Vítima de uma Alucinação é um filme de terror dos bons, daqueles que incomodam depois que você assistiu, especialmente se você estiver sozinho em casa à noite. Trata-se de um exemplar do cinema oriental, um típico J-Horror - gênero que muitos afirmam ter se esgotado. Contudo, se depender de filmes como esse, o cinema de horror japonês continuará a ser prestigiado pelos fãs de terror do mundo inteiro.
A história gira em torno das investigações do policial Yoshioka (Kôji Yakusho) sobre os crimes cometidos por um serial killer. O detalhe é que, ao longo dessas investigações, o detetive percebe que o principal suspeito do caso é ele mesmo. E o pior é que ele começa a ser assombrado pelo espírito de uma das moças mortas.
Vítima de uma Alucinação foi dirigido por Kiyoshi Kurosawa, um dos grandes diretores japoneses atuais. Aqui, ele mostra claramente que domina a técnica, realizando cenas interessantíssimas, tanto no aspecto técnico quanto no visual. Um bom exemplo é uma cena de interrogatório em que o espelho é usado de maneira magistral, criando tensão e nos assustando, mesmo sem mostrar nada.
Aliás, Vítima de uma Alucinação prima por imagens marcantes. A força do filme não está, por exemplo, na trilha sonora ou nos próprios efeitos sonoros (mesmo que uma das cenas mais assustadoras do filme é quando a alma penada dá um grito pra lá de bizarro!). Observamos que muitos filmes, atualmente, tentam assustar o telespectador aumentando repentinamente o som de uma música incidental, ou utilizando outras trucagens de diretores que não possuem o mínimo talento para o gênero.
Nessa obra, o diretor trabalha com algumas imagens que realmente incomodam. Para mim, foram os detalhes da obra que mais me impressiaram. Por exemplo: a fantasma do filme é aterrorizante por ser extremamente “entrona”; ela toca no pobre policial, senta-se ao lado dele. E quando menos se espera, ela flutua de um jeito sombrio e sai voando por uma varanda. Tudo muito bizarro, o suficiente para causar medo no espectador.
Contudo, a trama peca pela falta de clareza em alguns momentos. O filme não responde a todas as suas perguntas. Mesmo assim, ele não deixa de ser interessante durante nenhum momento. São poucos os filmes de terror atuais que conseguem isso.
Kurosawa cria muitos momentos de tensão e claustrofobia. É seguro dizer que Vítima de uma Alucinação é um exemplar muito bom do J-Horror – um misto de policial com terror bastante interessante. Vale a pena conferir.
sábado, 19 de junho de 2010
Heróis de Guerra (The Last Drop, 2005)
Eu devia ter desconfiado: um filme com o preço de R$ 5,90, numa capinha de papelão (o tal dvd light, que já invade as Lojas Americanas), tendo como protagonista mais famoso o (atual) careca Billy Zane (que aparece o filme inteiro com algo cobrindo a cabeça) não pode ser bom. De fato, Heróis de Guerra é uma porcaria, um desperdício de tempo e de dinheiro...
O filme trabalha com um episódio particular da 2°Guerra Mundial: o roubo de obras de arte pelos nazistas. Apesar de ter um argumento interessante, Heróis de Guerra é extremamente mal conduzido pelo diretor Colin Teague. O cara simplesmente não sabe dirigir. O roteiro possui linhas de diálogo ridículas e é recheado de clichês. As atuações não são ruins, com exceção de Michael Madsen, que está canastrão até o último fio de cabelo. A execução de certas cenas (como a queda de avião) é sofrível. Talvez, a única coisa interessante do filme é a transição de algumas cenas do preto e branco para o colorido.
Sendo assim, NÃO assistam Heróis de Guerra. Trata-se, seguramente, do pior filme de guerra que eu já assisti em toda minha vida. Tão ruim que dá pena...
O filme trabalha com um episódio particular da 2°Guerra Mundial: o roubo de obras de arte pelos nazistas. Apesar de ter um argumento interessante, Heróis de Guerra é extremamente mal conduzido pelo diretor Colin Teague. O cara simplesmente não sabe dirigir. O roteiro possui linhas de diálogo ridículas e é recheado de clichês. As atuações não são ruins, com exceção de Michael Madsen, que está canastrão até o último fio de cabelo. A execução de certas cenas (como a queda de avião) é sofrível. Talvez, a única coisa interessante do filme é a transição de algumas cenas do preto e branco para o colorido.
Sendo assim, NÃO assistam Heróis de Guerra. Trata-se, seguramente, do pior filme de guerra que eu já assisti em toda minha vida. Tão ruim que dá pena...
domingo, 13 de junho de 2010
Solomon Kane (2009)
“If I kill you, I am bound for hell. It is a price I shall gladly pay.”
Potente, não? O personagem criado por Robert E. Howard foi, finalmente adaptado para as telonas, numa produção européia requintada, que não deve em nada aos blockbusters americanos, sendo, aliás, superior a muitos filme lançado por lá.
Solomon Kane é um guerreiro puritano que vive num constante conflito entre o bem e o mal. Demônios e espíritos malignos o perseguem constantemente. Parece que ele atrai o mal para si. E quando uma família que o acolheu é brutalmente atacada por uma espécie de guerreiro maligno, Solomon usará de todos os meios para lutar em nome do bem, mesmo que para isso ele deva se tornar cruel, impiedoso e mau. É exatamente o que frase do início dessa crítica ilustra, sendo dita pelo herói numa determinada cena da película.
E essa dualidade do personagem é muito bem explorada pelos roteiristas e, principalmente, pelo intérprete britânico James Purefoy. O ator está perfeito na pele do vingador puritano, um homem que possui dúvidas e muita fúria contra seus algozes. Eu não esperava uma performance tão consistente dele. A obra conta com a participação de ilustres atores como Pete Postlethwaite e Max Von Sydow.
O filme tem um bom ritmo, as cenas de luta são ótimas e as atuações são boas. Possui uma direção de arte muito bacana, que lembra a estética do péssimo Van Helsing. Aliás, Solomon Kane foi injustamente comparado com a obra de 2004; não se engane, caro leitor: Van Helsing era um veículo de promoção de Hugh Jackman, uma obra muito ruim, que amontoou os grandes monstros da Universal num fiapo de trama, com direito a vampiros voadores, completamente mal-feitos. Solomon Kane é um produto bem acabado, com uma história bem conduzida e atuações boas, que não se ancoram em efeitos especiais ou pirotecnias hollywoodianas.
O filme tem seus defeitos, como o desnecessário número de efeitos especiais e criaturas digitais, que parecem estar ali para chamar a atenção do público mais afoito por ação. No entanto, isso não se sobrepõe à fantástica dualidade que marca o personagem principal.
Solomon Kane é um ótimo filme que merece ser descoberto pelo grande público. Esperemos que a série tenha uma vida longa nos cinemas...
Potente, não? O personagem criado por Robert E. Howard foi, finalmente adaptado para as telonas, numa produção européia requintada, que não deve em nada aos blockbusters americanos, sendo, aliás, superior a muitos filme lançado por lá.
Solomon Kane é um guerreiro puritano que vive num constante conflito entre o bem e o mal. Demônios e espíritos malignos o perseguem constantemente. Parece que ele atrai o mal para si. E quando uma família que o acolheu é brutalmente atacada por uma espécie de guerreiro maligno, Solomon usará de todos os meios para lutar em nome do bem, mesmo que para isso ele deva se tornar cruel, impiedoso e mau. É exatamente o que frase do início dessa crítica ilustra, sendo dita pelo herói numa determinada cena da película.
E essa dualidade do personagem é muito bem explorada pelos roteiristas e, principalmente, pelo intérprete britânico James Purefoy. O ator está perfeito na pele do vingador puritano, um homem que possui dúvidas e muita fúria contra seus algozes. Eu não esperava uma performance tão consistente dele. A obra conta com a participação de ilustres atores como Pete Postlethwaite e Max Von Sydow.
O filme tem um bom ritmo, as cenas de luta são ótimas e as atuações são boas. Possui uma direção de arte muito bacana, que lembra a estética do péssimo Van Helsing. Aliás, Solomon Kane foi injustamente comparado com a obra de 2004; não se engane, caro leitor: Van Helsing era um veículo de promoção de Hugh Jackman, uma obra muito ruim, que amontoou os grandes monstros da Universal num fiapo de trama, com direito a vampiros voadores, completamente mal-feitos. Solomon Kane é um produto bem acabado, com uma história bem conduzida e atuações boas, que não se ancoram em efeitos especiais ou pirotecnias hollywoodianas.
O filme tem seus defeitos, como o desnecessário número de efeitos especiais e criaturas digitais, que parecem estar ali para chamar a atenção do público mais afoito por ação. No entanto, isso não se sobrepõe à fantástica dualidade que marca o personagem principal.
Solomon Kane é um ótimo filme que merece ser descoberto pelo grande público. Esperemos que a série tenha uma vida longa nos cinemas...
Trailer da Semana: Nun of That (2009)
Uma palavra: impagável. Sem dúvida, o trailer nos deixa claro que se trata de alguma bagaceira bem louca. No entanto, o trailer também deixa claro que se trata de uma homenagem sensacional ao cinema Exploitation, com uma trama originalíssima. E só por isso, merece ser conhecido. Já estou atrás dessa belezinha para comentar por aqui, um legítimo exemplar de uma grindhouse. Confira o sensacional trailer abaixo:
sábado, 12 de junho de 2010
O Agente (The Contractor, 2007)
Bom exemplar de ação que se destaca, principalmente, pelo talento e carisma de Wesley Snipes, que nos torna cúmplices e simpáticos ao seu personagem – no caso, um atirador que é contratado para eliminar um terrorista que será julgado em Londres. O plano acaba não dando certo, tornando-o alvo de agentes americanos e britânicos.
O filme lembra, em alguns momentos, a obra O Atirador. Contudo, O Agente tem personalidade própria; arrisco até dizer que é melhor que a obra de Mark Wahlberg. Apesar de alguns momentos forçados do roteiro, O Agente prima pela simplicidade de sua trama e pela (sempre) ótima atuação de Snipes.
Vale destacar pelo menos dois momentos da obra: uma cena de luta envolvendo Snipes e um dos agentes num andaime – uma luta bem violenta e bacana. A outra é o clímax do filme, quando ele acerta as contas com o agente vilão do filme interpretado por Ralph Brown: ótimo tiroteio e um ótimo diálogo entre os dois.
O Agente é um bom divertimento, para os fãs de ação ou aqueles que buscam uma diversão passageira. Bem Legal.
O filme lembra, em alguns momentos, a obra O Atirador. Contudo, O Agente tem personalidade própria; arrisco até dizer que é melhor que a obra de Mark Wahlberg. Apesar de alguns momentos forçados do roteiro, O Agente prima pela simplicidade de sua trama e pela (sempre) ótima atuação de Snipes.
Vale destacar pelo menos dois momentos da obra: uma cena de luta envolvendo Snipes e um dos agentes num andaime – uma luta bem violenta e bacana. A outra é o clímax do filme, quando ele acerta as contas com o agente vilão do filme interpretado por Ralph Brown: ótimo tiroteio e um ótimo diálogo entre os dois.
O Agente é um bom divertimento, para os fãs de ação ou aqueles que buscam uma diversão passageira. Bem Legal.
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