einstein. Poderíamos um belo noir histórico, com bom elenco em personagens interessantes além do desafio de um ator encarar o gênio alemão e torna-lo um personagem humano demais. Tem potencial.