sábado, 13 de março de 2010

007 Quantum of Solace (2008)


Falarei com sinceridade para vocês: eu não ando muito satisfeito com o rumo do meu blog. Apesar do tempo apertado que eu tenho para atualizá-lo, farei textos melhores, abrindo espaços para boas discussões nos comentários. Acredito que, finalmente, consegui organizar-me de acordo com a minha vida privada e as publicações do blog. Daqui para frente, mais organização e conteúdo de qualidade!


Iniciemos essa nova fase com minha revisão crítica sobre o último filme de James Bond, Quantum of Solace, um filmaço dirigido por Marc Foster, escolha inusitada para a direção desse tipo de filme, considerando os outros filmes do diretor. Independente disso, Quantum of Solace é uma das melhores aventuras do espião britânico, chegando a ser melhor que o capítulo anterior, o ótimo Cassino Royale.


A história do filme inicia-se justamente no epílogo da obra anterior: Mr. White (o dinamarquês Jesper Christensen) é capturado por Bond (Daniel Craig) e é levado para interrogatório com M (Judi Dench). Porém, um dos homens que acompanhava M era um agente duplo, possibilitando a fuga de White. Já, no início da obra, temos uma espetacular cena de perseguição que ocorre durante a festa Palio di Siena, que ocorre na Itália nos dias 2 de Julho e 16 de agosto. Trata-se de uma seqüência eletrizante e bastante empolgante.



Com a fuga de Mr. White, Bond terá que descobrir mais sobre a misteriosa organização para a qual o bandido trabalha e, que conseqüentemente, tem ligações com a morte de Vesper, a mocinha do primeiro filme. Nesse sentido, eu achei o roteiro um pouco confuso, com muitos detalhes, mas isso não prejudica a obra, de forma alguma.


Durante sua missão, Bond conhecerá a misteriosa Camille (Olga Kurylenko), que está de alguma forma, envolvida nessa organização, assim como o perigoso e dissimulado Dominic Greene (Mathieu Amalric), a cabeça por trás de toda essa trama. Para Bond e Camille, tudo se trata de uma vingança e, é sobre essa busca por uma vendeta que o filme inteiro se encaixa.


O trabalho de Daniel Craig é impecável: trata-se de um espião extremamente humano e, por vezes, desumano; o James Bond encarnado por ele é uma verdadeira máquina da morte, uma máquina humana, contudo. Craig interpreta de uma maneira bastante visceral e potente. Isso sem contar a escolha do francês Amalric, um grande ator que foi esquecido pelo Oscar na sua estupenda interpretação em O Escafandro e a Borboleta. Interessante que esse papel foi imaginado para o grande ator alemão Bruno Ganz, porém Mathieu Amalric foi que o interpretou no fim das contas.


Comparando com o filme anterior, Quantum of Solace perde em dois aspectos: não tem a presença da deusa Eva Green e a música desse filme é pior que a música tema de Cassino Royale, You know my Name de Chris Cornell. Fora isso, Quantum of Solace é uma continuação magnífica, quase perfeita, de uma franquia que me conquista a cada filme. Parabéns aos produtores Michael G. Wilson e Barbara Broccoli, pelo excelente rumo que deram as aventuras do espião James Bond.

2 comentários:

  1. Sem querer ser repetitivo, o novo Bond lembra muito o jason Bourne, o que é ótimo.

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  2. O efeito da triologia Bourne sobre o cinema de ação em Hollywood é notável. James Bond não ficou fora dessa nova tendência de filmes de ação com um roteiro complexo e inteligente, com altos graus de realidade. Em meu antigo blog, não sei se você recorda, mas eu comentei uma vez o filme Busca Implacável, comparando-o com o filme Comando para Matar. Na época, eu escrevi que o filme de Pierre Morel era nada menos do que uma releitura de Comando para Matar com os efeitos da triologia Bourne...

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