sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Deadpool (2016)



É uma maravilha quando certos filmes abraçam um princípio fundamental do cinema pipoca - diversão. Certos filmes existem apenas como escapismo, aquela diversão de duas horas que te faz esquecer de tudo e todos. Isso não é um demérito, de maneira nenhuma. Ainda mais nessa realidade de filmes baseados em histórias em quadrinhos que querem ser gigantescos demais, sérios demais, longos demais...

DEADPOOL funciona que é uma beleza. Funciona como diversão escapista, como adaptação de HQ, como comédia e filme de ação. Eu realmente me diverti bastante durante a projeção, principalmente pela entrega de um material honesto, feito para um público adulto, com centenas de diálogos espertos, criativas cenas de ação e violência e atuações calibradas. Aquela história de "papel da vida de um ator" se encaixa à perfeição em Ryan Reynolds, perfeito como o falastrão protagonista; é notável como ele está a vontade e adorando interpretá-lo.

A história não reserva grandes surpresas, mas é essa "simplicidade" que me agradou mais. Eu gosto bastante dos filmes de super-heróis, de uma maneira geral, mas o gigantismo e a pretensão de muitos deles geralmente me incomoda. É bacana ver a Marvel interligando os filmes entre si, mas era muito mais bacana quando não parecia tão forçado - o que derrubou alguns filmes (Homem de Ferro 3, Os Vingadores - A Era de Ultron).

São enxutos 108 minutos de diversão. Impossível não rir com algumas tiradas desse personagem. Forte candidato a melhor adaptação de história em quadrinhos dos últimos anos. Tomara que mantenham o tom na inevitável sequência. 

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Trailer: Sadako vs Kayako (2016)


Fãs do tradicional cinema de horror japonês devem estar delirando com esse projeto. Aparentemente, a proposta desse filme é a seguinte: e se você assistisse a fita amaldiçoada do filme "O Chamado" na casa assombrada da franquia "O Grito"? É uma ideia interessante, mas tenho minhas dúvidas se consegue segurar um longa-metragem. Além disso, a moda do J-Horror já passou pelo grande público, então o apelo dessas franquias não é o mesmo. Não coloco a mão no fogo, mas fiquei curioso, com certeza e esse teaser trailer entrega pelo menos uma cena muito boa.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Close Range (2015)

Um dos atores de filme de ação mais legais da atualidade, se não o mais legal é o inglês Scott Adkins. Não é um nome conhecido do público em geral, mas participou de alguns blockbusters (além de estar escalado para uma das futuras produções da Marvel - Doutor Estranho). Contudo, seu nome é um destaque em diversas fitas de ação de orçamento modesto, daquelas que eram lançadas diretamente nas locadoras pela Flashstar ou Califórnia Filmes.

CLOSE RANGE é uma dessas produções, dirigida por um mestre desse nicho: Isaac Florentine. A parceria entre esse diretor israelense e o ator inglês já renderam seis filmes, sendo este o mais fraco desse grupo, até o presente momento.

Não vejo tantos problemas no roteiro extremamente simplório, mas o excesso de clichês me incomodou bastante desta vez (o pen-drive contendo todos os dados comprometedores do vilão, o xerife corrupto, o herói é um soldado renegado e por aí vai). Me incomodou, principalmente, pelo investimento do filme em cenas de blá blá blá, personagens ralas que tentam ser aprofundadas (o ângulo do xerife e seu filho é absolutamente ridículo e risível) e as poucas cenas de luta, desperdiçando o enorme talento de Adkins. 

Apesar disso, as poucas cenas de luta são bem filmadas, como eu naturalmente esperaria do diretor, talentoso nesse tipo de cinema. O saldo da obra, porém, é muito aquém do esperado - CLOSE RANGE serve como entretenimento efêmero, no grupo muito seleto de cinéfilos que curtem, apreciam e toleram esse tipo de bobagem. 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

CD Review: Anders Manga - Hexed (2015)

Bela capa também emulando a atmosfera misteriosa e mágica
do cinema de horror dos anos 70 e 80.
Uma revisão de cd? Como assim!? O Midnight Drive-In não é mais um blog de cinema? O que está acontecendo???

Calma, querido leitor. O Midnight Drive-In continua como um blog de cinema e esta é uma inédita revisão especial de um álbum. Mas não é um álbum qualquer: trata-se do mais recente trabalho de um artista chamado Anders Manga, que compôs uma Pseudo Trilha-Sonora como ele próprio denominou - composições e temas originais de um filme que não existe!

E o artista bebe nas melhores fontes possíveis: o cinema de horror dos anos 70 e 80 e suas trilhas inesquecíveis, principalmente as dos maravilhosos Eurohorror - Goblin, Fabio Frizzi e John Carpenter são referências claras em seu trabalho.

É possível enxergar, tranquilamente, a coesão entre os temas, permitindo o exercício criativo de imaginar um filme dessa época, com a atraente aura que encanta fãs desse tipo de cinema. Durante toda a audição, permaneci num misto de transe e nostalgia, encantado com as misteriosas músicas. 


Um trabalho fantástico, que mantém a pegada durante quase toda a sua duração (as últimas três faixas destoam um pouco das incríveis músicas iniciais). E o mais bacana é que o álbum pode ser baixado gratuitamente no link abaixo do bandcamp. Aperte o play e aproveite a viagem!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Pôster - John G. Avildsen: King Of The Underdogs



Simplesmente maravilhoso este pôster. Para quem não sabe, Rocky é meu filme favorito de todos os tempos, por isso é lógico que este documentário sobre o diretor dele e outro clássico filme de esporte/superação (Karate Kid) está no meu radar de filmes para assistir neste ano. E eu quero este pôster na parede da minha sala, pra ontem!

domingo, 21 de fevereiro de 2016

O Boneco Do Mal (The Boy, 2016)



Andei meio sumido do blog, mas não andei nada sumido do mundo do cinema. Aliás, Fevereiro foi um dos meses mais prolíficos em se tratando de assistir filmes que eu consigo me lembrar nos últimos anos - beneficiado por uma semana de folga durante o carnaval. Fui ao cinema quatro vezes, acompanhei o festival de cinema gratuito e online My French Film Festival e assisti algumas coisinhas aqui em casa. Espero ir atualizando aqui no blog aos poucos...

O filme mais recente que assisti nos cinemas foi THE BOY (porque o título em português - O Boneco do Mal - é inaceitável para mim), um bom exemplar de suspense/terror que chegou aos nossos cinemas e, por isso, pude conferir na telona.


Uma jovem babá é contratada para tomar conta do filho de um casal inglês. O que ela não sabia é que o tal filho se trata, na realidade, de um boneco - que aparenta ser um reflexo do trauma deste casal após perder o filho em circunstâncias drásticas. Logicamente, que o tal boneco não é um simples boneco e diversas situações levaram esta babá a extremos psicológicos - estaria ela enlouquecendo ou o espírito de Brahms (o garoto) possuiu o boneco?

O filme tem uma premissa interessante e confesso que o trailer captou minha atenção, assim que o assisti. Apesar de não termos muitos sustos eficientes, a presença do boneco é um elemento bem sinistro - pessoas com Automatonofobia (medo de bonecos) ficarão impressionadas. 

As atuações são eficientes - Lauren Cohan é uma boa e bela protagonista e Rupert Evans atua de maneira simpática. A direção surpreende - William Brent Bell, diretor do execrável A Filha do Mal (leia minha crítica sobre este filme aqui), entrega um trabalho simples, contido e com mais acertos do que erros. Palmas também para a fotografia do filme.

O final do filme reserva uma boa surpresa em seu desfecho, que vem dividindo opiniões por aí. Eu gostei, mas essa solução de roteiro acabou sacrificando toda a atmosfera criada anteriormente, por isso paro de falar para não estragar a surpresa de quem quiser assistir. Um filme bacana e acima da mediocridade geral de muitos lançamentos de terror. Valeu o ingresso.

OBS - Destaque para este pôster, simplesmente fantástico. Os orientais sabem como fazer boas composições de horror não?