domingo, 26 de setembro de 2010

Trailer da Semana: The Fighter (2010)



Eu adoro dramas envolvendo esportes, especialmente a nobre arte - o boxe. É engraçado como a luta confunde-se entre o ringue e a própria vida, com a maioria desses caras. Assim, um filme de boxe envolvendo dois dos meus atores preferidos - Mark Whalberg e Christian Bale - é indispensável. Detalhe: prestem atenção na belíssima trilha sonora de Michael Brook. É impressão minha ou tem cheiro de Oscar no ar??

A Janela da Frente (La Finestra di Fronte, 2003)

Parecia ser um drama sobre voyeurismo e a velhice. Mas A Janela da Frente revelou-se como algo muito maior: trata-se de uma verdadeira crônica sobre o amor e as escolhas que suas "vítimas" devem fazer. Afinal, quando surge o amor entre duas pessoas, o mundo não pára por causa disso.


Tal fato é claramente exemplificado ao longo da projeção, sendo explícito em sua conclusão. Tanto a personagem Giovanna (Giovanna Mezzogiorno), quanto o velho Simone (o grande ator Massimo Girotti, que faleceu pouco depois da realização deste filme), são os que serão testados pela vida sobre suas escolhas em função de uma paixão. Para o velho Simone, sua escolha foi feita na época da ocupação nazista; para Giovanna, as visões de sua janela irão atraí-la e, quando ela finalmente tiver alcance destas, caberá a ela decidir se irá agarrar-se a elas ou continuar com sua vida complicada...


É interessante como os dois personagens vão mostrando suas semelhanças ao longo da estória. Ao início, Giovanna e seu marido (Filippo Nigro) acham Simone na rua, desmemoriado. O marido leva o velho para casa, apesar das negativas da esposa. No fim das contas, a ligação entre os dois será íntima e forte, em razão de suas similaridades.


Trata-se de uma obra de ritmo vagaroso, sem sobressaltos durante sua narrativa. Eu mesmo nunca fui um fã de filmes nesse estilo, mas devo dizer que A Janela da Frente me surpreendeu, pois se trata de um filme denso em suas mensagens. Precisei digerir um pouco o que eu tinha visto para captar as intenções do diretor Ferzan Ozpetek.


Com algumas belas tomadas e ótima utilização de luzes, especialmente na sequência inicial da obra, A Janela da Frente é um interessante filme italiano. Para os apreciadores de cinema europeu, indispensável.

domingo, 19 de setembro de 2010

Os Aloprados (Semi Pro, 2008)


Mais uma comédia esportiva de Will Ferrell, desta vez parodiando o basquete e, de certa forma, homenageando os anos 70. Os Aloprados é um filme muito fraco em seu objetivo inicial – ser engraçado. Afinal, o que temos aqui é uma série de piadas constrangedoras e Ferrell interpretando o mesmo personagem, desde O Âncora. No entanto, o clima Funk que a obra traz é irresistível, com uma trilha sonora excelente e figurino muito bacana – fatores que não são suficientes para salvar o filme.


No quesito comédia o filme falha miseravelmente. A falta de um roteiro, no mínimo, coerente, prejudicou a obra, desperdiçando o talento de bons atores como Woody Harrelson, Maura Tierney e Andre Benjamim (que, mesmo me surpreendendo com atuações eficientes, ainda não participou de nenhum filme decente).


Harrelson, aliás, não é um novato no mundo do basquete. Ele interpretou um jogador trapaceiro e talentoso no excelente Homens Brancos Não Sabem Enterrar (que merece uma crítica extensa aqui no blog).


Os Aloprados (sem comentários para a "tradução" do título pela distribuidora!) é muito fraquinho. Pelo menos Ferrell falou que esta seria sua última comédia esportiva. A julgar pela qualidade decrescente de seus filmes, percebemos que esta foi uma sábia decisão...

domingo, 12 de setembro de 2010

Nosso Lar (2010)


E no fim das contas, Nosso Lar é um bom filme. Pode parecer besteira, mas com a imensa quantidade de críticas negativas a respeito da obra, acabei entrando na sala de cinema bastante desconfiado. Mas ao final da projeção, percebi que a obra em questão não era de todo ruim; aliás, era surpreendentemente interessante.

Não vou mencionar o claro aspecto religioso da obra. Afinal de contas, trata-se de um filme baseado num livro espírita, psicografado por Chico Xavier. Vários conceitos e idéias da doutrina são explicados nos diálogos do filme, dando a obra um leve caráter didático, que não chega a comprometer o andamento do filme.

Aliás, o que me agradou profundamente em Nosso Lar foi o capricho da produção em seus meandros técnicos. O belo desenho de produção, duramente criticado por alguns, não me lembrou, inteiramente, as obras de Oscar Niemeyer, mas ao design futurista de algumas obras dos anos 50 (a central de reencarnação, por exemplo, lembra a entrada de um disco voador). Outro grande destaque para a produção é a magnífica trilha sonora de Philip Glass, muito bonita e que, se fosse numa produção de Hollywood, poderíamos chamá-la de comum, mas como se trata de uma produção nacional...

Gostei também da interpretação de Renato Prieto como o médico André Luiz. Nada de extraordinário, porém competente.

Trata-se, enfim, de um bom filme. Vejam bem, caros leitores: eu não sou espírita, então não é por esse motivo que eu gostei da obra, caso alguém venha me questionar. A verdade é que Nosso Lar é uma produção muito caprichada, tendo uma história bem contada e interessante. Vi-o de maneira imparcial analisando a obra apenas como cinema e entretenimento. Dessa forma, vale a pena conferir este filme brasileiro com pompa hollywodiana.

Já que Solomon Kane vai estrear nos cinemas...

...nada melhor do que rever a crítica que fiz sobre o filme (clicando aqui) e ver o protagonista James Purefoy falar sobre a obra em questão, abaixo:

sábado, 11 de setembro de 2010

Anjos e Demônios (Angels and Demons, 2009)

Sai o tom didático e aborrecido de O Código Da Vinci; entra um bem-vindo ritmo frenético à segunda estória de Robert Langdon nos cinemas, Anjos e Demônios. É uma ótima aventura, rica em conteúdo (no melhor estilo "salada conspiratória/histórica" utilizado por Dan Brown) e, dessa vez, bastante cativante para o grande público. O filme aproxima-se muito do estilo envolvente de Brown e as locações continuam sensacionais: Vaticano e as igrejas de Roma – fotografados de uma maneira grandiosa e bonita. O roteiro recorta várias partes do livro, economizando no "blá blá blá" e investindo na ação. Essa preocupação em melhorar os pontos falhos do filme antecessor mostra a inteligência de Ron Howard, Akiva Goldsman e Tom Hanks, que ainda contrataram o prestigiado Ewan McGregor para interpretar o Camerlengo. No final da projeção, você perceberá que acabou de assistir um bom filme de mistério e aventura.

Encontro de Casais (Couples Retreat, 2009)

Trata-se de uma "comédia". Pois é, entre aspas, mesmo; afinal, não existe, absolutamente, nenhuma cena engraçada em Encontro de Casais. Temos um filme terrivelmente chato, com atuações no piloto automático e Jean Reno num papel que constrangeria qualquer pessoa com o mínimo de consciência. O mais triste é ver alguns bons comediantes como Jon Favreau e Vince Vaughn, além de atores competentes como Jason Bateman, Kristen Bell, Malin Akerman (reincidente em comédias ruins, vide Antes Só do que Mal Casado) e Kristin Davis, tendo seus talentos desperdiçados por conta de um roteiro imbecil como o deste filme. Uma das piores comédias que já tive o desprazer de assistir.